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Minha Trajetória no Samba: mestre-sala Jackson Senhorinho

Jackson Senhorinho. Foto: Eduardo Hollanda

Sempre apresentei um corpo dançante desde a infância e pude estudar num colégio onde a dança sempre esteve presente. Completei o Ensino Fundamental e Médio Técnico no Colégio Lemos de Castro em Madureira. De extrema importância essa minha vivência com a arte, pois além das Festas Juninas habituais, a instituição proporcionava Festas do Folclore e também Mostras de Dança, Coral etc. Pelo menos umas três vezes ao ano havia apresentações artísticas. Paralelo a isto, a escola de samba foi algo natural, pois acompanhava meus pais, nos ensaios quase todo final de semana. Meu pai, João Carlos Alves Senhorinho, era da diretoria do Império Serrano e Cleusa de Fátima Batista Alves, minha mãe, desfilava em alas de várias escolas. Eu era levado por amigas dela (que trabalhava bastante e não podia me levar) para desfilar além da escola de samba mirim do Império Serrano, o Império do Futuro, em várias outras mirins e também alas das crianças de escolas do acesso.

Importante mencionar também que as brincadeiras com meus amigos de infância e adolescência, em especial, o Felipe Lemos, a Fernanda Lemos, a Fernanda Gonçalves e a Lorena Santana, sempre envolveram dança. Era comum dançarmos durante uma tarde toda.

Jackson Senhorinho e esposa. Foto: Arquivo pessoal

Profissionalmente só tive acesso a dança na fase adulta, onde pude vivenciar estilos adquirindo alguma técnica , como por exemplo da Dança de Salão, com o Professor Marlos Costa e depois, do Bolero, do Samba de Gafieira, do Soltinho, do Zouk, do Forró e da Salsa no espaço de Sheila Aquino e Marcelo Chocolate, onde fui bolsista.

Os vídeos que postei, no meu #botapradançar, foram muitas modalidades diferentes propostas pela parceria ou em comum acordo entre nós. Teve jazz, samba, charm, funk, axé, hip hop, contemporâneo, salsa, afro house entre outras. Procurei convidar amigos que fiz através da dança e também parentes que nem da dança são. Foi bem eclético e divertido.

Jackson Senhorinho já fez parte de comissão de frente da Portela. Foto: Arquivo pessoal

Estes vídeos, do #botapradançar, foram um compromisso meu comigo mesmo. Eu me desafiei a postar um por semana e não foi fácil. Tenho pouco tempo livre e também dependia das pessoas, daí a grande dificuldade e, também decidir o que dançaria com quem, que música. Enfim, bem cansativo, mas valeu muito a pena. Convidei uma gama de amigos que dançam, profissionalmente ou não, em suas modalidades específicas a princípio, mas alguns quiseram dançar algo diferente do que já dançam, outros quiseram que eu escolhesse, etc. Também desafiei pessoas que não costumam dançar, assim publicamente, como meus primos, minha irmã, meus amigos de infância e minha mãe. O resultado foi ótimo, surpreendente.

Mas foi basicamente através dos trabalhos em Comissões de Frente e do Curso de Educação Física da Faculdade Gama e Souza, na Barra da Tijuca, por intermédio da professora Valéria Moreyra que tomei conhecimento de escolas de dança, aulas e tudo mais.

Hoje em dia, além da dança de Mestre-Sala que aprendi na Escola Mestre Dionísio, no período 2005/2006 e retorno em 2010/2011, monto coreografias para casamentos e debutantes, trabalho ministrando aulas de Zumba e Dancemix em academias. Volta e meia, participo de apresentações e gravações no geral onde são envolvidos outros estilos de dança como hip hop, afro, funk, jazz, dança moderna etc.

Jackson Senhorinho como professor de natação. Foto: Arquivo pessoal

Cheguei ao domínio de tantos ritmos por vivenciar várias modalidades, por frequentar ambientes como o baile charme do Viaduto de Madureira e diversas aulas de forma esporádica, como ritmos, afro, contemporâneo, ballet, entre outras, em que já me aventurei durante um pequeno período. Fora as oportunidades de trabalho com coreografia tanto como dançarino ou coreógrafo.

Morei durante toda a vida em Madureira, até o fim de 2018 quando me mudei pra Irajá ao me casar com Bárbara Falcão, que é a segunda porta-bandeira da São Clemente.

Eu e minha esposa nunca dançamos juntos oficialmente. Mas a gente se ajuda bastante pois o olhar de quem entende e vivencia a arte e, quer o seu melhor, nunca poderia ser dispensado.

Jackson Senhorinho na Vila Isabel. Foto: Eduardo Hollanda

Entrei na Vila Isabel através do convite da parceira Dandara Ventapane. Dançávamos juntos na Comissão de Frente da Portela no ano anterior e quando ela recebeu a oportunidade de se tornar a terceira porta-bandeira da Vila, me propôs essa parceria também e, tivemos o apoio de Lucinha Nobre que nos ensaiou naquele primeiro momento!

Bárbara Martins, minha atual porta-bandeira na Vila Isabel, chegou a mim através de um acirrado concurso, onde honrosamente conquistou a vitória. Já nos conhecíamos e o entrosamento na dança foi bem fácil, pois Bárbara também já vivenciou bastante outras modalidades de dança como jazz, balé e dança de salão, desse modo foi só ajustar uma coisinha ou outra para que nossa parceria fluísse de forma natural.

Jackson Senhorinho e Bárbara Martins. Foto: Arquivo pessoal

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