Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

‘Star Wars: Os Últimos Jedi’ aposta na ação em detrimento da trama

Rey (Daisy Ridley) tenta convencer Luke (Mark Hamill) a treiná-la e se juntar à Aliança Rebelde, caçada pela Primeira Ordem (Foto: Divulgação).

Saga mais querida da história do cinema, “Star Wars” ganhou uma nova trilogia em 2015, ambientada após os eventos de “Guerra nas Estrelas: Episódio VI – O Retorno de Jedi” (Star Wars: Episode VI – Return of the Jedi – 1983). Sob a competente direção de J.J. Abrams, “Star Wars – O Despertar da Força” (Star Wars – The Force Awakens – 2015) fez jus à trilogia original, reverenciando-a a todo instante e fazendo diversas referências ao primeiro longa, “Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança” (Star Wars: Episode IV – A New Hope – 1977). O resultado foi acima do esperado e, de fato, despertou a Força, principalmente junto ao público que, agora, é composto por diferentes gerações.

 

Personagens icônicos passam o bastão aos novatos com dignidade (Foto: Divulgação).

Celebrando o 40o aniversário da franquia criada por George Lucas, o verdadeiro Mestre Jedi que ajudou a revolucionar a sétima-arte na década de 1970, a LucasFilm e a Walt Disney lançam a aguardada continuação do “Episódio VII”: “Star Wars: Os Últimos Jedi” (Star Wars: The Last Jedi – 2017). Dirigido e roteirizado por Rian Johnson, o longa invade as salas de exibição brasileiras nesta quinta-feira, 14.

 

Tendo como principal fonte de inspiração o clássico “Star Wars: Episódio V – O Império Contra-Ataca” (Star Wars: Episode V – The Empire Strikes Back – 1980), “Os Últimos Jedi” mostra a República dizimada pela Primeira Ordem. Seguindo as ordens do Líder Supremo Snoke (Andy Serkins), General Hux (Domhnall Gleeson) e Kylo Ren (Adam Driver) caçam a Aliança Rebelde por toda a galáxia, objetivando destruí-la. Enquanto isso, Rey (Daisy Ridley) tenta convencer Luke Skywalker (Mark Hamill) a treiná-la, uma vez que a Força está cada vez maior na jovem, que corre o risco de ser seduzida pelo Lado Negro. Mais do que isso, Rey tenta convencê-lo a juntar-se à Aliança, liderada por sua irmã, a General Leia Organa (Carrie Fisher), para derrotar a Primeira Ordem.

 

Apostando na ação em detrimento de uma história rica em conteúdo e desenvolvida com o mínimo de esmero, “Star Wars: Os Últimos Jedi” custa um pouquinho a engrenar e a envolver a plateia emocionalmente, resultado do roteiro simples e um tanto preguiçoso de Johnson, que não explora o drama e as dúvidas dos personagens com afinco, principalmente de Rey e Luke. No entanto, a produção ganha ritmo em sua segunda metade e mostra personagens icônicos passando de vez o bastão para os novatos Rey, Kylo, Finn (John Boyega) e Poe (Oscar Isaac), que foram aceitos pelo público no longa anterior – isso inclui a participação especialíssima de um personagem do passado cujo nome não será revelado nesse texto para evitar spoilers.

 

Longa é dedicado à memória de Carrie Fisher, a eterna Princesa Leia (Foto: Divulgação).

 

Tecnicamente impecável e dedicado à memória de Carrie Fisher, “Star Wars: Os Últimos Jedi” não é o melhor filme em termos de trama, mas conta com um elenco em total sintonia e consegue manter o vigor da saga, abrindo caminho dignamente para o próximo longa, que será dirigido por Abrams e tem lançamento previsto para 2019 – o título oficial ainda não foi divulgado pelo estúdio.

 

Assista ao trailer oficial legendado:

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