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‘Sicário: Dia do Soldado’: carteis de drogas, terrorismo e imigração ilegal

Estreia nesta quinta-feira, dia 28, a sequência direta de “Sicário: Terra de Ninguém” (Sicario – 2015): “Sicário: Dia do Soldado” (Sicario: Day of the Soldado – 2018). Dirigido pelo italiano Stefano Sollima, o longa é estrelado por Josh Brolin e Benicio Del Toro, mas não conta com Emily Blunt, que interpretou a agente do FBI Kate Macer no original.

 

Com roteiro de Taylor Sheridan, o filme começa com um atentado à bomba na fronteira do México com os Estados Unidos, mostrando a atuação de lobos solitários também no Kansas, o que levanta a suspeita do envolvimento dos carteis de drogas mexicanos. Os acontecimentos dão origem a uma operação que visa atiçar ainda mais o ódio entre cartéis rivais, patrocinada por uma empresa brasileira e liderada por Matt Graver (Brolin), que pede a ajuda de Alejandro (Del Toro), que tem um acerto de contas pendente com o chefão do cartel Reyes. Mas, para isso, eles precisam sequestrar a filha adolescente do mafioso numa ação que remete às do Exército em zonas de guerra, sobretudo no Oriente Médio.

 

Roteirista do longa anterior, que conta com clichês e certa previsibilidade, Sheridan consegue manter o elemento surpresa da trama, criando uma interessante atmosfera de suspense, potencializada pela trilha sonora de Hildur Guðnadóttir e pela montagem perspicaz de Matthew Newman. Mantendo o ritmo narrativo do início ao fim, “Sicário: Dia do Soldado” tem como ponto alto a escalação de seu elenco, completamente integrado entre si e seus respectivos personagens.

 

No melhor momento da carreira, Josh Brolin é o grande destaque do longa (Foto: Divulgação).

 

No entanto, o grande destaque é Josh Brolin, que surge em cena como uma espécie de John Wayne do cinema americano contemporâneo, movido a diversas emoções, mas sempre com a postura do macho alfa que faz o que considera certo, mesmo que por caminhos tortuosos e moralmente questionáveis. Neste ponto, é possível comparar as atitudes de Matt neste longa com as do personagem de Wayne, Ethan, em “Rastros de Ódio” (The Searchers – 1956), pois ambos iniciam uma caçada sangrenta numa área inóspita, onde o sonho americano sucumbe à realidade. No caso de “Sicário: Dia do Soldado”, o choque de realidade é mostrado por meio da imigração ilegal e do submundo do crime.

 

Referenciando visualmente o clássico de John Ford em algumas sequências, “Sicário: Dia do Soldado” aborda assuntos atuais como terrorismo, imigração ilegal e tráfico de drogas. O filme apresenta tudo isso ao espectador utilizando a indústria da guerra como fio condutor de sua trama, mas respeitando as características de seu antecessor ao apostar em sequências de ação com violência explícita.

 

Assista ao trailer oficial legendado:

Ana Carolina Garcia

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