Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

Especial Oscar 2023: categoria de melhor direção

O Oscar é concedido pela da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Foto: Divulgação – Crédito: Richard Harbaugh / ©A.M.P.A.S.®).

Jimmy Kimmel será o mestre de cerimônias do Oscar 2023 (Foto: Divulgação / Crédito: ©A.M.P.A.S.®).

Principal prêmio da temporada americana, o Oscar tem como principal termômetro da categoria de melhor direção o DGA Awards, concedido pelo Sindicato dos Diretores dos Estados Unidos (Directors Guild of America – DGA), que agraciou a dupla conhecida como The Daniels, Dan Kwan e Daniel Scheinert, por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” (Everything Everywhere All at Once – 2022, EUA). Isso coloca os cineastas numa posição confortável, a de favoritos, à estatueta desse ano.

 

Os indicados ao prêmio de melhor direção da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) são: Steven Spielberg por “Os Fabelmans” (The Fabelmans – 2022, EUA), Todd Field por “Tár” (Tár – 2022, EUA), Ruben Östlund por “Triângulo da Tristeza” (Triangle of Sadness – 2022, Suécia / França / Reino Unido / Alemanha / Turquia / Grécia / EUA / Dinamarca / Suíça / México), Dan Kwan e Daniel Scheinert por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” e Martin McDonagh por “Os Banshees de Inisherin” (The Banshees of Inisherin – 2022, Irlanda / Reino Unido / EUA). Dentre os concorrentes, Ruben Östlund é o único que não disputa a estatueta de melhor filme. E todos os diretores finalistas concorrem ao Golden Boy de melhor roteiro original.

 

Com 42 prêmios recebidos até a presente data por “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”, Dan Kwan e Daniel Scheinert caíram nas graças da comunidade hollywoodiana, bem como de parte considerável da crítica especializada, pela direção engenhosa num filme que tem a originalidade como característica principal. É um trabalho complexo, mas facilitado pelo fato de a dupla também assinar o roteiro, encaixando as diferentes peças da trama de maneira a prender a atenção do espectador numa trama que passeia pelo multiverso equilibrando ação, emoção e suspense.

 

Dan Kwan e Daniel Scheinert no set de “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” (Foto: Divulgação).

 

Considerando os indicativos tradicionais, Steven Spielberg também desponta dentre os favoritos por ter vencido o Globo de Ouro, entregue pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA), por “Os Fabelmans”, que lhe rendeu, até o momento, cinco prêmios de direção. Declaração de amor ao cinema e à sua família, pois é baseado na história do cineasta, o longa se destaca como um dos trabalhos mais emocionantes da temporada, conduzido com muita sensibilidade e destreza por Spielberg, homenageado recentemente com o Urso de Ouro Honorário no Festival de Berlim.

 

Steven Spielberg e elenco no set de “Os Fabelmans” (Foto: Divulgação).

 

Neste ponto, é importante dizer que o Globo de Ouro e no DGA Awards são dois dos principais indicativos do prêmio de melhor direção da AMPAS. Contudo, o DGA Awards influencia, de fato, a votação da Academia porque parte dos membros do Sindicato também integra a AMPAS e tem direito a voto. Ao contrário do Globo de Ouro, que exerce influência somente sobre a campanha dos indicados, não na votação propriamente dita, porque é entregue por jornalistas.

 

Até o momento agraciado com seis prêmios pela direção de “Tár”, Todd Field apresenta um trabalho esmerado numa produção potente que se destaca entre as melhores de sua filmografia, mesmo abordando temas difíceis. É uma direção afiada que potencializa a atuação do elenco, assim como a de Spielberg.

 

Única surpresa na lista dos finalistas de direção, Ruben Östlund se destacou nos últimos meses, especialmente na Europa, pela direção refinada de “Triângulo da Tristeza”, que lhe rendeu dois prêmios até a presente data. É uma condução cuidadosa numa trama sobre poder econômico e sobrevivência num local onde dinheiro não serve para nada.

 

Responsável por um dos títulos mais comentados na temporada atual, Martin McDonagh brinda a plateia com uma direção habilidosa em “Os Banshees de Inisherin”, explorando as diferentes camadas de seu roteiro para apresentar as angústias dos personagens numa trama sobre amor e amizade. Até agora, McDonagh recebeu apenas dois prêmios pela direção desse longa.

 

É válido ressaltar que a estatueta do Oscar de melhor direção não é entregue a cineastas americanos desde 2017, quando Damien Chazelle venceu por “La La Land – Cantando Estações” (La La Land – 2016, EUA / Hong Kong). Nos anos seguintes, o Golden Boy desta categoria ficou com dois mexicanos,  Guillermo del Toro, por “A Forma da Água” (The Shape of Water – 2017, EUA / México), e Alfonso Cuarón, por “Roma” (Roma – 2018, México / EUA), um sul-coreano, Bong Joon-ho, por “Parasita” (Gisaengchung – 2019, Coreia do Sul), uma chinesa, Chloé Zhao, por “Nomadland” (Nomadland – 2020, EUA), e uma neozelandesa, Jane Campion, por “Ataque dos Cães” (The Power of the Dog – 2021, Reino Unido / Canadá / Austrália / Nova Zelândia / EUA).

 

Considerando não apenas os resultados do Globo de Ouro e do DGA Awards, mas todo o cenário da temporada de prêmios americana, pode-se dizer que Dan Kwan e Daniel Scheinert têm mais chances na corrida pela estatueta dourada de melhor direção, seguidos por Todd Field e Steven Spielberg, enquanto Ruben Östlund e Martin McDonagh são as “zebras” da categoria.

 

Apresentada por Jimmy Kimmel, a 95a cerimônia de entrega do Oscar será realizada no próximo domingo, dia 12, no Ovation Hollywood, do Dolby Theatre, em Los Angeles. No Brasil, a maior festa do cinema mundial será transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT e pela plataforma HBO Max.

 

Confira um pequeno perfil dos indicados:

Steven Spielberg:

Steven Spielberg no set de “Os Fabelmans” (Foto: Divulgação).

Nascido em 18 de dezembro de 1946, em Cincinatti, no estado americano de Ohio, Steven Allan Spielberg ganhou sua primeira câmera na infância, realizando diversos curtas-metragens ainda na adolescência, como por exemplo, “The Last Gun” (The Last Gun – 1959, EUA), “Fighter Squad” (Fighter Squad – 1961, EUA) e “Escape to Nowhere” (Escape to Nowhere – 1961, EUA) – os dois últimos sobre um tema recorrente em sua filmografia, a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945). Spielberg continuou trabalhando em curtas, mas já dando seus primeiros passos na televisão, dirigindo episódios de séries como “Galeria do Terror” (Night Gallery – 1969 – 1973, EUA) e “The Psychiatrist” (The Psychiatrist – 1970, EUA). E foi na telinha que Spielberg chamou a atenção da indústria hollywoodiana com seu primeiro longa-metragem, “Encurralado” (Duel – 1971, EUA), seguido por “A Força do Mal” (Something Evil – 1972, EUA) e “Savage” (Savage – 1973, EUA).

 

A estreia no cinema aconteceu com “Louca Escapada” (The Sugarland Express – 1974, EUA), que levou Spielberg para o Festival de Cannes, onde concorreu à Palma de Ouro e venceu o prêmio de roteiro. O sucesso deste longa possibilitou a produção de um título que quase levou os executivos da Universal Pictures à loucura devido aos inúmeros problemas durante as filmagens, “Tubarão” (Jaws – 1975, EUA). Utilizando a imaginação em virtude dos imprevistos com o tubarão mecânico, que o deixaram somente com a câmera, a água e os atores, Spielberg realizou não apenas o primeiro blockbuster da História, como também a primeira produção a ultrapassar US$ 100 milhões em bilheterias mundiais – de acordo com o Box Office Mojo, o longa arrecadou cerca de US$ 471,4 milhões.

 

Nos anos seguintes, Spielberg se firmou como um dos cineastas mais importantes e rentáveis de Hollywood, passeando com desenvoltura por diversos gêneros cinematográficos ao dirigir filmes como “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” (Close Encounters of the Third Kind – 1977, EUA / Reino Unido), “Os Caçadores da Arca Perdida” (Raiders of the Lost Ark – 1981, EUA), “E.T.: O Extraterrestre” (E.T. the Extra-Terrestrial – 1982, EUA), “A Cor Púrpura” (The Color Purple – 1985, EUA), “Jurassic Park” (Jurassic Park – 1993, EUA), “A Lista de Schindler” (Schindler’s List – 1993, EUA), “Amistad” (Amistad – 1997, EUA ), “O Resgate do Soldado Ryan” (Saving Private Ryan – 1998, EUA) e “Lincoln” (Lincoln – 2012, EUA / Índia).

 

Respeitado também como produtor, Steven Spielberg concorre ao Golden Boy de melhor filme, direção e roteiro original por “Os Fabelmans”. No passado, o cineasta teve seu talento reconhecido pela AMPAS quatro vezes: com o prêmio especial Irving G. Thalberg Memorial Award, concedido pela excelência do trabalho realizado, em 1987; e as estatuetas do Oscar de melhor filme e direção por “A Lista de Schindler” e direção por “O Resgate do Soldado Ryan”. Spielberg concorreu a outras 16 estatuetas: direção por “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”; direção por “Os Caçadores da Arca Perdida”; filme e direção por “E.T.: O Extraterrestre”; filme por “A Cor Púrpura”; filme por “O Resgate do Soldado Ryan”; filme e direção por “Munique” (Munich – 2005, EUA / Canadá / França); filme por “Cartas de Iwo Jima” (Letters from Iwo Jima – 2006, EUA / Japão); filme por “Cavalo de Guerra” (War Horse – 2011, EUA / Índia); filme e direção por “Lincoln”; filme por “Ponte dos Espiões” (Bridge of Spies – 2015, EUA / Alemanha / Índia); filme por “The Post: A Guerra Secreta” (The Post – 2017, EUA / Reino Unido); e filme e direção por “Amor, Sublime Amor” (West Side Story – 2021, EUA).

 

* Os cinco prêmios recebidos pela direção de “Os Fabelmans” são: o já citado Globo de Ouro; o CinEuphoria, do CinEuphoria Awards, de diretor (competição internacional); o IFCS Award, do Internet Film Critic Society; o NBR Award, da National Board of Review, USA; e o NMFC Award, do New Mexico Film Critics.

 

Todd Field:

Todd Field no set de “Tár” (Foto: Divulgação).

Nascido em 24 de fevereiro de 1964, em Pomona, no estado americano da Califórnia, William Todd Field se interessou, num primeiro momento, pela atuação, algo que aflorou após a conclusão do Ensino Médio, quando seguiu para Nova York com o objetivo de estudar e, consequentemente, consolidar sua carreira artística, trabalhando como ator e músico na Ark Theatre Company.

 

Em 1986, estreou na televisão com uma pequena participação na série “Lance et compte” (Lance et compte – 1986 – 1988, Canadá / França). O primeiro trabalho no cinema, como ator, também foi pequeno, mas sob a direção de Woody Allen em “A Era do Rádio” (Radio Days – 1987, EUA). Nos anos seguintes, conciliou séries e filmes, invadindo a tela grande com títulos como “Um Médico Irreverente” (Gross Anatomy 0 1989, EUA) e “O Sol do Paraíso” (Ruby in Paradise – 1993, EUA), respectivamente dirigidos por Thom Eberhardt e Victor Nunez.

 

Todd Field continuou trabalhando em frente às câmeras, mas, no início dos anos 1990, se interessou pelos bastidores da sétima-arte, assumindo as funções de diretor e roteirista do curta-metragem “Too Romantic” (Too Romantic – 1992, EUA). Com o passar dos anos, Field conseguiu conciliar a carreira como ator, inclusive ao lado de Tom Cruise e Nicole Kidman no último filme de Stanley Kubrick, “De Olhos Bem Fechados” (Eyes Wide Shut – 1999, Reino Unido / EUA), e seus curtas como cineasta, que fomentaram nele o desejo de dar um passo maior: produzir, dirigir e roteirizar seu primeiro longa-metragem, o aclamado “Entre Quatro Paredes” (In the Bedroom – 2001, EUA), seguido por outro igualmente bem recebido, “Pecados Íntimos” (Little Children – 2006, EUA).

 

Concorrendo este ano às estatuetas de melhor filme, direção e roteiro original por “Tár”, Todd Field foi indicado anteriormente outras três vezes nas categorias de: melhor filme e roteiro adaptado por “Entre Quatro Paredes”; e roteiro adaptado por “Pecados Íntimos”.

 

* Os seis prêmios recebidos pela direção de “Tár” são: o BSFC Award, da Boston Society of Film Critics Awards; o IFJA Award, da Indiana Film Journalists Association, US; o ALFS Award, do London Critics Circle Film Awards; o LAFCA Award, da Los Angeles Film Critics Association Awards; o SFBAFCC Award, do San Francisco Bay Area Film Critics Circle; e o SFC Award, do Sunset Film Circle Awards.

 

Ruben Östlund:

Ruben Östlund no set de “Triângulo da Tristeza” (Foto: Divulgação).

Nascido em 13 de abril de 1974, em Styrsö, Västra Götalands län, na Suécia, Claes Olle Ruben Östlund começou a fazer vídeos amadores quando trabalhava em resorts nos Alpes durante o inverno. Isso despertou o interesse em estudar e se profissionalizar, sendo aceito da Universidade de Gotemburgo, onde se matriculou no curso de cinema.

 

Ainda como estudante, realizou seu primeiro curta-metragem, “Free Radicals” (Free Radicals – 1997, Suécia), que ganhou uma continuação no ano seguinte, “Free Radicals 2” (Free Radicals 2 – 1998, Suécia). Em 2002, um ano após sua graduação, realizou o documentário em média-metragem “Familj igen” (Familj igen – 2002, Suécia), dando o primeiro passo para aquele que marcaria sua estreia na direção de longas, “Gitarrmongot” (Gitarrmongot – 2002, Suécia).

 

No entanto, o reconhecimento, de fato, chegou com o drama “Involuntário” (De ofrivilliga – 2008, Suécia / França), que se destacou em inúmeros festivais, inclusive o de Cannes, onde disputou o Un Certain Regard Award. Poucos anos depois, Östlund voltou à Croisette, mas saiu premiado com o Séance “Coup de coeur por outro drama, “Play” (Play – 2011, Suécia / França). A aclamação internacional aconteceu com “Força Maior” (Turist – 2014, Suécia / França / Noruega / Dinamarca / Itália) e “The Square: A Arte da Discórdia” (The Square – 2017, Suécia / Alemanha / França / Dinamarca), ambos premiados em Cannes – o primeiro com o Un Certain Regard Jury Prize, e, o segundo, com a Palma de Ouro e o Vulcain Prize for the Technical Artist, concedido a Josefin Åsberg.

 

Esta é a primeira vez em que Ruben Östlund concorre ao Oscar. E em duas categorias: direção e roteiro original.

 

* Os dois prêmios recebidos pela direção de “Triângulo da Tristeza” são: o Capri European Director Award, do Capri, Hollywood; e o Guldbagge, do Guldbagge Awards.

 

Dan Kwan e Daniel Scheinert:

Dan Kwan e Daniel Scheinert no set de “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” (Foto: Divulgação).

Nascido em 10 de fevereiro de 1988, em Westborough, no estado americano de Massachusetts, Daniel Kwan começou sua carreira profissional dirigindo e roteirizando videoclipes musicais, sendo “FM Belfast: Underwear (Version 2)”, lançado em 2010 pela banda FM Belfast, o primeiro deles. E foi exatamente em sua estreia como diretor que a parceria com Daniel Scheinert teve início.

 

Nascido em 7 de junho de 1987, em Birmingham, no estado americano do Alabama, Daniel Scheinert começou sua carreira um pouco antes de Kwan, com o curta “I’m Nostalgic” (I’m Nostalgic – 2007, EUA), seguido por “Trust” (Trust – 2008, EUA), seu trabalho anterior a “FM Belfast: Underwear (Version 2)”.

 

Ambos graduados pela Emerson College, os Daniels, como também são chamados, realizaram muitos outros videoclipes juntos e episódios de séries televisivas, como por exemplo, “Childrens Hospital” (Childrens Hospital – 2008 – 2016, EUA), até estrearem como diretores de longas-metragens com “Um Cadáver Para Sobreviver” (Swiss Army Man – 2016, EUA), estrelado por Paul Dano e Daniel Radcliffe. Classificado como comédia, drama e fantasia, o filme ajudou a pavimentar o caminho para os cineastas, que assumiram dois projetos separados: “The Death of Dick Long” (The Death of Dick Long – 2019, EUA), de Scheinert, e “Omniboat: A Fast Boat Fantasia” (Omniboat: A Fast Boat Fantasia – 2020, EUA), de Kwan, Hannah Fidell e Alexa Lim Haas.

 

Com “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”, Dan Kwan e Daniel Scheinert garantiram suas primeiras indicações ao Oscar. E em três categorias: melhor filme, direção e roteiro original.

 

* Entre os 42 prêmios recebidos pela direção de “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”, estão: o já citado DGA Award; o AFCA Award, da Austin Film Critics Association; o BOFCA Award, da Boston Online Film Critics Association; o Windie, do Chicago Indie Critics Awards (CIC); o Critics Choice Award, do Critics Choice Awards; o Dorian Award, da GALECA: The Society of LGBTQ Entertainment Critics; o HCA Award, da Hollywood Critics Association; o KCFCC Award, do Kansas City Film Critics Circle Awards; o Sierra Award, da Las Vegas Film Critics Society Awards; o NYFCO Award, do New York Film Critics, Online; e o WAFCA Award, da Washington DC Area Film Critics Association Awards.

 

Martin McDonagh:

Martin McDonagh no set de “Os Banshees de Inisherin” (Foto: Divulgação).

Nascido em 26 de março de 1970, em Londres, Inglaterra, Martin McDonagh começou a carreira no teatro, tornando-se, aos 27 anos de idade, o primeiro dramaturgo a ter quatro peças no West-End, encenadas simultaneamente, desde William Shakespeare.

 

A estreia como cineasta aconteceu em 2004, com o curta “O Revólver de Seis Tiros” (Six Shooter – 2004, Reino Unido / Irlanda). Estrelado por Brendan Gleeson, um de seus grandes parceiros no mundo do cinema, o curta recebeu aclamação internacional, colocando McDonagh no radar hollywoodiano. Quatro anos mais tarde, realizou seu primeiro longa-metragem, “Na Mira do Chefe” (In Bruges – 2008, Reino Unido / EUA), ganhando ainda mais notoriedade.

 

Consolidado também como cineasta, Martin McDonagh realizou dois longas de grande sucesso: “Sete Psicopatas e um Shih Tzu” (Seven Psychopaths – 2012, Reino Unido / EUA) e “Três Anúncios para um Crime” (Three Billboards Outside Ebbing, Missouri – 2017, Reino Unido / EUA).

 

Vencedor do Oscar de melhor curta em live-action por “O Revólver de Seis Tiros”, Martin McDonagh concorre esse ano a três categorias: melhor filme, direção e roteiro original. Em 2018, o cineasta disputou as estatuetas de melhor direção e roteiro original por “Três Anúncios para um Crime”.

 

* Os dois prêmios recebidos pela direção de “Os Banshees de Inisherin” são: o GWNYFCA Award, da Greater Western New York Film Critics Association Awards; e o NYFCO Award, do New York Film Critics, Online.

 

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