Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

‘Pantera Negra: Wakanda para Sempre’ tem abertura superior a US$ 330 milhões

“Pantera Negra: Wakanda para Sempre” é dirigido por Ryan Coogler (Foto: Divulgação).

A morte de Chadwick Boseman, em 28 de agosto de 2020, cercou a continuação de “Pantera Negra” (Black Panther – 2018, EUA) de dúvidas. Muito se especulou acerca não apenas da história, mas de um substituto(a) para vestir o manto de protetor(a) de Wakanda. Mas de uma coisa ninguém nunca duvidou: a sequência, “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” (Black Panther: Wakanda Forever – 2022, EUA), rapidamente se tornaria sucesso comercial. E os números falam por si só, pois o longa abriu com US$ 331,6 milhões em bilheterias mundiais, sendo US$ 181,3 milhões somente no mercado americano, de acordo com o Box Office Mojo.

 

Danai Gurira e Letitia Wright em cena de “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” (Foto: Divulgação).

 

Segunda maior abertura de 2022, ficando atrás apenas de outro título do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” (Doctor Strange in the Multiverse of Madness – 2022, EUA), que arrecadou US$ 450 milhões em bilheterias mundiais (US$ 185 milhões apenas nos Estados Unidos), “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” não superou a do longa original, que conquistou US$ 371,4 milhões ao redor do globo, dos quais, US$ 202 milhões arrecadados no mercado americano. Esse faturamento menor para um filme aguardado com ansiedade pelos fãs se deve em parte à não distribuição na Rússia, em decorrência da guerra contra a Ucrânia, e na China, onde a exibição do filme ainda não foi autorizada por censores também por apresentar um casal homoafetivo, de acordo com o The Hollywood Reporter.

 

Principal mercado do cinema contemporâneo, a China tem se fechado às produções hollywoodianas, colocando uma série de impedimentos para exibi-los em seus cinemas, priorizando a produção local. E os efeitos sobre o ranking das maiores bilheterias têm sido observados nos últimos anos, colocando blockbusters chineses entre os títulos mais lucrativos, mesmo com o país implementando lockdowns severos para a contenção do novo coronavírus, que ainda é um problema de escala global – o crescimento recente de casos de Covid-19 também tem afastado parte do público das salas de exibição em diversos países.

 

Encostando em “Adão Negro” (Black Adam – 2022, EUA), que totaliza 351,5 milhões e também não chegou ao mercado chinês, “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” está pavimentando o seu caminho para terminar o ano entre as grandes arrecadações do cinema. Mas para chegar ao topo até o final de dezembro, precisará superar não apenas “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, que atualmente ocupa o terceiro lugar do Top 10 com US$ 955,7 milhões, como também “Jurassic World: Domínio” (Jurassic World: Dominion – 2022, EUA), na segunda posição com US$ 1,001 bilhão, e “Top Gun: Maverick” (Top Gun: Maverick – 2022, EUA), o campeão de bilheteria, até o momento, com US$ 1,486 bilhão.

 

Homenagem a Chadwick Boseman em “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” (Foto: Divulgação).

 

Com direção de Ryan Coogler, responsável também pelo longa anterior, “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” começa mostrando Wakanda de luto por seu rei e protetor. Sem um novo Pantera Negra e com a Rainha Ramonda (Angela Bassett) no comando, o país enfrenta diversas ameaças internacionais por não querer compartilhar sua principal matéria-prima, o vibranium. E essa busca por um metal tão poderoso acaba despertando a fúria de Namor (Tenoch Huerta), que deseja declarar guerra à superfície, inclusive à Wakanda, obrigando Shuri (Letitia Wright) a sair a campo com Okoye (Danai Gurira) para interromper os planos de uma jovem cientista cujo invento tem grande valor para a CIA.

 

Apresentando dois novos personagens ao público, Riri Willians/ Coração de Ferro (Dominique Thorne) e Namor (Tenoch Huerta), “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” é um exemplo de representatividade na tela grande, inclusive por aumentar o espaço e protagonismo de mulheres em comparação a outros títulos do próprio UCM. E, não há como negar, é mais que um filme de ação. É uma homenagem ao homem eternizado como o primeiro super-herói negro da Marvel, inspirando crianças do mundo inteiro.

 

Leia também:

Crítica – ‘Pantera Negra: Wakanda para Sempre’: homenagem a Chadwick Boseman

Top 10: as maiores bilheterias do primeiro semestre de 2022

Comentários

 




    gl