Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

Especial Oscar 2020: categoria de melhor filme

A 92a edição da cerimônia de entrega do Oscar será realizada no dia 09 de fevereiro de 2020, no Dolby Theatre, em Los Angeles (Foto: Divulgação – Crédito: Richard Harbaugh / ©A.M.P.A.S.).

Pôster oficial da 92a edição do Oscar (Foto: Divulgação / Crédito: ©A.M.P.A.S.).

A disputa pela estatueta do Oscar de melhor filme está bastante acirrada este ano e tem três títulos na dianteira: “1917” (Idem – 2019), “Era Uma Vez em… Hollywood” (Once Upon a Time… in Hollywood – 2019) e “Parasita” (Gisaengchung – 2019, Coreia do Sul) .

 

Os nove indicados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) à categoria principal do Oscar 2020 são: “1917”, de Sam Mendes; “Coringa” (Joker – 2019), de Todd Phillips; “Ford vs Ferrari” (Ford v Ferrari – 2019), de James Mangold; “Era Uma Vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino; “O Irlandês” (The Irishman – 2019), de Martin Scorsese; “História de um Casamento” (Marriage Story – 2019), de Noah Baumbach; “Parasita”, de Bong Joon-ho; “Jojo Rabbit” (Idem – 2019), de Taika Waititi; e “Adoráveis Mulheres” (Little Women – 2019), de Greta Gerwig.

 

Os principais termômetros do prêmio principal da AMPAS nesta categoria são: o The Darryl F. Zanuck Award do PGA Awards, concedido pelo Sindicato dos Produtores dos Estados Unidos (Producers Guild of America – PGA); o Globo de Ouro de melhor filme de drama, da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA); e o Actor de melhor elenco do SAG Awards, do Sindicato dos Atores dos Estados Unidos (Screen Actors Guild – SAG).

 

O Globo de Ouro não exerce nenhuma influência sobre o resultado do Oscar, impulsionando apenas as campanhas dos indicados porque seus membros não integram a AMPAS. Ao contrário do que acontece com o PGA Awards e o SAG Awards, pois parte dos membros dos dois sindicatos pertence à Academia e tem direito a voto. Criada em 1995, a categoria de melhor elenco de filme do SAG é um termômetro, mas apenas 11 de seus 24 vencedores receberam o Oscar principal. Com isso, o maior indicativo desta categoria é o PGA Awards, pois nos últimos 30 anos, 21 longas-metragens agraciados com o The Darryl F. Zanuck Award também venceram o Oscar de melhor filme.

 

Dirigido por Sam Mendes, “1917” está em cartaz nos cinemas brasileiros (Foto: Divulgação).

 

Neste cenário, o drama de guerra “1917” desponta como favorito não pela quantidade de prêmios recebidos, 103 até o momento, mas por ter vencido o Globo de Ouro de melhor filme de drama e o PGA Awards. Dedicado por Sam Mendes ao seu avô, veterano da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1919), “1917” impressiona por seu rigor técnico, sobretudo pela utilização de planos sequência durante quase todo o filme. No entanto, a fotografia de Roger Deakins atinge seu ápice no que tange à beleza plástica na sequência em que o personagem de George MacKay chega à uma cidade em ruínas e se depara com uma fonte cujo contorno remete à cruz, iluminada pelas chamas que consomem o local, simbolizando sua chegada ao inferno. Impactante e claustrofóbico em diversos momentos, o longa ainda encontra espaço para abordar a barreira da língua e as consequências do conflito sobre civis.

 

Apesar de primoroso, “1917” tem como obstáculo nesta corrida pelo Golden Boy o fato de que ao longo de seus 92 anos a AMPAS sagrou como melhor filme poucos títulos que abordam a Primeira Guerra – “Asas” (Wings – 1927), de William A. Wellman, “Sem Novidade no Front” (All Quiet on the Western Front – 1930), de Lewis Milestone, e “Lawrence da Arábia” (Lawrence of Arabia – 1962), de David Lean –, apesar de citar o conflito em tantos outros, entre eles, “Cavalgada” (Cavalcade – 1933), de Frank Lloyd, e “Entre Dois Amores” (Out of Africa – 1985), de Sydney Pollack.

 

A falta de indicações de membros do elenco de “1917” nas categorias de atores principais e coadjuvantes é outro obstáculo citado por parte da crítica especializada, pois apenas 11 filmes conquistaram a estatueta principal sem que seus atores estivessem no páreo, o último deles foi “Quem Quer Ser um Milionário?” (Slumdog Millionaire – 2008), de Danny Boyle, em 2009. Vencedor de oito estatuetas, o longa de Boyle está inserido no mesmo contexto de “Coração Valente” (Braveheart – 1995), de Mel Gibson, “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei” (The Lord of the Rings: The Return of the King – 2003), de Peter Jackson, e o já citado “Asas”, o primeiro ganhador da História da AMPAS.

 

“Parasita” é forte candidato ao Oscar de melhor filme internacional (Foto: Divulgação).

 

Principal adversário de “1917”, “Parasita” também não tem nenhum de seus atores disputando estatuetas douradas, mas tem como vantagem a necessidade da Academia em buscar inclusão e diversidade após anos de críticas, que atingiram o seu ápice em 2016. Com 199 prêmios recebidos até agora, entre eles, o Actor de melhor elenco, o longa sul-coreano leva às telas temas sérios e urgentes com humor, mas de maneira a colocar todos os elementos numa panela de pressão, permitindo que o drama e o suspense ganhem espaço na narrativa até a explosão do ato final. Isto se dá graças ao roteiro engenhoso que contrapõe riqueza e miséria numa estética rebuscada, trabalhando a questão de superfície versus subsolo com propriedade.

 

Baseado na história real de Carroll Shelby, que monta uma nova equipe para equiparar a Ford à Ferrari nas pistas de corrida nos anos 1960, ao lado de Ken Miles, piloto e engenheiro, “Ford vs Ferrari” se junta à “1917” e “Parasita” no que tange à falta de indicação de seus atores, neste caso, Matt Damon (Shelby) e Christian Bale (Miles). Remetendo um pouco à estrutura de “Rush: No Limite da Emoção” (Rush – 2013), de Ron Howard, o longa explora o jogo de bastidores do universo das corridas, contrapondo lealdade e traição num cenário no qual a vitória é mais importante que o respeito ao profissional e seu legado. Dirigido por James Mangold, o filme era uma das promessas da temporada, mas recebeu apenas 21 prêmios até agora.

 

“Era Uma Vez em… Hollywood” é dirigido e roteirizado por Quentin Tarantino (Foto: Divulgação).

 

Também inspirado em fatos reais, “Era Uma Vez em… Hollywood” é mais do que um filme sobre o assassinato brutal da atriz Sharon Tate, grávida de oito meses de seu primeiro filho, fruto do relacionamento com Roman Polanski, arquitetado pela seita de Charles Manson. É sobre a indústria do entretenimento que tinha na figura do anti-herói de faroeste o homem que se redime por caminhos tortuosos para ganhar o status de “mocinho”, inserindo elementos de comédia e ação com pitadas de gore. Com 108 prêmios recebidos até o momento, esta é uma produção tecnicamente impecável, calcada num roteiro inteligente, que proporciona uma viagem aos tempos em que a comunidade hollywoodiana rompia com o conservadorismo, acompanhando as transformações impostas pelas turbulências enfrentadas pela sociedade americana, a maior parte delas causada pela Guerra do Vietnã e por tensões raciais.

 

Protagonizado por Joaquin Phoenix, “Coringa” venceu o Leão de Ouro em Veneza e é líder de indicações ao Oscar 2020 (Foto: Divulgação / Warner Bros.).

 

Com 57 prêmios recebidos até a presente data, “Coringa” precisa driblar não apenas o preconceito da Academia para com títulos oriundos dos quadrinhos, pois indicar é uma coisa e premiar é outra totalmente diferente, como também a antipatia daqueles que criticaram o longa por seu conteúdo violento, acusando-o de fazer apologia ao crime. Primando pela técnica, o longa de Todd Phillips eleva a insanidade à potência máxima por meio de uma trama que mostra Gotham City como um cenário caótico e anárquico. Primeiro filme proibido para menores a ultrapassar a barreira de US$ 1 bilhão em bilheterias mundiais, “Coringa” é, na verdade, um drama profundo que aborda temas importantes como doença mental, bullying e desigualdade social, mostrando uma onda de violência sem precedentes numa cidade que passa a tratar como ídolo um psicopata sem nada a perder.

 

Dirigido e roteirizado por Noah Baumbach, “História de um Casamento” é uma produção dura e objetiva que surte o efeito de um soco no estômago ao abordar a dor do divórcio com muita dignidade, esmiuçando suas consequências emocionais e financeiras, mostrando os dois lados da história para que o espectador possa tirar suas próprias conclusões. Com 118 prêmios recebidos até agora, o longa também tem o preconceito e a antipatia como obstáculos por ser uma produção original Netflix, plataforma de streaming que significa uma ameaça ao modelo tradicional de cinema, que tem na experiência das salas de exibição não apenas sua principal característica, mas fonte de renda, pois é da venda de ingressos que sai o lucro necessário para manter as engrenagens da indústria funcionando.

 

Produção original Netflix, “História de um Casamento” é uma das apostas da Netflix neste Oscar (Foto: Divulgação / Crédito: Netflix).

 

Esta é a mesma situação de “O Irlandês”, outro título da Netflix, que ainda tem como agravante as críticas feitas por seu diretor, Martin Scorsese, aos filmes de super-heróis, responsáveis por grande parte do faturamento da indústria na atualidade, principalmente os da Marvel, que pertence à Disney, proprietária também da ABC, emissora que detém os direitos de transmissão do Oscar nos Estados Unidos. Os comentários do cineasta sobre tais títulos, chamando-os de “parques temáticos”, não foram bem recebidos pela comunidade hollywoodiana.

 

Baseado no livro “I Heard You Paint Houses”, de Charles Brandt, “O Irlandês” mantém o padrão de qualidade técnico inerente às obras de seu realizador, que volta à zona de conforto do filão da máfia. Bebendo da fonte do Cinema Noir, este é um filme sobre moral, lealdade e traição. Recheado de cenas de violência gráfica, o longa já recebeu 61 prêmios.

 

Com 67 prêmios recebidos até agora, “Adoráveis Mulheres”, de Greta Gerwig, é um filme esteticamente belo que envolve a plateia com facilidade ao falar sobre o amor e a união de jovens à frente de seu tempo, mostrando sutilmente suas respectivas transformações ao longo dos anos. No entanto, perde força por não conseguir aprofundar nem as questões abordadas nem os dramas individuais dos personagens, mesmo que preservando a essência de cada um deles.

 

Em cartaz nos cinemas brasileiros, “Jojo Rabbit” é baseado no livro “Caging Skies”, de Christine Leunens (Foto: Divulgação).

 

Adaptação cinematográfica de “Caging Skies”, de Christine Leunens, “Jojo Rabbit” é ambientado durante a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) e fala sobre cegueira ideológica, tendo como fio condutor de sua trama um menino de 10 anos, membro da Juventude Hitlerista (Hitlerjugend), que sonha em fazer parte da guarda pessoal de Adolf Hitler (Taika Waititi), seu amigo imaginário. Partindo desta premissa, abusa do humor escrachado, mas perde ritmo e força ao tentar enveredar pelo drama, sobretudo de uma jovem judia que muda a visão de mundo do protagonista. Dirigido por Waititi, o longa já recebeu 29 prêmios.

 

Considerando os resultados do Globo de Ouro de melhor filme de drama e do The Darryl F. Zanuck Award do PGA Awards, pode-se dizer que “1917” é o filme mais forte na disputa pela estatueta principal, seguido de perto por “Parasita” e “Era Uma Vez em… Hollywood”. Logo atrás estão “Coringa” e “História de um Casamento”, seguidos por “O Irlandês” e “Adoráveis Mulheres”, que pode se beneficiar do movimento em prol das mulheres em Hollywood. Neste cenário, “Jojo Rabbit” e “Ford vs Ferrari” são os que têm menos chances na corrida pelo Golden Boy.

 

A votação da categoria de melhor filme é a mais complexa do Oscar porque todos os membros votam e o processo é realizado por meio de uma lista individual que elenca os títulos concorrentes em ordem de preferência. Se o filme mais votado tiver 50% dos votos mais um, é eleito vencedor da estatueta dourada. Como isso dificilmente acontece na primeira rodada de análises, a votação prossegue da seguinte maneira: dentre todos os títulos em primeiro lugar das listas de cada membro, o menos votado é automaticamente desclassificado e seus votos são redistribuídos para o segundo título mais votado das listas que ele outrora liderou. Isto se repete até que um longa-metragem seja eleito com pelo menos 50% dos votos mais um.

 

A 92ª cerimônia de entrega do Oscar será realizada no próximo domingo, dia 09, no Dolby Theatre, em Los Angeles. No Brasil, a maior festa do cinema mundial será transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT e pela Rede Globo (após o jogo do Brasil).

 

Conheça os indicados:

“1917”:

Foto: Divulgação.

Direção: Sam Mendes.

Sinopse: Ambientado na França, o filme começa em 04 de abril de 1917, mostrando a convocação do Cabo Tom Blake (Dean-Charles Chapman) pelo General Erinmore (Colin Firth), que precisa enviar uma mensagem a outro batalhão prestes a cair numa emboscada alemã. Entre os 1600 homens que Blake tem de salvar está seu irmão, o Tenente Joseph Blake (Richard Madden). E para acompanhá-lo na importante missão de entregar a mensagem ao Coronel Mackenzie (Benedict Cumberbatch), Tom escolhe seu amigo, o Cabo Schofield (George MacKay).

Recebeu 10 indicações ao Oscar: melhor filme; direção para Sam Mendes; roteiro original para Sam Mendes e Krysty Wilson-Cairns; fotografia para Roger Deakins; cabelo e maquiagem para Naomi Donne, Tristan Versluis e Rebecca Cole; design de produção para Dennis Gassner e Lee Sandales; trilha sonora para Thomas Newman; efeitos visuais para Guillaume Rocheron, Greg Butler e Dominic Tuohy; mixagem de som para Mark Taylor e Stuart Wilson; e edição de som para Oliver Tarney e Rachael Tate.

Entre os 103 prêmios já recebidos, estão: os já citados Globo de Ouro de melhor filme de drama e PGA Awards; o DGA Award para Mendes; o BAFTA Award de melhor filme, filme britânico, direção, fotografia, design de produção, som e efeitos visuais; o Critics Choice Award, da Broadcast Film Critics Association Awards, de direção, empatado com Bong Joon-ho por “Parasita”, fotografia e edição para Lee Smith; o CFCA Award, da Chicago Film Critics Association Awards, de fotografia; o DFWFCA Award, da Dallas-Fort Worth Film Critics Association Awards, de filme, direção, fotografia e trilha sonora; o DFCS Award, da Denver Film Critics Society, de filme e direção; o GAFCA Award, da Georgia Film Critics Association (GAFCA), de trilha sonora, fotografia e design de produção; o HCA Award, da Hollywood Critics Association, de filme, filme de ação / guerra, edição e fotografia; o HFCS Award, da Houston Film Critics Society Awards, de fotografia, trilha sonora e efeitos visuais; o KCFCC Award, da Kansas City Film Critics Circle Awards, de filme, direção e fotografia; o NBR Award, da National Board of Review, USA, de Top Ten Films e Special Achievement in Filmmaking Award para Deakins; o PFCS Award, da Phoenix Film Critics Society Awards, de Top Tem Films, direção, fotografia, trilha sonora, edição e design de produção; e o UFCA Award, da Utah Film Critics Association Awards, de direção e fotografia.

 

“Coringa”:

Foto: Divulgação.

Direção: Todd Phillips.

Sinopse: Na trama, Arthur Fleck / Coringa (Joaquin Phoenix) aterroriza Gotham City, ainda mais caótica e anárquica em meio a uma greve de garis e tantos outros problemas sociais, como o corte de verbas na saúde, após interromper o seu tratamento psiquiátrico. Trabalhando como palhaço e cuidando da mãe, antiga funcionária de Thomas Wayne (Brett Cullen), pai de Bruce Wayne (Dante Pereira-Olson), Arthur sonha em se tornar um comediante famoso, mas as constantes derrotas impostas pela vida e pelo sistema que ignora pacientes psiquiátricos de baixa renda permitem que o lado mais obscuro de sua personalidade venha à tona, transformando-o gradualmente no Palhaço do Crime.

Recebeu 11 indicações ao Oscar: melhor filme; direção para Todd Phillips; ator para Joaquin Phoenix; roteiro adaptado para Todd Phillips e Scott Silver; fotografia para Lawrence Sher; figurino para Mark Bridges; maquiagem e cabelo para Nicki Ledermann e Kay Georgiou; trilha sonora para Hildur Guðnadóttir; edição para Jeff Groth; mixagem de som para Tom Ozanich, Dean A. Zupancic e Tod A. Maitland; e edição de som para Alan Robert Murray.

Entre os 57 prêmios já recebidos, estão: o Globo de Ouro de melhor ator em filme de drama para Phoenix e trilha sonora; o Actor, do SAG Awards, de ator para Phoenix; o BAFTA Award de ator para Phoenix, trilha sonora e escalação de elenco; o Critics Choice Award de ator para Phoenix e trilha sonora; o Capri Actor Award, do Capri, Hollywood, para Phoenix; o DFCS Award de ator para Phoenix e trilha sonora; o HCA Award de ator para Phoenix e trilha sonora; o IFC Award, Iowa Film Critics Awards, de ator para Phoenix; o Sierra Award, da Las Vegas Film Critics Society Awards, de trilha sonora; o NTFCA Award, da North Texas Film Critics Association, US, de ator para Phoenix; o Chairman’s Award para Phoenix e Creative Impact in Directing Award para Phillips, do Palm Springs International Film Festival; o PFCS Award, da Phoenix Film Critics Society Awards, de filme, ator para Phoenix e Top Ten Films; o SDFCS Award, da San Diego Film Critics Society Awards, de ator para Phoenix, empatado com Adam Driver por “História de um Casamento”; o Satellite Award, da Satellite Award, de roteiro adaptado e trilha sonora; e o Leão de Ouro, Fanheart3 Award (Graffetta d’Oro) e Soundtrack Stars Award, do Festival de Veneza.

 

“Ford vs Ferrari”:

Foto: Divulgação.

Direção: James Mangold.

Sinopse: Baseado numa história real, o longa mostra a luta do ex-piloto Carroll Shelby (Matt Damon) para montar uma equipe capaz de construir um carro para colocar a Ford entre as grandes companhias do mundo das corridas. Mas todo bom carro requer não apenas um engenheiro competente, como também um piloto à sua altura. E o encrenqueiro Ken Miles (Christian Bale) reúne ambas as características, o que coloca Shelby numa briga interna contra os executivos da Ford, sobretudo para que Miles pilote o carro nas 24 Horas de Le Mans, competindo diretamente contra a Ferrari, em 1966.

Recebeu quatro indicações ao Oscar: melhor filme; edição para Andrew Buckland e Michael McCusker; mixagem de som para Paul Massey, David Giammarco e Steven Morrow; e edição de som para Donald Sylvester.

Entre os 21 prêmios já recebidos, estão: o BAFTA Award de edição; o HFCS Award, da Hawaii Film Critics Society, de som; o Hollywood Film Award, do Hollywood Film Awards, de direção, edição e som; o HMMA Award, da Hollywood Music In Media Awards (HMMA), de trilha sonora para Marco Beltrami e Buck Sanders, empatado com “Coringa”; o Sierra Award de filme de ação e edição; o NBR Award de Top Ten Films; o SDFCS Award de edição; o Satellite Award de filme de drama, direção, ator em filme de drama para Bale, edição e som; e o WAFCA Award, da Washington DC Area Film Critics Association Awards, de edição.

 

“Era Uma Vez em… Hollywood”:

Foto: Divulgação.

Direção: Quentin Tarantino.

Sinopse: O filme começa em 08 de fevereiro de 1969 e foca em dois personagens ficcionais para contar a barbárie que vitimou a atriz Sharon Tate (Margot Robbie), assassinada no oitavo mês de gravidez por membros da seita de Charles Manson (Damon Herriman). Assim, o público é apresentado ao astro em decadência Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) e seu dublê e fiel escudeiro, Cliff Booth (Brad Pitt). Vizinho de Tate e Polanski em Cielo Drive, Dalton é um beberrão que sonha em voltar ao panteão hollywoodiano, mas, para isso, precisa se sujeitar às imposições do sistema e à megalomania de cineastas, bem como impressionar Marvin Schwarzs (Al Pacino), executivo que decide tirá-lo do limbo. Em meio a isso, Cliff conhece Pussycat (Margaret Qualley), jovem seguidora de Manson que o leva até o Rancho Spahn, onde ele se arrisca para reencontrar um velho conhecido, George Spahn (Bruce Dern), proprietário do local que está sob os cuidados de outra fiel de Manson, Squeaky Fromme (Dakota Fanning).

Recebeu 10 indicações ao Oscar: melhor filme; direção para Quentin Tarantino; ator para Leonardo DiCaprio; ator coadjuvante para Brad Pitt; roteiro original para Tarantino; fotografia para Robert Richardson; figurino para Arianne Phillips; design de produção para Barbara Ling e Nancy Haigh; mixagem de som para Michael Minkler, Christian P. Minkler e Mark Ulano; e edição de som para Wylie Stateman.

Entre os 108 prêmios já recebidos, estão: o Globo de Ouro de melhor filme de comédia / musical, ator coadjuvante para Brad Pitt e roteiro; o Actor, no SAG Awards, de ator coadjuvante para Pitt; o BAFTA Award de ator coadjuvante para Pitt; o AFI Award, da AFI Award, USA, de filme do ano; o AFCA Award, da Austin Film Critics Association, de filme da década e ator coadjuvante para Pitt; o BSFC Award, da Boston Society of Film Critics Awards, de ator coadjuvante para Pitt e roteiro; o Critics Choice Award de filme, ator coadjuvante para Pitt, roteiro original e design de produção; o Palm Dog, do Festival de Cannes; o DFCS Award, da Detroit Film Critics Society Awards, de elenco e uso da música; o HFCS Award, da Hawaii Film Critics Society, de filme, direção, ator coadjuvante para Pitt, roteiro original e edição para Fred Raskin; o IFC Award de filme, direção e ator coadjuvante; o Sierra Award de filme, direção, roteiro original, direção de arte (design de produção) e atriz jovem em filme para Julia Butters; o LAFCA Award, da Los Angeles Film Critics Association Awards, de design de produção; o NBR Award de Top Ten Film, direção e ator coadjuvante para Pitt; o NYFCC Award, da New York Film Critics Circle Awards, de roteiro; e o SDFCS Award de ator coadjuvante para Pitt, empatado com Joe Pesci por “O Irlandês”, e uso da música em filme.

 

“O Irlandês”:

Foto: Divulgação.

Direção: Martin Scorsese.

Sinopse: Adaptação cinematográfica do livro “I Heard You Paint Houses”, de Charles Brandt, o longa conta a história de Frank Sheeran (Robert De Niro), veterano da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) que trabalhou como caminhoneiro e homem de confiança de Russell Bufalino (Joe Pesci) e Jimmy Hoffa (Al Pacino), líder sindical que desapareceu em 1975 e foi considerado morto pelo governo americano em 1982.

Recebeu 10 indicações ao Oscar: melhor filme; direção para Martin Scorsese; ator coadjuvante para Al Pacino e Joe Pesci; roteiro adaptado para Steven Zaillian; fotografia para Rodrigo Prieto; figurino para Christopher Peterson e Sandy Powell; design de produção para Bob Shaw e Regina Graves; edição para Thelma Schoonmaker; e efeitos visuais para Pablo Helman, Leandro Estebecorena, Nelson Sepulveda e Stephane Grabli.

Entre os 61 prêmios já recebidos, estão: o AFCC Award, da Atlanta Film Critics Circle, de elenco; o BFCC Award, da Black Film Critics Circle Awards, de direção e roteiro adaptado; o BSFC Award de edição; o Critics Choice Award de elenco; o Founder’s Award, do Chicago International Film Festival, de filme; o DFCS Award, da Detroit Film Critics Society Awards, de direção e ator coadjuvante para Pesci; o HCA Award de ator coadjuvante para Pesci; o Hollywood Film Award de produção, ator coadjuvante para Pacino e efeitos visuais; o KCFCC Award de ator coadjuvante para Pesci; o NBR Award de filme e roteiro adaptado; o NYFCC Award de filme e ator coadjuvante para Pesci; o Sonny Bono Visionary Award, do Palm Springs International Film Festival, para Scorsese; o PFCC Award, da Philadelphia Film Critics Circle Awards; e o SDFCS Award de filme a ator coadjuvante para Pesci, empatado com Brad Pitt por “Era Uma Vez em… Hollywood”.

 

“História de um Casamento”:

Foto: Divulgação.

Direção: Noah Baumbach.

Sinopse: Atriz que deixou a promissora carreira em Hollywood para trás para acompanhar o marido, que possui uma companhia de teatro em Nova York, Nicole (Scarlett Johansson) decide dar um basta no casamento por causa das traições de Charlie (Adam Driver) e voltar para Los Angeles, onde vivem sua mãe e irmã. Mas o processo do divórcio é mais doloroso do que ela supunha, principalmente por envolver a guarda do filho, Henry (Azhy Robertson).

Recebeu seis indicações ao Oscar: melhor filme; atriz para Scarlett Johansson; ator para Adam Driver; atriz coadjuvante para Laura Dern; roteiro original para Noah Baumbach; e trilha sonora para Randy Newman.

Entre os 118 prêmios já recebidos, estão: o Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante para Dern; o Actor, do SAG Award, de atriz coadjuvante para Dern; o BAFTA Award de atriz coadjuvante para Dern; o BSFC Award de atriz coadjuvante para Dern; o Critics Choice Award de atriz coadjuvante para Dern; o DFWFCA Award de ator para Driver, atriz para Johansson, atriz coadjuvante para Dern e roteiro; o DFCS Award, da Denver Film Critics Society, de atriz para Johansson e atriz coadjuvante para Dern, empatada com Florence Pugh por “Adoráveis Mulheres”; o FFCC Award, da Florida Film Critics Circle Awards, de ator para Driver, atriz para Johansson, atriz coadjuvante para Dern; o IFJA Award, da Indiana Film Journalists Association, US, de filme, ator para Driver e roteiro original; o LAFCA Award de roteiro; o NBR Award de Top Ten Films; o NFCS Award, da Nevada Film Critics Society, de filme, direção, ator para Driver e atriz para Johansson, empatada com Charlize Theron por “O Escândalo”; e o SDFCS Award de ator para Driver, empatado com Joaquin Phoenix por “Coringa”, e roteiro original.

 

“Parasita”:

Foto: Divulgação.

Direção: Bong Joon-ho.

Sinopse: Vivendo com sua família num porão em situação bastante precária, Ki-woo (Woo Shik Choi) tem a oportunidade de se tornar professor particular de uma adolescente rica que mora numa mansão com os pais e irmão caçula. Aos poucos, o jovem consegue colocar seus pais e irmã trabalhando para os Park, consumindo seus recursos e desestruturando seu mundo, mostrando as distintas realidades até a explosão da violência.

Recebeu seis indicações ao Oscar: melhor filme; direção para Bong Joon-ho; roteiro original para Joon-ho e Jin Won Han; filme internacional; design de produção para Ha-jun Lee e Won-Woo Cho; e edição para Jinmo Yang.

Entre os 199 prêmios já recebidos, estão: o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro; o Actor, do SAG Awards, de elenco; o BAFTA Award de roteiro original e filme em língua estrangeira; o AFCA Award, da Austin Film Critics Association, de filme, filme da década, direção, roteiro original e filme estrangeiro; o BSFC Award de direção e filme estrangeiro; o Critics Choice Award de direção, empatado com Sam Mendes por “1917”, e filme estrangeiro; a Palma de Ouro, do Festival de Cannes; o DFWFCA Award de filme estrangeiro; o HCA Award de filme estrangeiro e roteiro original; o HFCS Award, da Houston Film Critics Society Awards, de filme, direção e filme estrangeiro; o KCFCC Award de filme estrangeiro; o Sierra Award de filme estrangeiro; o LAFCA Award de filme, direção e ator coadjuvante para Song Kang-ho; o NBR Award de filme estrangeiro; e o WGA Award, do Sindicato de Roteiristas (Writers Guild of America – WGA), de roteiro original.

 

“Jojo Rabbit”:

Foto: Divulgação.

Direção: Taika Waititi.

Sinopse: Baseado no livro “Caging Skies” (2004), de Christine Leunens, o longa conta a história de Jojo (Roman Griffin Davis), menino de 10 anos que se alistou na Juventude Hitlerista e sonha em integrar a guarda pessoal de Adolf Hitler (Waititi). Tendo o ditador como amigo imaginário, Jojo se considera um nazista exemplar, mas começa a questionar o porquê de tanta perseguição aos judeus depois de conhecer Elsa (Thomasin McKenzie), algo que aumenta após descobrir um segredo de sua mãe, Rosie (Scarlett Johansson).

Recebeu seis indicações ao Oscar: melhor filme; atriz coadjuvante para Scarlett Johansson; roteiro adaptado para Taika Waititi; figurino para Mayes C. Rubeo; design de produção para Ra Vincent e Nora Sopková; e edição para Tom Eagles.

Entre os 29 prêmios já recebidos, estão: o BAFTA Award de roteiro adaptado; o AACTA International Award de roteiro; o AFI Award de filme do ano; o Eddie, da American Cinema Editors, USA, de edição em filme de comédia; o Critics Choice Award de ator / atriz jovem para Roman Griffin Davis; o HCA Award de roteiro adaptado; o NBR Award de Top Ten Films; o PCC Award, da Phoenix Critics Circle, de filme de comédia e atriz coadjuvante para Thomasin McKenzie; o SFFCC Award, da San Francisco Film Critics Circle, de roteiro adaptado; o Seattle Film Critics Award, do Seattle Film Critics Awards, de performance jovem para Thomasin McKenzie; o WAFCA Award de performance jovem para Roman Griffin Davis; e o WGA Award de roteiro adaptado.

 

“Adoráveis Mulheres”:

Foto: Divulgação.

Direção: Greta Gerwig.

Sinopse: Adaptação cinematográfica de “Mulherzinhas” (Little Women), de Louisa May Alcott, lançado em 1868, o longa mostra a relação das irmãs March, Jo (Saoirse Ronan), Meg (Emma Watson), Amy (Florence Pugh) e Beth (Eliza Scanlen), explorando suas distintas personalidades e sonhos numa sociedade na qual a mulher era criada somente para servir ao marido e aos filhos. Neste contexto, Jo surge como a rebelde que se recusa a seguir certas convenções sociais, e que chama para si a responsabilidade de prover as irmãs e a mãe, interpretada por Laura Dern, sobretudo quando Beth adoece e o pai continua lutando na Guerra Civil Americana (1861 – 1865). Ainda na adolescência, as irmãs conhecem Laurie (Timothée Chalamet), jovem rico que mora com o avô numa mansão em frente à casa dos March. E o vínculo de amizade transforma o cotidiano de ambas as famílias.

Recebeu seis indicações ao Oscar: melhor filme; atriz para Saoirse Ronan; atriz coadjuvante para Florence Pugh; roteiro adaptado para Greta Gerwig; figurino para Jacqueline Durran; e trilha sonora para Alexandre Desplat.

Entre os 67 prêmios já recebidos, estão: o BAFTA Award de figurino; o AACTA International Award de atriz para Ronan; o AFCA Award de roteiro adaptado; o BSFC Award de filme, elenco, atriz para Ronan e trilha sonora; o Critics Choice Award de roteiro adaptado; o CFCA Award de atriz coadjuvante para Pugh, roteiro adaptado, trilha sonora e figurino; o DFCS Award, da Denver Film Critics Society, de atriz coadjuvante para Pugh, empatada com Laura Dern por “História de um Casamento”, e roteiro adaptado; o Truly Moving Picture Award, do Heartland Film; o KCFCC Award de roteiro adaptado; o NSFC Award de direção e atriz coadjuvante para Dern, também por “História de um Casamento”; o NYFCC Award de atriz coadjuvante para Dern, também por “História de um Casamento”; e o WAFCA Award de roteiro adaptado.

 

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