Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2019: ‘Benzinho’ é eleito o melhor filme

“Benzinho” recebeu seis Otelos (Foto: Divulgação).

A Academia Brasileira de Cinema (ABC) realizou na noite da última quarta-feira, dia 14, no Theatro Municipal de São Paulo, a cerimônia da 18o edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. E o vencedor foi o drama “Benzinho” (2018), que recebeu seis Troféus Otelo – filme, direção para Gustavo Pizzi, atriz para Karine Telles, atriz coadjuvante para Adriana Esteves,  roteiro original e montagem de ficção.

 

Dirigido por Cacá Diegues, “O Grande Circo Místico” (2018), que representou o Brasil na disputa por uma vaga dentre os indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro, também venceu seis troféus: direção de fotografia, roteiro adaptado, direção de arte, figurino, maquiagem e efeitos visuais.

 

“Chacrinha – O Velho Guerreiro” recebeu 12 indicações ao Troféu Otelo (Foto: Divulgação / Crédito: Suzanna Tierrie).

 

Líder de indicações desta edição, 12 ao total, “Chacrinha – O Velho Guerreiro” (2018), de Andrucha Waddington, faturou três Otelos: ator para Stepan Nercessian, som e longa de ficção (voto popular).

 

Tendo como grande homenageada a atriz Zezé Motta, que comemora 50 anos de carreira e, no palco, lembrou a sua luta contra o preconceito racial nas artes, finalizando seu discurso cantando “A Missão”, de Paulo César Pinheiro e João Nogueira, a noite foi marcada por críticas ao atual governo e a defesa ao audiovisual, inclusive por parte de Jorge Peregrino, presidente da ABC. “Mesmo com um cenário positivo para o cinema brasileiro, com filmes sendo premiados em Cannes e com nossos cineastas recebendo convites para a Academia de Hollywood, estamos sob ataque. E quando se ameaça a nossa existência como setor, ameaça-se a identidade cultural. É preciso manter a serenidade e o trabalho que está sendo feito”, afirmou Peregrino.

 

Confira a lista de vencedores do Troféu Otelo:

Melhor longa-metragem de ficção:

– “Benzinho”, de Gustavo Pizzi.

Melhor longa-metragem documentário:

– “Ex-Pajé” (2018), de Luiz Bolognesi.

Melhor longa-metragem infantil:

– “Detetives do Prédio Azul 2 – O Mistério Italiano” (2018), de Viviane Jundi.

Melhor longa-metragem comédia:

– “Minha Vida em Marte” (2018), de Susana Garcia.

Melhor direção:

– Gustavo Pizzi – “Benzinho”.

Melhor ator:

– Stepan Nercessian – “Chacrinha – O Velho Guerreiro”.

Melhor atriz:

– Karine Telles – “Benzinho”.

Melhor ator coadjuvante:

– Matheus Nachtergaele – “O Nome da Morte” (2018).

Melhor atriz coadjuvante:

– Adriana Esteves – “Benzinho”;

Melhor direção de fotografia:

– Gustavo Hadba – “O Grande Circo Místico”.

Melhor roteiro original:

– Karine Telles e Gustavo Pizzi – “Benzinho”.

Melhor roteiro adaptado:

– Carlos Diegues e George Moura – “O Grande Circo Místico”.

Melhor direção de arte:

– Artur Pinheiro – “O Grande Circo Místico”.

Melhor figurino:

– Kika Lopes – “O Grande Circo Místico”.

Melhor maquiagem:

– Catherine Leblanc Caraes e Emmanuelle Fèvre – “O Grande Circo Místico”.

Melhor efeito visual:

– Marcelo Siqueira e Thierry Delobel – “O Grande Circo Místico”.

Melhor montagem ficção:

– Lívia Serpa – “Benzinho”.

Melhor montagem documentário:

– Gustavo Ribeiro e Rodrigo de Oliveira – “Todos os Paulos do Mundo” (2018).

Melhor som:

– Jorge Saldanha, Armando Torres Jr., Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima e Renan Deodato – “Chacrinha – O Velho Guerreiro”.

Melhor trilha sonora original:

– Elza Soares e Alexandre Martins – “My Name is Now, Elza Soares”.

Melhor trilha sonora:

– Zeca Baleiro – “Paraíso Perdido”.

Melhor longa-metragem estrangeiro:

– “Infiltrado na Klan” (BlacKkKlansman – 2018, EUA), de Spike Lee;

Melhor longa-metragem ibero-americano:

– “Uma Noite de 12 Anos” (La Noche de 12 Años – 2018, Argentina, Espanha e Uruguai), de Álvaro Brechner.

Melhor curta-metragem animação:

– “Lé com Cré” (2018), de Cassandra Reis.

Melhor curta-metragem documentário:

– “Cor de Pele” (2018), de Lívia Perini.

Melhor curta-metragem ficção:

– “O Órfão” (2018), de Carolina Markowicz.

Melhor série brasileira de ficção, de produção independente, para TV fechada ou plataforma OTT:

– “Escola de Gênios – 1a temporada” (2018).

Melhor série brasileira de documentário, de produção independente, para TV fechada ou plataforma OTT:

– “Inhotim – Arte Presente” (2018).

Melhor série brasileira de animação, de produção independente, para TV fechada ou plataforma OTT:

– “Irmão do Jorel” (2018).

Melhor longa-metragem animação (menção honrosa):

– “Peixonauta – O Filme” (2018), de Kiko Mistrorigo, Célia Catunda e Rodrigo Eba;

Melhor longa-metragem ficção (voto popular):

– “Chacrinha – O Velho Guerreiro”.

Melhor longa-metragem documentário (voto popular):

– “My Name is Now, Elza Soares”.

Melhor longa-metragem estrangeiro (voto popular):

– “Nasce Uma Estrela” (A Star is Born – 2018, EUA), de Bradley Cooper.

Melhor longa-metragem ibero-americano (voto popular):

– “Uma Noite de 12 Anos”.

 

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