Cheryl Berno. Foto: Acervo pessoal

Cheryl Berno

Advogada, Consultora, Palestrante e Professora. Especialista em direito empresarial, tributário, compliance e Sistema S. Sócia da Berno Sociedade de Advocacia. Mestre em Direito Econômico e Social pela PUCPR, Pós-Graduada em Direito Tributário e Processual Tributário e em Direito Comunitário e do Mercosul, Professora de Pós-Graduação em Direito e Negócios da FGV e da A Vez do Mestre Cândido Mendes. Conselheira da Associação Comercial do Estado do Rio de Janeiro.

Educação em tempos de pandemia: participe dessa “Rave”

A pandemia de COVID 19 mudou a rotina de todo mundo e não foi diferente na área de educação. Do dia para noite, professores se viram obrigados a ter que dar aulas por uma telinha, muitos sem nunca terem tido contato com maiores recursos da tecnologia da informação. Parece besteira, mas até aonde colocar o celular para gravar uma aula, o cenário, a postura diante da câmara até como falar com o aluno sem muitas vezes vê-lo ou ouvi-lo, passou a ser um desafio ainda maior para ensinar. As metodologias educacionais, que já vinham sofrendo drásticas mudanças, daquele modelo do aluno sentado e o professor simplesmente falando na frente da sala, para professores show, foi acelerada ainda mais.

A educação como a conhecemos, já vinha sendo testada diante de tantos “youtubers”, pessoas especialistas em comunicação que tomavam o lugar do educador formal em sala de aula. Os alunos cheios de apelos para ficarem grudados naquelas telinhas repletas de luzes e coisas que lhes despertam a atenção, tendo que simplesmente ouvir professores falando sobre fórmulas de matemática, português, filosofia, direito ou qualquer outra matéria da educação formal, tornou a “concorrência” desleal. Quem educa hoje em dia? A professora ou os comunicadores na Internet? É claro que o desafio da educação virtual é complicado para ambos, tanto para um educador formado à moda antiga, quanto para um aluno nascido quase que grudado com o “tablet”, celular ou outra telinha apelativa qualquer. Esse encontro inevitável, do estudo com a tecnologia, certamente foi antecipado pelo vírus cruel e o que vai dar disso que é o grande desafio para qualquer país preocupado com o futuro.

Certamente os pais, mães e responsáveis se viram malucos diante da obrigação de fazer com que os filhos ficassem na frente da telinha prestando a atenção em uma professora falando de matérias que não lhes são nem um pouco atrativas muitas vezes, isso sabendo que o poder de concentração de uma criança e até de um adulto diante de uma tela é muito menor que horas e horas de aula formal. E as mesmas crianças que eram incentivadas a saírem dos eletrônicos foram obrigados a ficarem diante das telas “aprendendo” (será?). Um dilema que precisa ser discutido para ser melhor encaminhado, tanto enquanto persistir a pandemia quanto para depois, porque as aulas tendem a ser mistas, presenciais e virtuais, e certamente muitos destes conceitos de educação à distância serão incorporados pelas escolas.

Essa mudança toda na educação passa ainda por questões econômicas, de desigualdade social e de ineficiência do Estado em prover educação pública, como a privada, para que todos tenham acesso a todos os conteúdos mínimos necessários impostos pela lei nacional de educação. Enquanto as crianças de escolas privadas ainda têm alguma educação virtual, muitas de escolas públicas não tem nada mesmo, por que os governantes não conseguem lhes dar as mínimas condições, como um computador e uma internet eficiente.

Que país vamos construir nesta nova realidade? Como será essa geração sem a educação mínima necessária? Como vamos dar oportunidades iguais sem um programa educacional acessível a todos? Qual o papel do presidente do país, dos prefeitos e governadores para que a educação siga mesmo nesta nova realidade? O que tem sido feito em termos de regramento para que nenhuma criança seja deixada para trás? O crescimento do país, em todos os sentidos, depende certamente do nível de educação de crianças, jovens e também dos adultos. Não podemos permitir que a educação seja posta de lado, ela é essencial para qualquer cenário pós pandemia.

Precisamos discutir ainda a questão do ponto de vista psicológico, porque em que condições e com que cabeça professores estão tentando ensinar e alunos estão tentando aprender? Será que estão de fato aprendendo? E as avaliações são as mesmas, para metodologias diferentes? Não dá para dizer que está tudo normal e que haverá um novo normal. O que precisamos é que os estudiosos da educação, assim como os cientistas da área médica, que buscam a vacina, nos apresentem a melhor maneira de tratar a educação neste novo contexto.

Esse desafio de repensar o ensino tem sido posto em muitos formatos, mas a AVM, um curso de pós-graduação do Rio de Janeiro, inovou mesmo e para discutir um tema tão importante propôs mesmo uma “Rave Educacional”, um encontro virtual, pelo Canal do Youtube, entre professores, pedagogas, psicólogas, outros profissionais, alunos e quem quiser, para discutir virtualmente a nova educação, para de maneira mais informal possível suscitar questões, para uma análise coletiva e multifuncional, com várias ciências envolvidas, tudo para que seja perdida nenhuma chance de melhorar a maneira de ensinar, porque se tem uma coisa que merece a máxima atenção e investimento é a educação.

Hoje, 25/7 a partir das 13h, Rave Educacional, para se inscrever gratuitamente e concorrer a prêmios acesse: https://marketing.avm.edu.br/rave

A Rave Techno Pedagógica será uma celebração de 9 horas das mais atualizadas formas de ensinar e representa uma oportunidade única para que educadores compartilhem e debatam sobre os avanços no campo e seu futuro.

• Conecte-se com seus amigos educadores (e reconecte-se aos antigos!)

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