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O ‘promenade’ na dança de mestre-sala e porta-bandeira, por Eliane Santos de Souza

Casal da Unidos de Lucas em 1976. Foto: Reprodução

Edmundo Carijó, coreógrafo e bailarino integrante do Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, participou nos anos 50, no Rio de Janeiro, do Corpo de Julgadores dos desfiles das escolas de samba. Em decorrência de suas observações, afirmou que durante os desfiles sempre se surpreendia com performance de sambistas que, dançando o samba, multiplicavam ações do balé clássico. Ele considerava o bailado do mestre-sala e da porta-bandeira uma trama coreográfica de delicada beleza, com princípio, meio e fim, e que os dois sambistas eram os que mais apresentação ações próximas as da dança clássica.

Selminha Sorriso e Claudinho realizando o movimento na Beija-Flor. Foto: Reprodução

Dentre as ações elencadas, Carijó dissertou sobre um movimento realizado pelo mestre-sala, que segundo ele seria muito próximo do promenade da dança clássica. Assim descreveu a ação: “… o mestre-sala agacha-se, com o pé esquerdo faz o pivô para em seguida esticar a perna direita para frente ao tempo em que, dando a mão à porta-bandeira, ela vai contornando seu corpo.” Assim, ele agachado e ela puxando sua mão, rodopiam três, quatro ou cinco vezes.”

A partir da década de 80, por causa do gigantismo das fantasias, este movimento deixou de ser executado durante o desfile, todavia, em suas quadras, alguns dançarinos presenteiam a plateia realizando, com habilidade, equilíbrio e leveza, essa difícil ação.

Marquinhos e Giovanna também já realizaram o movimento diversas vezes. Foto: Reprodução

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