Sandro Salvatore. Foto: Acervo Pessoal

Sandro Salvatore Giallanza

Economista formado pela Faculdades Integradas Bennett, pós-graduado em Mercado em Derivativos e pós-graduado em Gestão em Projetos, pela Universidade Cândido Mendes. Escritor de publicações sobre Empreendedorismo, Gestão em Projetos, Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Consultor do Sistema Sebrae, das 3 maiores entidades municipalistas brasileiras e de dezenas de prefeituras brasileiras.

A crise venezuelana terá um fim

Foto: Reprodução

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Um país exemplo é reconhecido como uma democracia que reunia todos os ingredientes necessários para que avançasse a passos largos rumo ao desenvolvimento socioeconômico com fortes e firmes perspectivas rumo a vir a se tornar um tigre sul-americano este era o futuro que a maciça maioria dos analistas previam e alardeavam sobre uma Venezuela que possuía condições de materializar o que se projetava no papel para a realidade.

Gradativamente o sonho foi se tornando pesadelo e sendo sufocado por uma insana, irresponsável e imaginaria reacomodação socioeconômica tendo por base a formação de uma sociedade socialista cuja iniciativa partiu de dentro das Forças Armadas, El capitan Hugo Chávez responsável por uma conspiração cuja bandeira reunia sufocar a corrupção que grassava no seio da República de um governo democrático e de direito que transitaria para uma nova realidade política fruto de uma nova ordem de legalidade que professava valores de distribuir a então riqueza derivada da quarta maior produtora de petróleo do planeta.

Quanto maior era a dominação do chavismo sobre a realidade política e econômica, maior se tornavam as pretensões do grupo político que tomava conta do país que se intitulavam como os salvadores da ordem e da justiça para uma sociedade sem privilégios e do bem estar de todos, tinha tudo para dar certo, mas como de costume o que em tese ditava uma conotação de igualdade de oportunidades foi transformando a Venezuela numa republiqueta com todas as características dos piores exemplos de governabilidade e deixava um pesado e destruidor legado cujos reflexos foram sentidos e para se ver livre deste tsunami que conseguiu jogar esra promessa de país a vir se tornar rico numa nação jogada as traças, o que se intitulava como a vir a ser uma nação democrática exemplo em distribuição de renda, demonstra um cenário de terra arrasada tamanha está sendo a desigualdade derivada da irresponsável política econômica que fez ruir todos os alicerces na infra estrutura venezuelana. De um modelo democrático passou a ser implantado um regime nacional, socialista e militar um modelo confuso e difuso cujo caminho resultaria em consequências para uma sociedade desajustada de seus valores democráticos desperdiçando, mesmo que sob o manto da corrupção do governo antecessor do chavismo, mas foi deixado um legado que foi responsável pelo avanço e a alavancagem que possibilitou com que o país estivesse no caminho rumo a dias melhores, o fluxo de capitais foi jorrando e propiciando materializar uma nova realidade de crença no surgimento de prosperidade.

O golpe de estado protagonizado pelo oficial Hugo Chávez foi o início do fim da história de um país que prometia um futuro brilhante e majestoso, mas que abriu mão e se entregou a uma experiência desastrosa, anarquica e que conseguiu em menos de 20 anos jogar o futuro desta prospera nação pelo ralo da inoperância, da irresponsabilidade e do que de pior existe em termos de uma governança cujo compromisso fundamentado foi o de socializar os bens produtivos em favor dos amigos do comandante. Os péssimos exemplos em se tratando de um país com formação socialista conta com o silêncio das Forças tidas como progressistas que fecham os olhos e se tornam inaudiveis a tudo que conseguiu destruir e jogar por terra um sonho de nação desenvolvida.

A inflação ronda na casa de 1 milhão por cento anualmente, um claro e decisivo sinal de desintegração socioeconômica nacional, perda do poder aquisitivo num patamar de inflação nesta magnitude a sociedade vem migrando a passos largos degraus abaixo da linha da pobreza numa velocidade espantosa, é bastante comum presenciar nas ruas de Caracas famintos venezuelanos atrás de alimentos se sujeitando a ingerir alimentos estragados única e possível alternativa para saciar suas necessidades alimentares, prateleiras vazias produtos escassos, para amenizar mas por outro lado foi desferido tiro de misericórdia para a degringolada de um dos valores mais dignificados a PDVSA passou a comercializar a gasolina a preços subsídios obedecendo as ordens do chavismo, resultado pesados prejuízos começaram a se avolumar, a liquidez da empresa foi sufocada, os investimentos foram reduzidos comprometendo sobremaneira a manutenção dos estoques de petróleo e despencou a produção e a importância e o peso absoluto e relativo da Venezuela no comércio do petróleo, a PDVSA, a companhia petrolífera venezuelana beirando a insolvência fruto de uma política populista adotada pelo chavismo, exército de venezuelanos que não estavam suportando os rumos da economia do país passaram a migrar para outros países do continente, formação de uma oposição aguerrida e disposta a extremismos para suplantar e destronar está nova ordem política, social e econômica.

O que esperar sobre o futuro do chavismo? Seguramente o seu fim, asfixiado interna e externamente seja institucional, financeira e politicamente vendo um maciço número de nações se oporem ao atual governo num movimento orquestrado e incentivado pelos Estados Unidos o governo Maduro encontra-se sob um fio condutor e para o bem dos venezuelanos quanto mais próximo o governo for apeado menos sofrimento e mais tempo terá o governo de Guaidó para reconstruir das cinzas o que sobrou da Venezuela. A corrida armamentista primou e avançou como fonte de sustentação e proteção nacional.

Nada se sustenta sem a cobertura financeira e para precipitar ainda mais a derrocada de um dos raros regimes socialistas no continente sul-americano os governos do continente, que em sua maioria comungam com a ideologia de centro e da direita se unem e resolvem impor mais aperto político e econômico ao governo de Maduro que começa a sentir o total abandono frente a comunidade internacional, conta apenas com o apoio de seus parceiros ideológicos próximos China e Rússia.

Reconstruir o que foi flagrantemente destruído pelo chavismo demandará décadas de muito trabalho e resignação mas nunca é tarde para começar.

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