Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

Especial Oscar 2021: categoria de melhor filme

A 93a edição da cerimônia de entrega do Oscar será realizada no dia 25 de abril de 2021 (Foto: Divulgação – Crédito: Richard Harbaugh / ©A.M.P.A.S.).

O Oscar 2021 é o mais diverso e inclusivo da História (Foto: Divulgação – Crédito: Krislam Chin / ©A.M.P.A.S.).

A atual temporada de premiações criou um cenário favorável para “Nomadland” (Idem – 2020) no Oscar, pois é o título de maior destaque. Ao todo, o longa recebeu 227 prêmios até a presente data, sendo três deles os maiores termômetros da estatueta de melhor filme: o The Darryl F. Zanuck Award, do PGA Awards, concedido pelo Sindicato dos Produtores dos Estados Unidos (Producers Guild of America – PGA); o Globo de Ouro de melhor filme de drama, da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA); e o Actor de melhor elenco do SAG Awards, do Sindicato dos Atores dos Estados Unidos (Screen Actors Guild – SAG).

 

Os oito indicados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) à categoria principal do Oscar 2021 são: “Nomadland”, de Chloé Zhao; “Minari – Em Busca da Felicidade” (Minari – 2020), de Lee Isaac Chung; “O Som do Silêncio” (Sound of Metal – 2020), de Darius Marder; “Os 7 de Chicago” (The Trial of the Chicago 7 – 2020), de Aaron Sorkin; “Meu Pai” (The Father – 2020), de Florian Zeller; “Bela Vingança” (Promising Young Woman – 2020), de Emerald Fennell; “Mank” (Idem – 2020), de David Fincher; e “Judas e o Messias Negro” (Judas and the Black Messiah – 2021), de Shaka King.

 

O Globo de Ouro não exerce nenhuma influência sobre o resultado do Oscar, impulsionando apenas as campanhas dos indicados porque seus membros não integram a AMPAS. Ao contrário do que acontece com o PGA Awards e o SAG Awards, pois parte dos membros dos dois sindicatos pertence à Academia e tem direito a voto. Criada em 1995, a categoria de melhor elenco de filme do SAG é um termômetro, mas apenas 12 de seus 25 vencedores receberam o Oscar principal nos anos anteriores. Com isso, o maior indicativo desta categoria é o PGA Awards, pois nos últimos 31 anos, 21 longas-metragens agraciados com o The Darryl F. Zanuck Award também venceram o Oscar de melhor filme.

 

“Nomadland” é produzido e protagonizado por Frances McDormand (Foto: Divulgação).

 

Dos oito indicados ao Golden Boy desta edição, somente “Nomadland” e “Bela Vingança” não puderam ser analisados neste especial do Oscar por razões distintas. O primeiro, já em pré-estreia, em decorrência da pandemia de Covid-19, e o segundo porque ainda não estreou no Brasil. E dentre os concorrentes, três são baseados em fatos reais: “Os 7 de Chicago”, “Judas e o Messias Negro” e “Mank”.

 

Totalizando 107 prêmios até o momento e, por esta razão, ocupando o posto de maior adversário de “Nomadland”, “Bela Vingança” tem em seu encalço outro título “queridinho” da temporada: “Minari – Em Busca da Felicidade”, que já recebeu 105 prêmios. Em cartaz no Brasil, o filme leva às telas a questão da imigração sob a ótica de uma criança, David (Alan S. Kim), que observa a tudo e a todos ao seu redor. Conduzido com sensibilidade por Lee Isaac Chung, o longa não aprofunda a questão do preconceito racial para apostar numa trama universal sobre adaptação familiar e necessidade de criar raízes, para, então, encontrar a tão almejada felicidade. Para isso, usa como força motriz a busca por um futuro melhor, que, quando confrontada pelas adversidades da vida, gera angústia e insegurança, principalmente naqueles que não têm a quem recorrer, como os imigrantes que tentam recuperar a sensação de pertencimento, derrubando, inclusive, a barreira idiomática.

 

“O Som do Silêncio” está disponível na Amazon Prime Video (Foto: Divulgação).

 

Marcando a estreia de Darius Marder na direção de longas-metragens, “O Som do Silêncio” leva o espectador à reflexão não apenas por abordar a questão da perda da audição, como também dependência química e preconceito. Sem rotular o indivíduo em nenhum momento, este é um filme impactante e envolvente cuja maior aposta é o fator humano, utilizando o problema auditivo como fio condutor de uma trama sobre superação e mudanças de vida, perspectiva e objetivos. Disponível no catálogo da Amazon Prime Video, o longa é impecável tecnicamente, sobretudo ao contrapor elementos sonoros (distorções, ruídos, áudios claros, etc) com momentos de silêncio absoluto. Com 79 prêmios já recebidos, a produção conta com roteiro esmerado de Darius e Abraham Marder e Derek Cianfrance, que constroem uma trama rica em conteúdo que se agiganta aos poucos, tendo como aliada a atuação de Riz Ahmed (Ruben), indicado ao Oscar de melhor ator.

 

Produzido pela DreamWorks SKG e pela Paramount Pictures, “Os 7 de Chicago” estreou diretamente na Netflix (Foto: Divulgação).

 

Produzido pela DreamWorks SKG em parceria com a Paramount Pictures e distribuído pela Netflix devido à pandemia, “Os 7 de Chicago” assume certo didatismo para mostrar a crescente atmosfera de tensão em decorrência dos protestos pelos Direitos Civis no final dos anos 1960 e, também, contra a Guerra do Vietnã, possibilitando a eclosão da violência em diversas cidades americanas por meio da história real do grupo que dá nome ao filme. Costurando com eficiência imagens de arquivo e flashbacks de maneira a manter o ritmo narrativo, o filme mostra como o julgamento que se arrastou por meses tinha cunho político, algo corroborado pela postura do juiz Julius Hoffman (Frank Langella), que condensa todo o radicalismo de uma parcela da sociedade que se recusava a enxergar os fatos em prol da estagnação e do preconceito racial, evitando mudanças que, na opinião deles, poderiam colocar em risco o estilo de vida americano. Importante pelo que representa em termos de História, pois muitos fatos devem ser contados para evitar que barbáries se repitam, a produção ganhou 55 prêmios até o momento.

 

Primeiro filme com equipe de produção totalmente negra a disputar a estatueta principal, “Judas e o Messias Negro” é outro título importante em termos de História que, de certa maneira, dialoga com “Os 7 de Chicago” devido à sua temática. É um filme conduzido com firmeza por seu diretor e defendido com garra pelo elenco, que é seu grande alicerce, principalmente a dupla formada por Daniel Kaluuya (Fred Hampton) e LaKeith Stanfield (Bill O’Neal), ambos indicados ao Oscar de melhor ator coadjuvante por este longa que já recebeu 34 prêmios até agora.

 

Produção original Netflix, “Mank” é protagonizado por Gary Oldman (Foto: Divulgação / Crédito: Netflix).

 

Líder de indicações este ano, 10 ao todo, “Mank” aborda temas como estrelato, ascensão e queda por meio da trajetória do roteirista Herman J. Mankiewicz (Gary Oldman) para mostrar ao público que pouco mudou em Hollywood nas últimas décadas. Funcionando, de certa maneira, como aula de História do cinema, mostra com clareza e crueza o modus operandi da indústria cinematográfica e o seu impacto sobre quem nela trabalha e, portanto, depende para sobreviver, pagando pouco e exigindo, de cada um, preços altos. Isto inclui a criação de imagens de astros e estrelas, mesmo que a pressão derrube as máscaras em algum momento. Somando 50 prêmios até o momento, esta produção original Netflix resgata a estética do cinema clássico com uma fotografia impecável que homenageia “Cidadão Kane” (Citizen Kane – 1941), conferindo um pouco do charme da película graças a efeitos visuais e sonoros, o longa apresenta uma trama objetiva e rica em conteúdo que chama a atenção pela maneira com a qual desenvolve a questão política. Neste contexto, não apenas traça um paralelo com o cenário atual, como também tece uma crítica à inércia hollywoodiana, pré-Pearl Harbor, à expansão do regime nazifascista na Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945).

 

Com 24 prêmios até o momento, “Meu Pai” chama a atenção pela sensibilidade com a qual trata não apenas a demência, mas os efeitos colaterais sobre os familiares, algo sintetizado na conturbada relação entre Anthony (Anthony Hopkins) e sua filha, Anne (Olivia Colman), que não sabe mais o que fazer para ajudá-lo e protegê-lo. Com isso, o longa esmiúça questões familiares dolorosas enquanto leva o espectador a lidar com as dúvidas entre realidade e ilusão, colocando-o em situação similar à de Anthony. Esta opção de Zeller tem como objetivo causar na plateia o desconforto sentido pelo protagonista, cada vez mais fragilizado pela doença. Centralizando sua trama num apartamento com o intuito de apresentar ao espectador a necessidade de pertencimento e raízes para o protagonista, o filme é alicerçado no jogo cênico de Hopkins e Colman. Conduzido com beleza e respeito por Florian Zeller, estreante na direção de longas-metragens, este filme é capaz de emocionar o público nos pequenos detalhes, mostrando a importância do amor num cenário de vulnerabilidade extrema que implica num exercício de paciência para todos os envolvidos.

 

Considerando o Globo de Ouro, o PGA Award e o SAG Award, pode-se dizer que “Nomadland” é o título que tem mais chance de ser agraciado com a estatueta do Oscar de melhor filme este ano, tendo como principais oponentes “Bela Vingança” e “Minari – Em Busca da Felicidade”. Logo atrás, estão “O Som do Silêncio”, “Os 7 de Chicago” e “Mank”. “Judas e o Messias Negro” e “Meu Pai” têm chances menores nesta disputa.

 

A categoria de melhor filme, mais que as outras, é extremamente cobiçada por plataformas de streaming que têm investido bastante em produções originais. Nesta edição, a Netflix e a Amazon têm títulos na disputa, que teve regras de elegibilidade afrouxadas no ano passado em virtude da pandemia de Covid-19, responsável por interromper as atividades em centros de produção e de salas de exibição ao redor do globo, causando adiamentos em série, o que deixou diversas produções de peso ainda fora do circuito e levou outras para as plataformas após negociações de venda de direitos de exibição. Este é o caso de “Os 7 de Chicago”, que, caso vença a estatueta principal, protagonizará uma “jogada” curiosa da Academia, pois a Netflix, sua distribuidora, sairia com o peso e a fama do Oscar por um filme produzido por dois estúdios, a Paramount Pictures e a DreamWorks SKG, conforme dito anteriormente. Ou seja, premiá-lo seria dar a estatueta ao streaming na teoria, mas não na prática, prevalecendo a opção pelo modelo tradicional de cinema cuja manutenção tem preocupado muitos desde o início da pandemia que colocou a indústria cinematográfica numa crise econômica sem precedentes.

 

A 93ª cerimônia de entrega do Oscar será realizada no próximo domingo, dia 25, em locações distintas, dentro e fora dos Estados Unidos, tendo a Union Station e o Dolby Theatre, ambas em Los Angeles, como palcos principais, devido à pandemia de Covid-19, que impôs testes de PCR aos profissionais envolvidos e aos poucos convidados de cada locação (apresentadores, indicados e um acompanhante, cada, exceto em Paris, onde acompanhantes não serão permitidos, assim como alimentos e bebidas). No Brasil, a maior festa do cinema mundial será transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT e pela Rede Globo (após o “Big Brother Brasil”).

 

Conheça os indicados:

“Nomadland”:

“Nomadland” tem sessões de pré-estreia no Brasil (Foto: Divulgação).

Direção: Chloé Zhao.

Elenco: Frances McDormand (Fern), David Strathairn (Dave), Charlene Swankie (Swankie), Gay DeForest (Gay), Linda May (Linda), Patricia Grier (Patty), Angela Reyes (Angela), Carl R. Hughes (Carl), entre outros.

Sinopse: Ambientado em 2011, o filme conta a história de Fern, viúva que se vê obrigada a se mudar da cidade onde viveu por anos devido ao fechamento da fábrica em que trabalhava. Desempregada, Fern decide vender parte de seus pertences e cair na estrada a bordo de sua van a procura de trabalho. Vivendo como nômade, Fern acaba criando novos laços de amizade, principalmente com pessoas na mesma situação que ela.

Recebeu seis indicações ao Oscar: melhor filme; direção, edição e roteiro adaptado para Zhao, atriz para Frances McDormand; e fotografia para Joshua James Richards.

Entre os 227 prêmios já recebidos, estão: os Globos de Ouro de melhor filme de drama e direção para Zhao; o The Darryl F. Zanuck Award, do PGA Awards; o DGA Award para Zhao; o BAFTA Film Award, do BAFTA Awards, de filme, direção, fotografia e atriz para McDormand; o AFI Award, do AFI Awards, USA, de filme do ano; o BSFC Award, da Boston Society of Film Critics Awards, de filme, direção e fotografia; o British Independent Film Award, do British Independent Film Awards, de filme independente (internacional); o Critics Choice Award, da Broadcast Film Critics Association Awards, de filme, direção, roteiro adaptado e fotografia; o CIC Award, do Chicago Indie Critics Awards (CIC), de filme independente e fotografia; o Audience Choice Award, do Chicago International Film Festival; o DFWFCA Award, da Dallas-Fort Worth Film Critics Association Awards, de filme, direção e fotografia; o GWNYFCA Award, da Greater Western New York Film Critics Association Awards, de filme, direção, atriz para McDormand, roteiro adaptado, fotografia e edição; o HFCS Award, da Houston Film Critics Society Awards, de filme, direção e fotografia; o Sierra Award, da Las Vegas Film Critics Society Awards, de filme, direção, atriz para McDormand e fotografia; e o NSFC Award, da National Society of Film Critics Awards, USA, de filme, direção, atriz para McDormand e fotografia.

 

“Minari – Em Busca da Felicidade”:

“Minari – Em Busca da Felicidade” está em cartaz nos cinemas (Foto: Divulgação).

Direção: Lee Isaac Chung.

Elenco: Alan S. Kim (David), Steven Yeun (Jacob), Noel Cho (Anne), Yeri Han (Monica), Youn Yuh-jung (Soonja), Will Patton (Paul), Darryl Cox (Sr. Harlan), entre outros.

Sinopse: Ambientado nos anos de 1980, “Minari – Em Busca da Felicidade” conta a história de Jacob e Monica, casal de coreanos que imigrou para os Estados Unidos, onde construiu sua família. Na Terra do Tio Sam, os dois tiveram Anne e David, que sofre de um problema cardíaco. Enfrentando dificuldades na Califórnia, a família se muda para uma cidade rural do Arkansas, encarando de frente as dificuldades impostas pela realização do sonho de Jacob em ter sua própria fazenda e cultivar vegetais e verduras coreanas. Em situação precária, o quarteto se prepara para a chegada de Soonja, mãe de Monica, uma senhora prática e objetiva, politicamente incorreta, que transforma a vida de todos.

Recebeu seis indicações ao Oscar: melhor filme; direção e roteiro original para Chung; ator para Steven Yeun; atriz coadjuvante para Youn Yuh-jung; e trilha sonora para Emile Mosseri.

Entre os 105 prêmios já recebidos, estão: o Globo de Ouro de filme estrangeiro; o BAFTA Film Award de atriz coadjuvante para Yuh-jung; o Actor, do SAG Awards, de atriz coadjuvante para Yuh-jung; o AFCA Award, da Austin Film Critics Association, de filme, filme em língua estrangeira, elenco, direção, roteiro original e atriz coadjuvante para Yuh-jung; o BSFC Award de trilha sonora e atriz coadjuvante para Yuh-jung; o Critics Choice Award de filme em língua estrangeira e ator / atriz jovem para Alan S. Kim; o COFCA Award, da Columbus Film Critics Association, de filme em língua estrangeira e atriz coadjuvante para Yuh-jung; o Jury Award, da DiscussingFilm Critics Awards, de filme e atriz coadjuvante para Yuh-jung; o LAFCA Award, da Los Angeles Film Critics Association Awards, de atriz coadjuvante para Yuh-jung; e o Grand Jury Prize e Audience Award no Festival de Sundance.

 

“O Som do Silêncio”:

“O Som do Silêncio” está disponível na Amazon Prime Video (Foto: Divulgação).

Direção: Darius Marder.

Elenco: Riz Ahmed (Ruben), Olivia Cooke (Lou), Paul Raci (Joe), Lauren Ridloff (Diane), Mathieu Amalric (Richard Berger), Domenico Toledo (Michael), Chelsea Lee (Jenn), entre outros.

Sinopse: O filme conta a história de Ruben, baterista de uma banda de metal que sonha em lançar um álbum quando é surpreendido por problemas auditivos. Com a confirmação da perda de audição progressiva, Ruben precisa lidar com uma nova realidade, silenciosa, que o leva a temer também a recaída nas drogas e o término do relacionamento com Lou, vocalista e guitarrista da banda.

Recebeu seis indicações ao Oscar: melhor filme; ator para Riz Ahmed; ator coadjuvante para Paul Raci; edição para Mikkel E.G. Nielsen; roteiro original para Darius Marder, Abraham Marder e Derek Cianfrance; e som para Nicolas Becker, Jaime Baksht, Michelle Couttolenc, Carlos Cortés Navarrete e Phillip Bladh.

Entre os 79 prêmios já recebidos, estão: o BAFTA Award de edição e som; o AFI Award, do AFI Awards, USA, de filme do ano; o AFCC Award, do Atlanta Film Critics Circle, de ator para Ahmed e ator coadjuvante para Raci; o BSFC Award de ator coadjuvante para Raci; o Critics Choice Award de edição, empatado com “Os 7 de Chicago”; o COFCA Award de ator para Ahmed e ator coadjuvante para Raci; o DGA Award de diretor estreante para Marder; o Jury Award, do DiscussingFilm Critics Awards, de som; o Sierra Awards de ator para Ahmed e edição; e o Satellite Award, do Satellite Awards, de ator em filme de drama para Ahmed e som (edição e mixagem).

 

“Os 7 de Chicago”:

“Os 7 de Chicago” está disponível na Netflix (Foto: Divulgação).

Direção: Aaron Sorkin.

Elenco: Sacha Baron Cohen (Abbie Hoffman), Jeremy Strong (Jerry Rubin), Eddie Redmayne (Tom Hayden), Alex Sharp (Rennie Davis), Danny Flaherty (John Froines), Noah Robbins (Lee Weiner), John Carroll Lynch (David Dellinger), Yahya Abdul-Mateen II (Bobby Seale), Michael Keaton (Ramsey Clark), Frank Langella (Julius Hoffman), entre outros.

Sinopse: No final dos anos 1960, a tensão se potencializava nos Estados Unidos em decorrência dos protestos pelos Direitos Civis e, também, à Guerra do Vietnã, possibilitando a eclosão da violência em diversas cidades. A cada dia de conflito na selva vietnamita, vitimando jovens de ambos os países, maior era a cisão da sociedade americana, ainda sob o medo da Guerra Fria e do comunismo, que instaurou uma verdadeira caça às bruxas que começava a perder força devido à revogação do Código Hays, mecanismo de controle do governo em produções culturais, em 1968. Em agosto deste mesmo ano, o Partido Democrata realizou em Chicago (Illinois) sua Convenção Nacional para indicar um nome para a corrida à Casa Branca, então ocupada por Lyndon Johnson. Neste cenário, diversos grupos contra a guerra marcaram manifestações na cidade, mas a situação abraçou o caos, deixando centenas de feridos após o confronto com a polícia local. Líderes de alguns dos grupos foram presos e acusados de conspiração por cruzarem linhas estaduais e incitação à violência.

Recebeu seis indicações ao Oscar: melhor filme; ator coadjuvante para Sacha Baron Cohen; roteiro original para Aaron Sorkin; edição para Alan Baumgarten; fotografia para Phedon Papamichael; e canção original (“Hear My Voice”) para Celeste e Daniel Pemberton.

Entre os 55 prêmios já recebidos, estão: o Globo de Ouro de roteiro; o Actor, do SAG Awards, de elenco; o Critics Choice Award de elenco e edição, este último empatado com “O Som do Silêncio”; o Capri Movie of the Year Award, o Capri Supporting Actor Award para Baron Cohen e o Capri Editor Award para Baumgartem, concedidos pelo Capri, Hollywood; o CIC Award de roteiro original e edição; o DFCS Award, da Denver Film Critics Society, de filme, ator coadjuvante para Baron Cohen e roteiro original; o NTFCA Award, da North Texas Film Critics Association, US, de elenco (Gary Murray Award) e ator coadjuvante para Baron Cohen; o Special Achievement Award (elenco) e o Satellite Award de edição, do Satellite Awards; e o SFC Award, do Sunset Film Circle Awards, de Scene Stealer para Michael Keaton.

 

“Meu Pai”:

“Meu Pai” está em cartaz nos cinemas e em VOD (Foto: Divulgação).

Direção: Florian Zeller.

Elenco: Anthony Hopkins (Anthony), Olivia Colman (Anne), Imogen Poots (Laura), Rufus Sewell (Paul), Ayesha Dharker (Dr. Sarai), entre outros.

Sinopse: Baseado na peça “Le Père” (2021), de Zeller, o filme conta a história de Anthony (Anthony Hopkins), homem na casa dos 80 anos de idade que não tem mais condições de morar sozinho devido ao diagnóstico de demência. A dificuldade em aceitar sua nova realidade aumenta as tensões entre Anthony e sua filha, Anne (Olivia Colman), que luta contra o fantasma da própria irmã, a filha predileta.

Recebeu seis indicações ao Oscar: melhor filme; ator para Anthony Hopkins; atriz para Olivia Colman; roteiro adaptado para Christopher Hampton e Florian Zeller; edição para Yorgos Lamprinos; e design de produção para Peter Francis e Cathy Featherstone.

Entre os 24 prêmios já recebidos, estão: o BAFTA Film Award de ator para Hopkins e roteiro adaptado; o AACTA International Award, do AACTA International Award, de atriz coadjuvante para Colman; o British Independent Film Award de ator para Hopkins, roteiro e edição; o Capri Actor Award para Hopkins; o FFCC Award, do Florida Film Critics Circle Awards, de ator para Hopkins; o Goya, do Goya Awards, de filme europeu; o LAFCA Award de edição; e o Audience Award, do San Sebastián International Film Festival.

 

“Bela Vingança”:

“Bela Vingança” ainda não estreou no Brasil (Foto: Divulgação).

Direção: Emerald Fennell.

Elenco: Carey Mulligan (Cassandra), Adam Brody (Jerry), Sam Richardson (Paul), Bo Burnham (Ryan), Laverne Cox (Gail), Chris Lowell (Al), Jennifer Coolidge (Susan), Alli Hart (Ruby), Molly Shannon (Sra. Fisher), entre outros.

Sinopse: O filme conta a história de Cassie, Cassandra, mulher que não consegue esquecer uma tragédia do passado, sendo movida pelo desejo de justiça / vingança contra todos aqueles que possam assumir um comportamento que coloque em risco mulheres sem condições mínimas de defesa. Em meio a isso, Cassie reencontra um antigo colega de faculdade e inicia um relacionamento.

Recebeu cinco indicações ao Oscar: melhor filme; direção e roteiro original para Emerald Fennell; atriz para Carey Mulligan; e edição para Frédéric Thoraval.

Entre os 107 prêmios já recebidos, estão: o BAFTA Film Award de filme britânico e roteiro original; o AACTA International Award de filme e atriz para Mulligan; o Critics Choice Award de roteiro original e atriz para Mulligan; o Milos Stehlik Award, da Chicago Film Critics Association Awards, de cineasta promissora para Fennell; o Filmmaker on the Rise Award, da Hollywood Critics Association, para Fennell; o HFCS Award de roteiro e atriz para Mulligan; o KCFCC Award, do Kansas City Film Critics Circle Awards, de filme, atriz para Mulligan e roteiro original; o LAFCA Award de roteiro e atriz para Mulligan; o NFCS Award de filme, direção, atriz para Mulligan e roteiro; e o International Star Award, do Palm Springs International Film Festival.

 

“Mank”:

“Mank” está disponível na Netflix (Foto: Divulgação).

Direção: David Fincher.

Elenco: Gary Oldman (Herman ‘Mank’ Mankiewicz), Amanda Seyfried (Marion Davies), Lily Collins (Rita Alexander), Arliss Howard (Louis B. Mayer), Charles Dance (William Randolph Hearst), Ferdinand Kingsley (Irving G. Thalberg), Toby Leonard Moore (David O. Selznick), Tom Burke (Orson Welles), Tuppence Middleton (Sara Mankiewicz), entre outros.

Sinopse: Utilizando os bastidores da construção do roteiro de “Cidadão Kane” (Citizen Kane – 1941) como fio condutor, o filme conta a história de Herman J. Mankiewicz, responsável pelo roteiro do já citado clássico de Welles, então “menino” prodígio que desejava crédito individual como roteirista de seu filme – segundo Mankiewicz, Welles não participou do roteiro. Paralelamente a isso, o filme faz um duro retrato da influência política sobre a indústria ao apresentar a relação de Mank, como era chamado, com Louis B. Mayer, todo-poderoso da MGM, Irving G. Thalberg, produtor respeitado que era peça fundamental no jogo político hollywoodiano, e William Randolph Hearst, magnata de mídia que inspirou a criação do protagonista de “Cidadão Kane”, interpretado por Welles.

Recebeu 10 indicações ao Oscar: melhor filme; direção para David Fincher; ator para Gary Oldman; atriz coadjuvante para Amanda Seyfried; fotografia para Erik Messerschmidt; figurino para Trish Summerville; cabelo e maquiagem para Gigi Williams, Kimberley Spiteri e Colleen LaBaff; trilha sonora para Trent Reznor e Atticus Ross; design de produção para Donald Graham Burt e Jan Pascale; e som para Ren Klyce, Jeremy Molod, David Parker, Nathan Nance e Drew Kunin.

Entre os 50 prêmios já recebidos, estão: o BAFTA Film Award de design de produção; o BSC Award, da British Society of Cinematographers, de fotografia em cinema; o Critics Choice Award de design de produção; o Capri Supporting Actress Award para Amanda Seyfried; o CFCA Award de direção de arte; o Sierra Award de atriz coadjuvante para Seyfried e direção de arte; o LAFCA Award de design de produção; o NFCS Award de design de produção; o NMFC Award, do New Mexico Film Critics, de filme, fotografia e design de produção; e o Satellite Award de atriz coadjuvante para Seyfried, fotografia e direção de arte / design de produção.

 

“Judas e o Messias Negro”:

“Judas e o Messias Negro” está em cartaz nos cinemas (Foto: Divulgação).

Direção: Shaka King.

Elenco: Daniel Kaluuya (Fred Hampton), LaKeith Stanfield (Bill O’Neal), Jesse Plemons (Roy Mitchell), Martin Sheen (J. Edgar Hoover), Dominique Fishback (Deborah Johnson), Dominique Thorne (Judy Harmon), Ashton Sanders (Jimmy Palmer), entre outros.

Sinopse: Ambientado nos anos 1960, o filme mostra como Bill O’Neal na filial de Illinois do Partido dos Panteras Negras, à época presidido por Fred Hampton. Mas a missão imposta pelo FBI, liderado por J. Edgar Hoover, causa um misto de sentimentos em O’Neal, principalmente devido ao carisma de Hampton, que em meio à turbulência política e social se apaixona por Deborah Johnson.

Recebeu seis indicações ao Oscar: melhor filme; ator coadjuvante para Daniel Kaluuya e LaKeith Stanfield; roteiro original para Will Berson, Shaka King, Kenneth Lucas e Keith Lucas; fotografia para Sean Bobbitt; e canção original (“Fight for You”) para H.E.R., D’Mile e Tiara Thomas.

Entre os 34 prêmios já recebidos, estão: o Globo de Ouro de ator coadjuvante para Kaluuya; o Actor, do SAG Awards, de ator coadjuvante para Kaluuya; o BAFTA Film Award de ator coadjuvante para Kaluuya; o AAFCA Award, da African-American Film Critics Association (AAFCA), de filme, direção de estreia para Shaka King, ator coadjuvante para Kaluuya e atriz coadjuvante para Dominique Fishback; o Critics Choice Award de ator coadjuvante para Kaluuya; o Impact Award, da Hollywood Critics Association; o Sierra Award de ator coadjuvante para Kaluuya, roteiro original e canção original; o NFCS Award de ator coadjuvante para Kaluuya; o TFCA Award, da Toronto Film Critics Association Awards, de ator coadjuvante para Kaluuya; e o VFCC Award, do Vancouver Film Critics Circle, de ator coadjuvante para Kaluuya.

 

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