Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

Especial Oscar 2022: categoria de melhor filme

A 94a cerimônia do Oscar está agendada para 27 de março de 2022 (Foto: Divulgação – Crédito: Richard Harbaugh / ©A.M.P.A.S.).

O Oscar 2022 será realizado no Dolby Theatre, em Los Angeles, no formato presencial (Foto: Divulgação / Crédito: AMPAS).

No início da temporada de premiações, “Ataque dos Cães” (The Power of the Dog – 2021, Reino Unido / Canadá / Austrália / Nova Zelândia / EUA) era considerado o franco favorito desta edição, algo que se consolidou com a vitória de um importante termômetro, o Globo de Ouro de melhor filme de drama, e, posteriormente, com suas 12 indicações ao Oscar. Dirigido por Jane Campion para a Netflix, o longa perdeu força nas últimas semanas devido à ascensão de outra produção original do streaming: “No Ritmo do Coração” (CODA – 2021, EUA / França / Canadá). Produzido pela AppleTV+, também disponibilizado na Amazon Prime Video, o filme é, agora, o favorito à estatueta dourada mais cobiçada do cinema mundial.

 

Os 10 indicados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) à categoria principal do Oscar 2022 são: “Amor, Sublime Amor” (West Side Story – 2021, EUA), de Steven Spielberg; “Duna” (Dune: Part One – 2021, EUA / Canadá), de Denis Villeneuve; “Belfast” (Belfast – 2021, Reino Unido), de Kenneth Branagh, “Ataque dos Cães”, de Jane Campion; “No Ritmo do Coração”, de Sian Heder; “King Richard: Criando Campeãs” (King Richard – 2021, EUA), de Reinaldo Marcus Green; “Não Olhe Para Cima” (Don’t Look Up – 2021, EUA), de Adam McCay; “O Beco do Pesadelo” (Nightmare Alley – 2021, EUA / México / Canadá), de Guillermo del Toro; “Licorice Pizza” (Licorice Pizza – 2021, EUA / Canadá), de Paul Thomas Anderson; e “Drive My Car” (Doraibu mai kâ – 2021, Japão), de Ryûsuke Hamaguchi. Dentre os concorrentes, três foram produzidos por e para plataformas digitais, “No Ritmo do Coração”, “Ataque dos Cães” e “Não Olhe Para Cima”; e dois tiveram lançamentos híbridos, nos cinemas e na HBO Max americana, “Duna” e “King Richard: Criando Campeãs”.

 

O favoritismo de “No Ritmo do Coração” se deve à vitória de outros dois indicativos do Oscar de melhor filme: o The Darryl F. Zanuck Award, do PGA Awards, concedido pelo Sindicato dos Produtores dos Estados Unidos (Producers Guild of America – PGA); e o Actor de melhor elenco do SAG Awards, do Sindicato dos Atores dos Estados Unidos (Screen Actors Guild – SAG). Neste ponto, é imprescindível ressaltar que o PGA Awards e o SAG Awards são os termômetros mais importantes, pois parte dos membros dos dois sindicatos pertence à Academia e tem direito a voto, ao contrário do Globo de Ouro, concedido pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA), composta por jornalistas que não integram a AMPAS, influenciando somente a campanha dos indicados, não a votação propriamente dita – apesar da crise institucional que se abateu sobre a HFPA, colocando-a no limbo hollywoodiano nesta temporada, o Globo de Ouro não pode ser ignorado por ser, historicamente, o segundo maior evento de Hollywood.

 

Criada em 1995, a categoria de melhor elenco de filme do SAG Awards é um termômetro, mas apenas 12 de seus 25 vencedores receberam o Oscar principal nos anos anteriores. Mas o maior indicativo da categoria principal do prêmio da Academia é o PGA Awards, pois nos últimos 32 anos, 22 longas-metragens agraciados com o The Darryl F. Zanuck Award também venceram o Oscar de melhor filme.

 

“No Ritmo do Coração” é uma produção original Apple TV+ (Foto: Divulgação).

 

Com 56 prêmios recebidos até o momento, “No Ritmo do Coração” aborda a realidade de filhos de pais surdos, que têm a linguagem de sinais como primeira língua, inseridos em ambos os grupos, mas com uma comunidade própria, Children of Deaf Adults (CODA, sigla que é o título original do longa). Contando com boas atuações, sobretudo do trio formado por Emilia Jones, Troy Kotsur e Eugenio Derbez, “No Ritmo do Coração” é um coming-of-age movie que equilibra drama e humor com muita naturalidade e leveza, prendendo a atenção do (tel)espectador por explorar o medo de uma jovem em falhar na proteção e blindagem de seus familiares, que precisam sair do isolamento voluntário e abraçar o mundo à medida que percebem o potencial da jovem. Remake do francês “A Família Bélier” (La famille Bélier – 2014), de Éric Lartigau, esta é uma produção muito delicada que se tornou um exemplo de representatividade e inclusão na safra de 2021.

 

“No Ritmo do Coração” tem como principal concorrente “Ataque dos Cães”, que se tornou um dos grandes fenômenos da temporada, tendo como alicerces as atuações de Benedict Cumberbatch, Jesse Plemons e Kirsten Dunst. Baseado no livro homônimo de Thomas Savage, o longa apresenta trama complexa e dividida em capítulos, que se desenvolve sem pressa para permitir ao espectador melhor compreensão acerca das atitudes do protagonista, homem que nega sua própria natureza, afetando sua vida e a de todos ao seu redor, o que o coloca no centro de uma trama um tanto macabra. Até a presente data, o filme totaliza 257 prêmios.

 

“Ataque dos Cães” é protagonizado por Benedict Cumberbatch (Foto: Divulgação / Crédito: Netflix).

 

No entanto, estas duas produções originais de plataformas digitais têm como maiores ameaças à concretização do sonho dourado, sintetizado na estatueta de melhor filme, títulos produzidos por estúdios tradicionais para a tela grande da sala de exibição, que defendem o modelo tradicional de cinema e, consequentemente, lutam para manter viva a essência da sétima-arte. Neste contexto, “Amor, Sublime Amor” é um dos oponentes mais fortes não apenas por pertencer à grife Steven Spielberg, como também por celebrar o cinemão hollywoodiano e, principalmente, por ser um exemplar de representatividade e inclusão tal qual “No Ritmo do Coração”. Enquanto a produção da AppleTV+ concede espaço aos deficientes auditivos, esta nova adaptação cinematográfica de um dos maiores sucessos da Broadway retrata latinos por meio de questões como imigração, utilizando como fio condutor o amor entre dois jovens de grupos distintos cuja rivalidade é potencializada pelo preconceito enraizado e institucionalizado.

 

“Amor, Sublime Amor” é dirigido por Steven Spielberg (Foto: Divulgação).

 

Primeiro musical dirigido por Spielberg, “Amor, Sublime Amor” surpreende pelo imenso rigor técnico, sobretudo no que tange à direção de arte, fotografia e caracterização de personagens, bem como pela sintonia do elenco no qual Ariana DeBose é o maior destaque. Com vasta experiência nos palcos, DeBose oferece ao espectador doses de nostalgia ao contracenar com Rita Moreno, que venceu o Oscar de melhor atriz coadjuvante por sua performance como Anita no clássico homônimo de Robert Wise e Jerome Robbins, lançado em 1961, vencedor de outras nove estatuetas, incluindo as de melhor filme e direção. Ao todo, o longa recebeu 65 prêmios até o momento, inclusive o Globo de Ouro de melhor filme de comédia e/ou musical.

 

Podendo repetir o feito de “Parasita” (Gisaengchung – 2019, Coreia do Sul), de Bong Joon Ho, pois tem chances reais de vencer tanto a categoria de melhor filme quanto as de direção e filme internacional, “Drive My Car”, de Ryûsuke Hamaguchi, é um longa-metragem guiado pela emoção. Utilizando o silêncio como elemento da narrativa, este é um filme melancólico sobre a luta de duas pessoas contra a dor da perda e suas consequências, necessitando de um acerto de contas com o passado para que possam superar o luto e seguir adiante. Baseado no conto homônimo de Haruki Murakami, que integra o livro “Homens sem Mulheres”, este drama se desenvolve sem pressa e, até agora, venceu 71 prêmios.

 

Com 144 prêmios conquistados até a presente data, “Duna” chama a atenção pelo emprego da técnica, sobretudo no que tange ao design de produção, efeitos visuais e som. Contudo, este remake do clássico homônimo de David Lynch, lançado em 1984, baseado no romance de Frank Herbert, também apresenta uma condução meticulosa de Denis Villeneuve. Contudo, a trama não consegue explorar com propriedade toda a complexidade da história que a originou, que tem como pilares questões políticas, sociais, ecológicas, religiosas e tecnológicas, apostando mais na jornada quase heroica do protagonista e sua luta pela sobrevivência num planeta inóspito.

 

Um dos títulos mais leves da disputa deste ano, “Licorice Pizza”, de Paul Thomas Anderson é um coming-of-age movie que utiliza o humor para contar a história de um adolescente que se apaixona por uma jovem na casa dos 20 anos em meio a toda a tensão política do início da década de 1970 nos Estados Unidos. Marcando a estreia de Cooper Hoffman, filho de Philip Seymour Hoffman, com quem Anderson trabalhou diversas vezes, o longa concede uma experiência divertida e nostálgica ao espectador, e, até o momento, totaliza 57 prêmios.

 

Judi Dench, Jude Hill e Ciarán Hinds são os destaques de “Belfast” (Foto: Divulgação).

 

Projeto pessoal de Kenneth Branagh, baseado nas lembranças da infância em sua cidade-natal, “Belfast” é um dos longas mais emocionantes desta edição, sobretudo pelo momento no qual a cerimônia será realizada, marcado pela guerra na Ucrânia, invadida pela Rússia, separando famílias e impondo sofrimento e dor à população. De proporções infinitamente inferiores em comparação à barbárie que devasta a Ucrânia, o conflito entre protestantes e católicos, também chamado de “The Troubles”, levou caos e medo a Belfast (Irlanda do Norte), separando inúmeras famílias, pois muitas foram obrigadas a deixar tudo para trás em prol da segurança e/ou sobrevivência, atingindo seu ápice no final dos anos 1960. Esteticamente belo, o filme tem como trunfo a comunhão do elenco, especialmente do trio formado por Jude Hill, Judi Dench e Ciarán Hinds. Até a presente data, “Belfast” recebeu 46 prêmios.

 

Também inspirado numa história real, a do pai das tenistas Venus e Serena Williams, “King Richard: Criando Campeãs”, é um filme sobre a obstinação de um homem que tem necessidade de superar as adversidades da vida, principalmente a barreira do preconceito racial, para realizar seu maior sonho. No caso, ver duas filhas se tornarem referência num esporte dominado por brancos de famílias abastadas. Sem nenhum desafio técnico, esta é uma produção guiada pelo amor incondicional de um pai para com suas filhas, algo que, por si só, consegue aproximar a plateia. Dirigido por Reinaldo Marcus Green, o longa totaliza, até o momento, 44 prêmios.

 

Baseado no livro homônimo de William Lindsay Gresham, “O Beco do Pesadelo”, de Guillermo del Toro, mostra a ascensão e queda de um trambiqueiro profissional, chamando mais atenção por seu refinamento estético que pela trama propriamente dita. Isto se deve em parte à lentidão de seu ritmo narrativo, que o torna cansativo de assistir em diversos momentos. Desta forma, o longa perde potência, mesmo com a visível dedicação de seu elenco, principalmente de Bradley Cooper e Cate Blanchett. Ao todo, conquistou 20 prêmios.

 

Remetendo a “Armageddon” (Armageddon – 1998, EUA), de Michael Bay, somente no que tange à ameaça de extinção causada pela aproximação de um asteroide, “Não Olhe Para Cima” tem como foco a crítica política por meio da sátira, tornando-se bastante atual, sobretudo no cenário pandêmico no qual o negacionismo e a ambição atuam lado a lado contra a humanidade. No decorrer de quase duas horas e meia de duração, o longa leva o (tel)espectador à reflexão ao apresentar uma trama na qual se pode traçar um paralelo com a realidade devido à identificação de governantes que não lutam pela segurança, bem-estar e vida de seu povo, priorizando seus próprios interesses, bem como o de seu grupo de apoiadores. Dirigido por Adam McKay para a Netflix, o filme conta com elenco em total sintonia e, até o momento, recebeu 14 prêmios.

 

Considerando o PGA Award e o SAG Award, pode-se dizer que “No Ritmo do Coração” é o filme que ocupa a posição mais confortável na disputa pela estatueta dourada, tendo como maiores ameaças os dois vencedores do Globo de Ouro, “Ataque dos Cães” e “Amor, Sublime Amor”, seguidos por “Drive My Car”, “Duna”, “Licorice Pizza” e “Belfast”. Neste cenário, “King Richard: Criando Campeãs”, “O Beco do Pesadelo” e “Não Olhe Para Cima” são os títulos com chances menores de vitória.

 

A categoria de melhor filme, mais que as outras, é extremamente cobiçada por plataformas de streaming que têm investido bastante em produções originais. Nesta edição, a Netflix, a Apple TV+ e a Amazon têm títulos na disputa, mas tiveram de seguir as mesmas regras de elegibilidade impostas às produções de estúdios tradicionais, mesmo com a manutenção do afrouxamento da edição anterior para títulos que já haviam sido agendados para exibição comercial e para aqueles comprovadamente inscritos / selecionados em festivais de cinema que foram adiados ou cancelados em decorrência da pandemia, seguindo estritamente as seguintes regras, de acordo com o comunicado oficial da instituição: “1. O filme tem de ser disponibilizado na Academy Screening Room (plataforma de streaming da AMPAS) no prazo de 60 dias após sua exibição ou lançamento em VOD; 2. O filme deve atender a todos os outros requisitos de elegibilidade”. Com isso, a AMPAS reforça o compromisso de valorização da exibição teatral, algo que pode ser observado no terceiro parágrafo da “Regra Dois, Elegibilidade”: “Filmes que, em qualquer versão, recebam sua primeira exibição pública ou distribuição de outra forma que não como um lançamento de filme para cinema não será elegível para o Oscar em nenhuma categoria. A exibição ou distribuição pública não teatral inclui, mas não se limita a: transmissão e televisão a cabo; PPV/VOD; distribuição de DVD; distribuição de companhias aéreas a bordo; e transmissão pela Internet”.

 

A 94ª cerimônia de entrega do Oscar será realizada em formato presencial no próximo domingo, dia 27, no Dolby Theatre, em Los Angeles, com apresentação de Amy Schumer, Regina Hall e Wanda Sykes. No Brasil, a maior festa do cinema mundial será transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT e pela Globoplay.

 

Conheça os indicados:

“Amor, Sublime Amor”:

“Amor, Sublime Amor” é dirigido por Steven Spielberg (Foto: Divulgação).

Direção: Steven Spielberg.

Elenco: Ansel Elgort (Tony), Rachel Zegler (Maria), Ariana DeBose (Anita), Rita Moreno (Valentina), David Alvarez (Bernardo), Brian d’Arcy James (Oficial Krupke), Corey Stoll (Tenente Schrank), entre outros.

Sinopse: Nova adaptação cinematográfica do musical homônimo da Broadway, o filme conta a história de dois jovens, Tony e Maria, que vivem um amor proibido por pertencerem a grupos rivais, Jets e Sharks. E esta rivalidade é potencializada pelo preconceito contra imigrantes, no caso, porto-riquenhos.

Recebeu sete indicações ao Oscar: melhor filme; direção para Spielberg; atriz coadjuvante para Ariana DeBose; fotografia para Janusz Kaminski; figurino para Paul Tazewell; design de produção para Adam Stockhausen e Rena DeAngelo; e som para Tod A. Maitland, Gary Rydstrom, Brian Chumney, Andy Nelson e Shawn Murphy.

Entre os 65 prêmios já recebidos, estão: os Globos de Ouro de melhor filme de comédia / musical, atriz em filme de comédia / musical para Zegler e atriz coadjuvante para DeBose; o Actor, do SAG Awards, de atriz coadjuvante para DeBose; o BAFTA Film Award, do BAFTA Awards, de atriz coadjuvante para DeBose e escalação de elenco; o Critics Choice Award, da Critics’ Choice Association (CCA), de atriz coadjuvante para DeBose e edição para Sarah Broshar e Michael Kahn; o FFCC Award, do Florida Film Critics Circle Awards, de atriz coadjuvante para DeBose; o Sierra Award, da Las Vegas Film Critics Society Awards, de direção para Spielberg, atriz coadjuvante para DeBose, fotografia para Janusz Kaminski, direção de arte para Deborah Jensen e edição; o LAFCA Award, da Los Angeles Film Critics Association Awards, de atriz coadjuvante para DeBose; o Director’s Choice Award, do New England Film & Video Festival, para Spielberg; o NMFC Award, do New Mexico Film Critics, de filme, direção, edição e design de produção para Adam Stockhausen e Rena DeAngelo; e o PCC Award, do Phoenix Critics Circle, de ator coadjuvante para Mike Faist.

 

“Duna”:

“Duna” é dirigido por Denis Villeneuve (Foto: Divulgação).

Direção: Denis Villeneuve.

Elenco: Timothée Chalamet (Paul Atreides), Rebecca Ferguson (Lady Jessica Atreides), Zendaya (Chani), Oscar Isaac (Duke Leto Atreides), Jason Momoa (Duncan Idaho), Stellan Skarsgård (Baron Vladimir Harkonnen), Josh Brolin (Gurney Halleck), entre outros.

Sinopse: Baseado no romance de Frank Herbert, o longa conta a história de Paul Atreides, membro de uma família nobre designada a levar a paz a um planeta inóspito, Arrakis, fonte de substância alucinógena e de alto valor comercial. Atormentado pelas visões de uma jovem no deserto, Paul precisa vencer seus medos para compreender seus dons enquanto luta pela sobrevivência em Arrakis.

Recebeu 10 indicações ao Oscar: melhor filme; roteiro adaptado para Jon Spaihts, Denis Villeneuve e Eric Roth; edição para Joe Walker; fotografia para Greig Fraser; figurino para Jacqueline West e Bob Morgan; trilha sonora para Hans Zimmer; maquiagem e cabelo para Donald Mowat, Love Larson e Eva Von Bahr; design de produção para Patrice Vermette e Zsuzsanna Sipos; efeitos visuais para Paul Lambert, Tristan Myles, Brian Connor e Gerd Nefzer; e som para Mac Ruth, Mark A. Mangini, Theo Green, Doug Hemphill e Ron Bartlett.

Entre os 144 prêmios já recebidos, estão: o Globo de Ouro de trilha sonora original; o BAFTA Film Award de fotografia para Greig Fraser, trilha sonora para Hans Zimmer, design de produção para Patrice Vermette e Zsuzsanna Sipos, efeitos visuais para Brian Connor, Paul Lambert, Tristan Myles e Gerd Nefzer, e som para Mac Ruth, Mark A. Mangini, Doug Hemphill, Theo Green e Ron Bartlett; o AACTA International Award, do AACTA International Awards, de direção para Villeneuve; o AFI Award, do AFI Awards, USA, de filme do ano; o ASC Award, da American Society of Cinematographers, de fotografia; o Excellence in Production Design Award, do Art Directors Guild; o Critics Choice Award de design de produção, trilha sonora e efeitos visuais; o CCA Super Award, do Critics Choice Super Award, concedido pela Broadcast Film Critics Association (BFCA) e a Broadcast Television Journalists Association (BTJA), de filme de ficção-científica / fantasia e atriz em filme de ficção-científica / fantasia para Rebecca Ferguson; o Sierra Award de filme de terror / ficção-científica e efeitos visuais; e o Variety Artisans Award, do Santa Barbara International Film Festival, de fotografia e figurino para Jacqueline West e Bob Morgan.

 

“Belfast”:

“Belfast” é dirigido por Kenneth Branagh (Foto: Divulgação).

Direção: Kenneth Branagh.

Elenco: Jude Hill (Buddy), Lewis McAskie (Will), Caitriona Balfe (Ma), Jamie Dornan (Pa), Judi Dench (Granny), Ciarán Hinds (Pop), Josie Walker (Tia Violet), Freya Yates (Frances), entre outros.

Sinopse: Inspirado nas lembranças da infância de seu realizador em Belfast, o longa conta a história de Buddy, menino de nove anos que assiste à eclosão da violência causada pelo conflito entre protestantes e católicos, chamado de “The Troubles”, no final dos anos de 1960. Tentando compreender os acontecimentos ao seu redor, Buddy é confrontado pela iminente separação de sua família, pois a fuga para um lugar mais seguro se torna inevitável.

Recebeu sete indicações ao Oscar: melhor filme; direção e roteiro original para Branagh; ator coadjuvante para Hinds; atriz coadjuvante para Dench; canção original para “Down to Joy”, de Van Morrison; e som para Denise Yarde, Simon Chase, James Mather e Niv Adiri.

Entre os 46 prêmios já recebidos, estão: o Globo de Ouro de roteiro para Branagh; o BAFTA Film Award de filme britânico; o Critics Choice Award de elenco, ator / atriz jovem para Hill e roteiro original; o Sierra Award de filme, jovem ator para Hill e roteiro original; o Audience Award, do Newport Beach Film Festival; o Chairman’s Vanguard Award, do Palm Springs International Film Festival; o Outstanding Director of the Year Award, do Santa Barbara International Film Festival; o SFC Award, do Sunset Film Circle Awards, de ator coadjuvante para Dornan e atriz coadjuvante para Balfe; o People’s Choice Award, do Toronto International Film Festival, de filme; e o WAFCA Award, da Washington DC Area Film Critics Association Awards, de filme e roteiro original.

 

“Ataque dos Cães”:

“Ataque dos Cães” é dirigido por Jane Campion (Foto: Divulgação).

Direção: Jane Campion.

Elenco: Benedict Cumberbatch (Phil Burbank), Jesse Plemons (George Burbank), Kirsten Dunst (Rose Gordon), Kodi Smit-McPhee (Peter Gordon), Kenneth Radley (Barkeep), entre outros.

Sinopse: Ambientado em 1925, no estado americano de Montana, onde vivem os irmãos fazendeiros Phil e George. De personalidades opostas, a relação dos dois se torna ainda mais conflituosa após o casamento de George com Rose, a quem Phil não aprova nem simpatiza.

Recebeu 12 indicações ao Oscar: melhor filme; direção e roteiro adaptado para Campion; ator para Cumberbatch; ator coadjuvante para Plemons e Smit-McPhee; atriz coadjuvante para Dunst; fotografia para Ari Wegner; edição para Peter Sciberras; trilha sonora original para Jonny Greenwood; design de produção para Grant Major e Amber Richards; e som para Richard Flynn, Robert Mackenzie e Tara Webb.

Entre os 257 prêmios já recebidos, estão: o Globo de Ouro de melhor filme de drama, direção para Campion e ator coadjuvante para Smit-McPhee; o BAFTA Film Award de filme e direção; o Critics Choice Award de filme, direção, roteiro adaptado para Jane Campion e fotografia para Ari Wegner; o DFWFCA Award, da Dallas-Fort Worth Film Critics Association Awards, de direção; o Golden Tomato Award, do Golden Tomato Awards (Rotten Tomatoes), de filme de streaming; o ICS Award, da International Cinephile Society Awards, de direção; o KCFCC Award, do Kansas City Film Critics Circle Awards, de filme, direção e ator para Cumberbatch; o Sierra Award de roteiro adaptado; o NYFCC Award, do New York Film Critics Circle Awards, de direção, ator para Cumberbatch e ator coadjuvante para Smit-McPhee; e o Leão de Prata, no Festival de Veneza, de direção.

 

“No Ritmo do Coração”:

“No Ritmo do Coração” é dirigido por Sian Heder (Foto: Divulgação).

Direção: Sian Heder.

Elenco: Emilia Jones (Ruby Rossi), Marlee Matlin (Jackie Rossi), Troy Kotsur (Frank Rossi), Daniel Durant (Leo Rossi), Eugenio Derbez (Bernardo Villalobos), Amy Forsyth (Gertie), Ferdia Walsh-Peelo (Miles), entre outros

Sinopse: O filme conta a história da adolescente Ruby, que divide seu tempo entre o último ano do Ensino Médio e a família, que precisa de sua ajuda como intérprete, pois tanto os pais quanto o irmão mais velho são deficientes auditivos. Trabalhando no barco de pesca ao lado do pai e do irmão, Ruby entra para o coral do colégio movida pela atração que sente por Miles. E, uma vez inscrita, chama a atenção de seu professor, Bernardo, conhecido como Mister V., que a incentiva a lutar pela bolsa de estudos na conceituada Berklee College.

Recebeu três indicações ao Oscar: melhor filme; ator coadjuvante para Kotsur; e roteiro adaptado para Sian Heder.

Entre os 56 prêmios já recebidos, estão: os já citados PGA Awards e SAG Awards, que também consagrou Kotsur como ator coadjuvante; o BAFTA Film Award de ator coadjuvante para Kotsur e roteiro adaptado para Heder; o Critics Choice Award de ator coadjuvante para Kotsur; o Independent Spirit Award, do Film Independent Spirit Awards, de ator coadjuvante para Kotsur; o Truly Moving Picture Award; o Spotlight Award e o HCA Award, da Hollywood Critics Association, de filme, roteiro adaptado e ator coadjuvante para Kotsur; o Sierra Award de filme de família, elenco, ator coadjuvante para Kotsur e jovem atriz para Emilia Jones; o Casting Society of America Award, do Media Access Awards; e o U.S. Dramatic Special Jury Award, Audience Award, Directing Award e Grand Jury Prize, concedidos pelo Festival de Sundance.

 

“King Richard: Criando Campeãs”:

“King Richard: Criando Campeãs” é dirigido por Reinaldo Marcus Green (Foto: Divulgação).

Direção: Reinaldo Marcus Green.

Elenco: Will Smith (Richard Williams), Aunjanue Ellis (Oracene ‘Brandy’ Williams), Saniyya Sidney (Venus Williams), Demi Singleton (Serena Williams), Jon Bernthal (Rick Macci), Tony Goldwyn (Paul Cohen), entre outros.

Sinopse: Baseado numa história real, o longa conta a história de Richard Williams, homem que se dedicou a tornar duas de suas filhas em atletas de reconhecimento mundial, enfrentando todas as adversidades, principalmente o preconceito racial.

Recebeu seis indicações ao Oscar: melhor filme; ator para Smith; atriz coadjuvante para Ellis; edição para Pamela Martin; roteiro original para Zach Baylin; e canção original para “Be Alive”, de Beyoncé e Dixson.

Entre os 44 prêmios já recebidos, estão: o Globo de Ouro de melhor ator em filme de drama para Smith; o Actor, do SAG Awards, de ator para Smith; o Critics Choice Award de ator para Smith; o BAFTA Film Award de ator para Smith; o Movies for Grownups Award, do AARP Movies for Grownups Awards, de ator para Smith e atriz coadjuvante para Ellis; o BFCC Award, do Black Film Critics Circle Awards, de filme, ator para Smith, atriz coadjuvante para Ellis e roteiro original para Zach Baylin; o People’s Choice Award, do Denver International Film Festival, de filme; o NFCS Award, da Nevada Film Critics Society, de atriz coadjuvante para Ellis; o Ensemble Cast Award, do Palm Springs International Film Festival; e o WAFCA Award de atriz coadjuvante para Ellis.

 

“Não Olhe Para Cima”:

“Não Olhe Para Cima” é dirigido por Adam McCay (Foto: Divulgação).

Direção: Adam McCay.

Elenco: Leonardo DiCaprio (Dr. Randall Mindy), Jennifer Lawrence (Kate Dibiasky), Meryl Streep (President Orlean), Jonah Hill (Jason Orlean), Cate Blanchett (Brie Evantee), Rob Morgan (Dr. Teddy Oglethorpe), Mark Rylance (Peter Isherwell), Tyler Perry (Jack Bremmer), Timothée Chalamet (Yule), entre outros.

Sinopse: O filme conta a história de dois astrônomos, Dr. Randall Mindy e Kate Dibiasky, que alertam a Casa Branca sobre a aproximação de um cometa em rota de colisão com a Terra, colocando-a na contagem regressiva para um evento de extinção. Mas o ceticismo, o negacionismo e a ambição se tornam tão perigosos quanto o cometa.

Recebeu quatro indicações ao Oscar: melhor filme; roteiro original para Adam McKay e David Sirota; edição para Hank Corwin; e trilha sonora para Nicholas Britell.

Entre os 14 prêmios já recebidos, estão: o AAFCA Award, da African-American Film Critics Association (AAFCA), de roteiro para McKay; o Sierra Award de filme de comédia; o SDFCS Award, da San Diego Film Critics Society Awards, de elenco; o VFCC Award, do Vancouver Film Critics Circle, de roteiro; e o WGA Award, do Writers Guild of America, de roteiro original.

 

“O Beco do Pesadelo”:

“O Beco do Pesadelo” é dirigido por Guillermo del Toro (Foto: Divulgação).

Direção: Guillermo del Toro.

Elenco: Bradley Cooper (Stanton Carlisle), Cate Blanchett (Dr. Lilith Ritter), Toni Collette (Zeena the Seer), Willem Dafoe (Clem Hoatley), Richard Jenkins (Ezra Grindle), entre outros.

Sinopse: Baseado no livro “O Beco das Ilusões Perdidas”, de William Lindsay Gresham, o longa é ambientado nos anos de 1940 e conta a história de Stanton Carlisle, homem carismático e sem sorte que planeja aplicar um golpe contra o magnata Ezra Grindle. Para tanto, Stanton conta com a ajuda de Molly (Rooney Mara) e da Dra. Lilith Ritter (Cate Blanchett).

Recebeu quatro indicações ao Oscar: melhor filme; fotografia para Dan Laustsen; figurino para Dan Laustsen; e design de produção para Tamara Deverell e Shane Vieau.

Entre os 20 prêmios já recebidos, estão: o Movies for Grownups Award de elenco; o Excellence in Production Design Award, do Art Directors Guild, de filme de época; o HFCS Award, da Hawaii Film Critics Society, de direção para del Toro; o HCA Award, da Hollywood Critics Association, de design de produção; o MNFCA Award, da Minnesota Film Critics Alliance Awards, de design de produção; o PFCC Award, do Philadelphia Film Critics Circle Awards, de fotografia para Dan Laustsen; o SDFCS Award, da San Diego Film Critics Society Awards, de design de produção; e o Variety Artisans Award, do Santa Barbara International Film Festival, de design de produção.

 

“Licorice Pizza”:

“Licorice Pizza” é dirigido por Paul Thomas Anderson (Foto: Divulgação).

Direção: Paul Thomas Anderson.

Elenco: Alana Haim (Alana), Cooper Hoffman (Gary), Bradley Cooper (Jon Peters), Sean Penn (Jack Holden), Tom Waits (Rex Blau), Will Angarola (Kirk), Griff Giacchino (Mark), James Kelley (Tim), entre outros.

Sinopse: O longa conta a história de Gary, adolescente que se apaixona por uma jovem na casa dos 20 anos. O relacionamento da dupla é construído em meio a tensão política que assombrava os Estados Unidos no início dos anos de 1970.

Recebeu três indicações ao Oscar: melhor filme; direção e roteiro original para Anderson.

Entre os 57 prêmios já recebidos, estão: o BAFTA Film Award de roteiro original para Anderson; o Critics Choice Award de filme de comédia; o CACF Award, da Critics Association of Central Florida Awards, de ator coadjuvante para Bradley Cooper; o Pauline Kael Breakout Award para Hoffman e o FFCC Award de atriz para Haim, do Florida Film Critics Circle Awards; o Gold Derby Film Award, do Gold Derby Awards, de roteiro original; o KCFCC Award de roteiro original; o NYFCC Award de roteiro; o OFCC Award, do Oklahoma Film Critics Circle Awards, de filme, atriz para Haim e roteiro original; o SDFCS Award de performance de comédia para Bradley Cooper; e o SEFCA Award, da Southeastern Film Critics Association Awards, de roteiro original.

 

“Drive My Car”:

“Drive My Car” é dirigido por Ryûsuke Hamaguchi (Foto: Divulgação).

Direção: Ryûsuke Hamaguchi.

Elenco: Hidetoshi Nishijima (Yûsuke Kafuku), Tôko Miura (Misaki Watari), Reika Kirishima (Oto Kafuku), Park Yu-rim (Yoon-a), Jin Dae-yeon (Kon Yoon-su), entre outros.

Sinopse: O filme conta a história de Yûsuke Kafuku, ator e diretor de teatro que ainda não se recuperou da morte da esposa. Convidado para dirigir uma peça em Hiroshima, Kafuku conhece a jovem Misaki Watari, contratada pela equipe de produção para trabalhar como sua motorista particular, sem saber que Watari também precisa lidar com a dor da perda. Em meio a isso, Kafuku é confrontado pela presença de um ator que mantinha relação próxima com sua esposa.

Recebeu quatro indicações ao Oscar: melhor filme; direção para Hamaguchi; roteiro adaptado para Hamaguchi e Takamasa Oe; e filme internacional.

Entre os 71 prêmios já recebidos, estão: o Globo de Ouro de filme estrangeiro; o BAFTA Film Award de filme estrangeiro; o Critics Choice Award de filme estrangeiro; o Prêmio do Júri, o de melhor roteiro para Ryûsuke Hamaguchi e Takamasa Oe  e o FIPRESCI Prize no Festival de Cannes; o Krzysztof Kieslowski Award, do Denver International Film Festival, de filme; o Independent Spirit Award de filme estrangeiro; o HCA Award de filme estrangeiro; o LAFCA Award de filme e roteiro adaptado; o NSFC Award, da National Society of Film Critics Awards, de filme, direção, roteiro e ator para Nishijima; e o TFCA Award, da Toronto Film Critics Association Awards, de filme, roteiro (original ou adaptado) e filme estrangeiro.

 

 

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