Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2019: ‘Benzinho’ é eleito o melhor filme
A Academia Brasileira de Cinema (ABC) realizou na noite da última quarta-feira, dia 14, no Theatro Municipal de São Paulo, a cerimônia da 18o edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. E o vencedor foi o drama “Benzinho” (2018), que recebeu seis Troféus Otelo – filme, direção para Gustavo Pizzi, atriz para Karine Telles, atriz coadjuvante para Adriana Esteves, roteiro original e montagem de ficção.
Dirigido por Cacá Diegues, “O Grande Circo Místico” (2018), que representou o Brasil na disputa por uma vaga dentre os indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro, também venceu seis troféus: direção de fotografia, roteiro adaptado, direção de arte, figurino, maquiagem e efeitos visuais.
Líder de indicações desta edição, 12 ao total, “Chacrinha – O Velho Guerreiro” (2018), de Andrucha Waddington, faturou três Otelos: ator para Stepan Nercessian, som e longa de ficção (voto popular).
Tendo como grande homenageada a atriz Zezé Motta, que comemora 50 anos de carreira e, no palco, lembrou a sua luta contra o preconceito racial nas artes, finalizando seu discurso cantando “A Missão”, de Paulo César Pinheiro e João Nogueira, a noite foi marcada por críticas ao atual governo e a defesa ao audiovisual, inclusive por parte de Jorge Peregrino, presidente da ABC. “Mesmo com um cenário positivo para o cinema brasileiro, com filmes sendo premiados em Cannes e com nossos cineastas recebendo convites para a Academia de Hollywood, estamos sob ataque. E quando se ameaça a nossa existência como setor, ameaça-se a identidade cultural. É preciso manter a serenidade e o trabalho que está sendo feito”, afirmou Peregrino.
Confira a lista de vencedores do Troféu Otelo:
Melhor longa-metragem de ficção:
– “Benzinho”, de Gustavo Pizzi.
Melhor longa-metragem documentário:
– “Ex-Pajé” (2018), de Luiz Bolognesi.
Melhor longa-metragem infantil:
– “Detetives do Prédio Azul 2 – O Mistério Italiano” (2018), de Viviane Jundi.
Melhor longa-metragem comédia:
– “Minha Vida em Marte” (2018), de Susana Garcia.
Melhor direção:
– Gustavo Pizzi – “Benzinho”.
Melhor ator:
– Stepan Nercessian – “Chacrinha – O Velho Guerreiro”.
Melhor atriz:
– Karine Telles – “Benzinho”.
Melhor ator coadjuvante:
– Matheus Nachtergaele – “O Nome da Morte” (2018).
Melhor atriz coadjuvante:
– Adriana Esteves – “Benzinho”;
Melhor direção de fotografia:
– Gustavo Hadba – “O Grande Circo Místico”.
Melhor roteiro original:
– Karine Telles e Gustavo Pizzi – “Benzinho”.
Melhor roteiro adaptado:
– Carlos Diegues e George Moura – “O Grande Circo Místico”.
Melhor direção de arte:
– Artur Pinheiro – “O Grande Circo Místico”.
Melhor figurino:
– Kika Lopes – “O Grande Circo Místico”.
Melhor maquiagem:
– Catherine Leblanc Caraes e Emmanuelle Fèvre – “O Grande Circo Místico”.
Melhor efeito visual:
– Marcelo Siqueira e Thierry Delobel – “O Grande Circo Místico”.
Melhor montagem ficção:
– Lívia Serpa – “Benzinho”.
Melhor montagem documentário:
– Gustavo Ribeiro e Rodrigo de Oliveira – “Todos os Paulos do Mundo” (2018).
Melhor som:
– Jorge Saldanha, Armando Torres Jr., Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima e Renan Deodato – “Chacrinha – O Velho Guerreiro”.
Melhor trilha sonora original:
– Elza Soares e Alexandre Martins – “My Name is Now, Elza Soares”.
Melhor trilha sonora:
– Zeca Baleiro – “Paraíso Perdido”.
Melhor longa-metragem estrangeiro:
– “Infiltrado na Klan” (BlacKkKlansman – 2018, EUA), de Spike Lee;
Melhor longa-metragem ibero-americano:
– “Uma Noite de 12 Anos” (La Noche de 12 Años – 2018, Argentina, Espanha e Uruguai), de Álvaro Brechner.
Melhor curta-metragem animação:
– “Lé com Cré” (2018), de Cassandra Reis.
Melhor curta-metragem documentário:
– “Cor de Pele” (2018), de Lívia Perini.
Melhor curta-metragem ficção:
– “O Órfão” (2018), de Carolina Markowicz.
Melhor série brasileira de ficção, de produção independente, para TV fechada ou plataforma OTT:
– “Escola de Gênios – 1a temporada” (2018).
Melhor série brasileira de documentário, de produção independente, para TV fechada ou plataforma OTT:
– “Inhotim – Arte Presente” (2018).
Melhor série brasileira de animação, de produção independente, para TV fechada ou plataforma OTT:
– “Irmão do Jorel” (2018).
Melhor longa-metragem animação (menção honrosa):
– “Peixonauta – O Filme” (2018), de Kiko Mistrorigo, Célia Catunda e Rodrigo Eba;
Melhor longa-metragem ficção (voto popular):
– “Chacrinha – O Velho Guerreiro”.
Melhor longa-metragem documentário (voto popular):
– “My Name is Now, Elza Soares”.
Melhor longa-metragem estrangeiro (voto popular):
– “Nasce Uma Estrela” (A Star is Born – 2018, EUA), de Bradley Cooper.
Melhor longa-metragem ibero-americano (voto popular):
– “Uma Noite de 12 Anos”.
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