Sandro Salvatore. Foto: Acervo Pessoal

Sandro Salvatore Giallanza

Economista formado pela Faculdades Integradas Bennett, pós-graduado em Mercado em Derivativos e pós-graduado em Gestão em Projetos, pela Universidade Cândido Mendes. Escritor de publicações sobre Empreendedorismo, Gestão em Projetos, Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Consultor do Sistema Sebrae, das 3 maiores entidades municipalistas brasileiras e de dezenas de prefeituras brasileiras.

Os novos ventos para as energias renováveis

Energia renovável. Foto: Reprodução

Energia renovável. Foto: Reprodução

A aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, não prevê restrições à operação, que também envolve a venda à Vale de uma fatia nos ativos detida pela Ventos de São Januário.

Os valores envolvidos no negócio não foram divulgados no parecer do Cade sobre a transação, que também não cita a capacidade instalada dos empreendimentos negociados.

A aquisição envolve as empresas Ventos de São Bento Energias Renováveis, Ventos de São Galvão e Ventos de Santo Eloy, todas “em fase pré-operacional”.

A operação está alinhada com o objetivo do Grupo Vale de atender sua demanda por energia através da geração a partir de fontes renováveis tais como a eólica.

O movimento ainda veio em momento em que a Vale tem avaliado a definição de uma meta de ter 100 por cento de sua demanda por energia atendida por fontes renováveis. Este movimento é parte de uma nova reestruturação na posição estratégica que vem sendo sentida nas grandes corporações que ora adquirem parques de geração de energia renováveis, ora adquirem usinas de geração de energia elétrica e ora adquirem estoques de energia para entrega em vencimentos futuros.

Todas estas e outras iniciativas comerciais fazem parte dos planejamentos de curtíssimo prazo com o fim exclusivo de garantir o consumo energético a fim de mitigar possíveis interferências externas do tempo que impliquem em expor perigosamente a produção industrial.

A iniciativa da maior mineradora brasileira e a segunda no planeta é sintomática e fundamenta-se sob dois viés: ambiental e econômico/financeiro, pelo lado ambiental em se tratando de energia renovável permite a Cia ser reconhecida e valorizada por estar comprometida positivamente no que diz respeito à preservação ambiental, a despeito de sua atividade impactar negativamente sobre o meio ambiente.

Pelo lado financeiro e econômico tendo um custo infinitamente menor na geração permitirá reduzir seu centro de custos possibilitando ganhos marginais na lucratividade e consequentemente quando alcançar a meta de estar consumindo 100% da energia de fontes renováveis ampliará em escala seu poder de geração de lucros.

Um passo significativo e decisivo no fortalecimento ambiental e fomento na dinâmica dos investimentos em energias renováveis precificando e valorizando o preço destes ativos como a nova tendência determinante economicamente.

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