‘Star Wars: Os Últimos Jedi’ aposta na ação em detrimento da trama
Saga mais querida da história do cinema, “Star Wars” ganhou uma nova trilogia em 2015, ambientada após os eventos de “Guerra nas Estrelas: Episódio VI – O Retorno de Jedi” (Star Wars: Episode VI – Return of the Jedi – 1983). Sob a competente direção de J.J. Abrams, “Star Wars – O Despertar da Força” (Star Wars – The Force Awakens – 2015) fez jus à trilogia original, reverenciando-a a todo instante e fazendo diversas referências ao primeiro longa, “Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança” (Star Wars: Episode IV – A New Hope – 1977). O resultado foi acima do esperado e, de fato, despertou a Força, principalmente junto ao público que, agora, é composto por diferentes gerações.
Celebrando o 40o aniversário da franquia criada por George Lucas, o verdadeiro Mestre Jedi que ajudou a revolucionar a sétima-arte na década de 1970, a LucasFilm e a Walt Disney lançam a aguardada continuação do “Episódio VII”: “Star Wars: Os Últimos Jedi” (Star Wars: The Last Jedi – 2017). Dirigido e roteirizado por Rian Johnson, o longa invade as salas de exibição brasileiras nesta quinta-feira, 14.
Tendo como principal fonte de inspiração o clássico “Star Wars: Episódio V – O Império Contra-Ataca” (Star Wars: Episode V – The Empire Strikes Back – 1980), “Os Últimos Jedi” mostra a República dizimada pela Primeira Ordem. Seguindo as ordens do Líder Supremo Snoke (Andy Serkins), General Hux (Domhnall Gleeson) e Kylo Ren (Adam Driver) caçam a Aliança Rebelde por toda a galáxia, objetivando destruí-la. Enquanto isso, Rey (Daisy Ridley) tenta convencer Luke Skywalker (Mark Hamill) a treiná-la, uma vez que a Força está cada vez maior na jovem, que corre o risco de ser seduzida pelo Lado Negro. Mais do que isso, Rey tenta convencê-lo a juntar-se à Aliança, liderada por sua irmã, a General Leia Organa (Carrie Fisher), para derrotar a Primeira Ordem.
Apostando na ação em detrimento de uma história rica em conteúdo e desenvolvida com o mínimo de esmero, “Star Wars: Os Últimos Jedi” custa um pouquinho a engrenar e a envolver a plateia emocionalmente, resultado do roteiro simples e um tanto preguiçoso de Johnson, que não explora o drama e as dúvidas dos personagens com afinco, principalmente de Rey e Luke. No entanto, a produção ganha ritmo em sua segunda metade e mostra personagens icônicos passando de vez o bastão para os novatos Rey, Kylo, Finn (John Boyega) e Poe (Oscar Isaac), que foram aceitos pelo público no longa anterior – isso inclui a participação especialíssima de um personagem do passado cujo nome não será revelado nesse texto para evitar spoilers.
Tecnicamente impecável e dedicado à memória de Carrie Fisher, “Star Wars: Os Últimos Jedi” não é o melhor filme em termos de trama, mas conta com um elenco em total sintonia e consegue manter o vigor da saga, abrindo caminho dignamente para o próximo longa, que será dirigido por Abrams e tem lançamento previsto para 2019 – o título oficial ainda não foi divulgado pelo estúdio.
Assista ao trailer oficial legendado:
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