Festival de Veneza 2020: documentário sobre Caetano Veloso está entre os selecionados
A organização do Festival de Veneza anunciou nesta terça-feira, dia 28, a lista de filmes selecionados para a sua 77a edição. Exibido fora de competição, o drama italiano “Lacci” (Idem – 2020), de Daniele Luchetti, será o responsável por abrir o evento, que, apesar da pandemia, será realizada de forma presencial entre os dias 02 e 12 de setembro.
Ao todo, 18 títulos integram a mostra competitiva, Venezia 77, sendo oito dirigidos por mulheres, o que demonstra a preocupação dos organizadores em relação à igualdade de gênero. Entre os selecionados, estão: “The World To Come” (Idem – 2020), de Mona Fastvold; “Nomadland” (Idem – 2020), de Chloé Zhao; “Nuevo Orden” (Idem – 2020), de Michel Franco; e “Padrenostro” (Idem – 2020), de Claudio Noce.
Não tem nenhum filme brasileiro na competição oficial, mas o país será representado por “Narciso em Férias” (2020). Dirigido e roteirizado por Ricardo Calil e Renato Terra, o documentário fala sobre a prisão de Caetano Veloso poucos dias após o decreto do AI-5, em 1968. “Estamos felizes e honrados de iniciar a trajetória do filme pelo Festival de Veneza, que é ao mesmo tempo o primeiro festival de cinema do mundo e o primeiro que será presencial no mundo pós-pandemia. É um evento histórico que pode apontar como será o cinema nessa nova realidade. Para nós, faz todo sentido que a estreia seja lá. ‘Narciso em Férias’ é um filme que fala do passado do Brasil, por meio das memórias de Caetano Veloso sobre sua prisão na ditadura, mas também tem muito a dizer sobre o presente do país”, afirma Calil.
Primeiro grande evento a ser realizado em meio às restrições impostas pela Covid-19, o Festival de Veneza deste ano terá como homenageadas com o Leão de Ouro honorário a atriz Tilda Swinton e a cineasta Ann Hui.
Há alguns meses circularam rumores de que os festivais de Veneza e Cannes poderiam unir forças, conforme dito por Thierry Fremaux, presidente do Festival de Cannes, em entrevista à Variety. Como os organizadores não chegaram a um consenso, o evento francês firmou parceria com o Festival de San Sebastián, que será realizado entre os dias 18 e 26 de setembro, também no formato presencial.
Confira a lista de selecionados:
Abertura:
– “Lacci”.
Mostra Venezia 77 (competição oficial):
– “In Between Dying” (Idem – 2020), de Hilal Baydarov;
– “Le Sorelle Macaluso” (Idem – 2020), de Emma Dante;
– “The World to Come” (Idem – 2020), de Mona Fastvold;
– “Nuevo Orden” (Idem – 2020), de Michel Franco;
– “Lovers” (Idem – 2020), de Nicole Garcia;
– “Laila In Haifa” (Idem – 2020), de Amos Gitai;
– “Dear Comrades” (Idem – 2020), de Andrei Konchalovsky;
– “Wife of a Spy” (Idem – 2020), de Kiyoshi Kurosawa;
– “Sun Children” (Idem – 2020), de Majid Majidi;
– “Pieces of a Woman” (Idem – 2020), de Kornel Mundruczo;
– “Miss Marx” (Idem – 2020), de Susanna Nicchiarelli;
– “Padrenostro” (Idem – 2020), de Claudio Noce;
– “Notturno” (Idem – 2020), de Gianfranco Rosi;
– “Never Gonna Snow Again” (Idem – 2020), de Malgorzata Szumowska;
– “The Disciple” (Idem – 2020), de Chaitanya Tamhane;
– “And Tomorrow the Entire World” (Idem – 2020), de Julia Von Heinz;
– “Quo Vadis, Aida?” (Idem – 2020), de Jasmila Zbanic;
– “Nomadland” (Idem – 2020), de Chloe Zhao.
Mostra Horizontes:
– “Apples” (Idem – 2020), de Christos Nikou;
– “La Troisieme Guerre” (Idem – 2020), de Giovanni Aloi;
– “Milestone” (Idem – 2020), de Ivan Ayr;
– “The Wasteland” (Idem – 2020), de Ahmad Bahrami;
– “The Man Who Sold His Skin” (Idem – 2020), de Kaouther Ben Hania;
– “I Predatori” (Idem – 2020), de Pietro Castellitto;
– “Mainstream” (Idem – 2020), de Gia Coppola;
– “Genus Pan” (Idem – 2020), de Lav Diaz;
– “Zanka Contact” (Idem – 2020), de Ismael El Iraki;
– “Guerre E Pace” (Idem – 2020), de Martina Parenti e Massimo D’Anolfi;
– “La Nuit Des Rois” (Idem – 2020), de Philippe Lacote;
– “The Furnace” (Idem – 2020), de Roderick Mackay;
– “Careless Crime” (Idem – 2020), de Shahram Mokri;
– “Gaza Mon Amour” (Idem – 2020), de Tarzan Nasser e Arab Nasser;
– “Selva Tragica” (Idem – 2020), de Yulene Olaizola;
– “Nowhere Special” (Idem – 2020), de Uberto Pasolini;
– “Listen” (Idem – 2020), de Ana Rocha De Sousa;
– “The Best Is Yet to Come” (Idem – 2020), de Wang Jing;
– “Yellow Cat” (Idem – 2020), de Adilkhan Yerzhanov.
Fora de competição (seções especiais):
– “30 Monedas, Episode 1” (Idem – 2020), de Alex de la Iglesia;
– “Princesse Europe” (Idem – 2020), de Camille Lotteau;
– “Omelia Contadina” (Idem – 2020), de Alice Rohrwacher Jr.
Fora de competição (ficção):
– “Lasciami Andare” (Idem – 2020), Stefano Mordini;
– “Mandibules” (Idem – 2020), de Quentin Dupieux;
– “Love After Love” (Idem – 2020), de Ann Hui;
– “Assandira” (Idem – 2020), de Salvatore Mereu;
– “The Duke” (Idem – 2020), de Roger Michell;
– “Night In Paradise” (Idem – 2020), de Park Soon-jung;
– “Mosquito State” (Idem – 2020), de Filip Jan Rymsza.
Fora de competição (não-ficção):
– “Sportin’ Life” (Idem – 2020), de Abel Ferrara;
– “Crazy, Not Insane” (Idem – 2020), de Alex Gibney;
– “Greta” (Idem – 2020), de Nathan Grossman;
– “Salvatore, Shoemaker Of Dreams” (Idem – 2020), de Luca Guadagnino;
– “Final Account” (Idem – 2020), de Luke Holland;
– “La Verita Su La Dolce Vita” (Idem – 2020), de Giuseppe Pedersoli;
– “Molecole” (Idem – 2020), de Andrea Segre;
– “Narciso em Férias” (2020), de Renato Terra e Ricardo Calil;
– “Paulo Conte, Via Con Me” (Idem – 2020), de Giorgio Verdelli;
– “Hopper/Welles” (Idem – 2020), de Orson Welles.
Semana da Crítica:
Competição:
– “50 Or Two Whales Meet At The Beach” (Idem – 2020), de Jorge Cuchí;
– “Ghosts” (Idem – 2020), de Azra Deniz Okyay;
– “Thou Shalt Not Hate” (Idem – 2020), de Mauro Mancini;
– “Bad Roads” (Idem – 2020), de Natalya Vorozhbyt;
– “Shorta” (Idem – 2020), de Anders Ølholm e Frederik Louis Hviid;
– “Topside” (Idem – 2020), de Celine Held e Logan George;
– “The Flood Won’t Come” (Idem – 2020), de Marat Sargsyan.
Fora de competição (seções especiais):
– “The Book Of Vision” (Idem – 2020), de Carlo S. Hintermann – abertura;
– “The Rossellinis” (Idem – 2020), de Alessandro Rossellini – encerramento.
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