Claudio Francioni. Foto: Nicolas Renato Photography

Claudio Francioni

Carioca, apaixonado por música. Em relação ao assunto, estuda, pesquisa e bisbilhota tudo que está ao seu alcance. Foi professor da Oficina de Ritmos do Núcleo de Cultura Popular da UERJ, diretor de bateria e é músico amador, já tendo participado de diversas bandas tocando contrabaixo, percussão ou cantando.

Crítica: pro delírio dos fãs, AC/DC se repete em Power Up.

Foi lançado em meados de novembro o décimo sexto álbum de estúdio do AC/DC, o primeiro após a morte de Malcom Young. Power Up é uma digna homenagem ao ex-guitarrista e co-fundador da banda, que já havia sido afastado em 2014 por problemas mentais. Coube a Stevie Young, sobrinho de Malcom e Angus, a missão de substituir o tio.

O álbum conta com o retorno do cantor Brian Johnson – que havia se afastado devido a um problema de audição – e da cozinha Phil Rudd/Cliff Williams. E o que há de novo no disco? Exatamente o que o fã da banda espera: nada. O puro rock, colhido do pé e comido na hora, está ali nas doze faixas, de ‘Realize’ a ‘Code Red’. Os riffs fortes de Angus, o bate estaca de Phil/Cliff, a base segura da outra guitarra e Brian em boa fase. Em certas faixas há um capricho extra nos backings, indo além do básico costumeiro na banda.

O primeiro single extraído do álbum foi ‘Shot in the Dark’, mas o grande destaque, na minha opinião, é ‘Demon Fire’, com um riff marcante e uma pegada mais acelerada. Aliás, este é um detalhe negativo do disco: tirando ‘Demon Fire’ que é mais rápida e ‘Code Red’ e ‘No Man’s Land’, mais lentas, todas as outras nove faixas possuem um andamento muito próximo. Rola uma monotonia quando se ouve em sequência. As letras? Se a tua paixão pelo AC/DC nunca ligou pra isso, não seria agora, né?

Agora é torcer. Primeiro, pela vacinação, depois por uma turnê que contemple o Brasil. Estão nos devendo há muitos anos.

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