Eduardo Ritschel. Foto: Divulgação

Eduardo Ritschel

Formado em Jornalismo e Administração de Empresas, atua há mais de 25 anos como consultor de comunicação para empresas em diversos segmentos, com destaque para as áreas de Educação e Saúde.

Professor queniano vence o ‘Nobel da Educação’ – brasileira é TOP 10

O “Nobel da Educação” foi para o professor Peter Tabichi, que atua nas disciplinas de matemática e física na escola rural de ensino fundamental Keriko Secondary School, em Nakuru, no Quênia. O vencedor do prêmio Global Teacher Prize foi anunciado no dia 24 de março durante o Global Education and Skills Forum (Fórum Mundial de Educação e Competência) em Dubai, Emirados Árabes, e o queniano levou mais um prêmio de US$ 1 milhão.

Peter Tabichi, 36 anos, é filho professor e tem primos que também atuam na área. Ele doa 80% de seu salário para os menos favorecidos e usa tecnologia para ensinar em uma escola com baixíssima conectividade (um computador para cada 58 alunos). Seus alunos precisam caminhar 7 km por estradas acidentadas para assistir às aulas.

O prêmio em dinheiro servirá para ampliar iniciativas como o clube de ciências, além de fomentar competições e montar um laboratório de informática com conectividade na escola.

“Todos os dias na África viramos uma nova página e um novo capítulo. Hoje é outro dia. Este prêmio não reconhece só a mim, mas reconhece os jovens deste grande continente”, disse Peter. “Só estou aqui por conta de tudo o que meus alunos conquistaram”.

O vencedor do prêmio acredita que a ciência e a tecnologia podem desempenhar um papel de liderança no desbloqueio do potencial da África. “Todos sabemos que as descobertas científicas e as inovações estimulam o progresso, facilitam o desenvolvimento e podem resolver questões como insegurança alimentar, escassez de água e mudança climática. É de manhã na África. O céu está claro. É um novo dia e há uma página em branco esperando para ser escrita. Esta é a vez da África”.

Professora brasileira é Top 10 do Global Teacher Prize
Pela terceira vez consecutiva o Brasil teve representante entre os 10 melhores. A professora brasileira Débora Garofalo, que leciona matérias de tecnologia e robótica na EMEF Almirante Ary Parreiras, em São Paulo (SP), ficou perto de levantar o troféu.

“Quando era criança, havia muitos super-heróis que eu queria ser. Mas posso dizer agora, de onde estou, com toda a minha experiência, que os verdadeiros super-heróis são professores.”

Em suas aulas com estudantes de 6 a 14 anos, a professora usa material de sucata e busca fomentar o protagonismo do aluno a partir da aprendizagem criativa, das experiências e conhecimentos prévios dos alunos e do uso reflexivo das tecnologias.

“Quando assumi a sala de informática, os alunos só queriam jogar, mas com o passar do tempo, mostrei pra eles que o laboratório tem outras finalidades, e que o computador não é um instrumento final, mas faz parte do processo”, contou a professora. “Quando era criança, havia muitos super-heróis que eu queria ser. Mas posso dizer agora, de onde estou, com toda a minha experiência, que os verdadeiros super-heróis são professores – são eles que mudam o mundo”.

Fonte: Porvir

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