Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

‘Vingadores: Guerra Infinita’ é a produção mais sombria e arriscada do UCM

Dirigido pelos irmãos Anthony e Joe Russo, “Vingadores: Guerra Infinita” arrecadou US$ 2,04 bilhões (Foto: Divulgação).

Principal estreia desta quinta-feira, dia 26, “Vingadores: Guerra Infinita” (Avengers: Infinity War – 2018) chega aos cinemas com a promessa de entregar aos fãs tudo o que foi prometido ao longo dos 10 anos do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), com direito à somente uma cena pós-crédito e despedidas que levarão muitos às lágrimas.

 

Parte da ação acontece em Wakanda, país liderado pelo Rei T’Challa / Pantera Negra (Foto: Divulgação).

 

Dirigido pelos irmãos Anthony e Joe Russo, responsáveis por “Capitão América 2: O Soldado Invernal” (Captain America: The Winter Soldier – 2014) e “Capitão América: Guerra Civil” (Captain America: Civil War – 2016), o longa é ambientado após os eventos de “Thor: Ragnarok” (Idem – 2017) e “Pantera Negra” (Black Panther – 2018) e mostra os heróis lutando contra o seu pior pesadelo: Thanos (voz de Josh Brolin), que deseja reunir as seis Joias do Infinito (espaço, realidade, poder, tempo, alma e mente) para “equilibrar” o universo dizimando metade dos habitantes devido ao cenário de recursos finitos.

 

Thanos surge como um dos grandes vilões do cinema contemporâneo (Foto: Divulgação).

 

Sem colocar um herói específico como protagonista, apesar de conceder a Thor (Chris Hemsworth) uma função essencial para o desenvolvimento da trama, “Vingadores: Guerra Infinita” aposta todas as suas fichas na construção de Thanos, que já é um dos grandes vilões do cinema americano contemporâneo. Assim como Erik Killmonger (Michael B. Jordan) em “Pantera Negra”, Thanos é um vilão complexo cujas motivações são apresentadas de forma simples e sem pieguice, tentando buscar a compreensão do espectador para os seus atos, apesar da crueldade e da carnificina injustificáveis.

 

Thor exerce papel fundamental para o desenvolvimento da trama (Foto: Divulgação).

Tendo como alívio cômico as atuações de Tom Holland (Peter Parker / Homem-Aranha) e Mark Ruffalo (Bruce Banner / Hulk), este último cada vez mais inspirado no personagem, o longa deixa o humor visto em “Thor: Ragnarok” de lado para levar às telas a trama mais sombria e elaborada do UCM, dividida em três atos distintos: a ameaça iminente de Thanos, a reunião dos heróis e o confronto propriamente dito. Mérito do roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely, que coloca a ação acontecendo simultaneamente em diversos pontos do universo, algo costurado com eficiência pela montagem de Jeffrey Ford e Matthew Schmidt, mantendo o ritmo narrativo da primeira à última cena.

 

Tecnicamente impecável, sobretudo em termos de design de produção, maquiagem e efeitos sonoros e visuais (potencializados pela boa utilização do 3D), “Vingadores: Guerra Infinita” é a produção mais arriscada do UCM, apesar de não ser a mais consistente em termos de conteúdo. No entanto, continua transmitindo a mensagem da franquia acerca da necessidade de união em prol do bem maior, algo que envolve sacrifícios extremos. Sacrifícios estes impostos também a Thanos. No fim das contas, a nova aventura dos Vingadores cumpre o seu objetivo e deixa os fãs ansiosos para os próximos filmes da Marvel, principalmente sua sequência que ainda não tem título oficial definido e está prevista para estrear em 2019, também sob a direção dos irmãos Russo.

 

Assista ao trailer oficial legendado:

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