Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

Especial Oscar 2020: categoria de melhor ator coadjuvante

A 92a edição da cerimônia de entrega do Oscar será realizada no dia 09 de fevereiro de 2020, no Dolby Theatre, em Los Angeles (Foto: Divulgação – Crédito: Richard Harbaugh / ©A.M.P.A.S.).

Pôster oficial da 92a edição do Oscar (Foto: Divulgação / Crédito: ©A.M.P.A.S.).

No ano passado, Brad Pitt se destacou como protagonista em “Ad Astra: Rumo às Estrelas” (Ad Astra – 2019) e coadjuvante em “Era Uma Vez em… Hollywood” (Once Upon a Time… in Hollywood – 2019). E foi o filme de Quentin Tarantino que o colocou entre os finalistas da categoria de melhor ator coadjuvante do Oscar 2020.

 

Os cinco indicados ao prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) são: Al Pacino por “O Irlandês” (The Irishman – 2019), Brad Pitt por “Era Uma Vez em… Hollywood”, Tom Hanks por “Um Lindo Dia na Vizinhança” (A Beautiful Day in the Neighborhood – 2019), Anthony Hopkins por “Dois Papas” (The Two Popes – 2019) e Joe Pesci por “O Irlandês”.

 

Único ator da disputa a dar vida a um personagem ficcional, Brad Pitt brilha como o dublê que aceita o trabalho de motorista de um ator em decadência e desesperado para voltar ao primeiro time de Hollywood. Inspirado em cena, Pitt assimila com perspicácia as características de Cliff Booth, trabalhando a ironia com propriedade. Com 33 prêmios individuais recebidos até o momento, Brad Pitt é considerado o favorito ao Golden Boy por ter vencido o Actor no SAG Awards e o Globo de Ouro, respectivamente concedidos pelo Sindicato dos Atores (Screen Actors Guild – SAG) e pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (Hollywood Foreign Press Association – HFPA).

 

Brad Pitt vive o dublê de um astro em decadência em “Era Uma vez em… Hollywood” (Foto: Divulgação).

 

O Globo de Ouro e o SAG Awards são considerados os dois maiores indicativos do Oscar nas categorias de atores principais e coadjuvantes, mas somente o segundo exerce grande influência na votação, pois parte dos membros do Sindicato também integra a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) e tem direito a voto. Ou seja, o vencedor do SAG ocupa um lugar confortável na corrida pela estatueta dourada e, portanto, é apontado como favorito.

 

Na disputa pelo Golden Boy, o principal adversário de Brad Pitt é Joe Pesci, que já recebeu 14 prêmios individuais como Russell Bufalino em “O Irlandês”, de Martin Scorsese. Após hiato de nove anos, desde “Rancho do Amor” (Love Ranch – 2010), de Taylor Hackford, o ator volta aos longas-metragens em live-action oferecendo ao espectador uma performance poderosa, mas discreta e refinada.

 

Também concorrendo por “O Irlandês”, Al Pacino interpreta o líder sindical Jimmy Hoffa com certa extravagância, explodindo em cena. É um trabalho de composição interessante que, até o momento, lhe rendeu somente um prêmio individual.

 

Tom Hanks vive Fred Rogers em “Um Lindo Dia na Vizinhança” (Foto: Divulgação).

 

No papel de uma das figuras mais importantes da televisão americana, Fred Rogers, Tom Hanks aposta nos detalhes, realizando um trabalho minucioso de construção de personagem em “Um Lindo Dia na Vizinhança”. É uma atuação rica que torna crível esta viagem à Vizinhança de Mr. Rogers, rendendo a ele dois prêmios individuais até a presente data.

 

Dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, Anthony Hopkins interpreta o agora Papa Emérito Bento XVI de maneira bastante singular, equilibrando força e sensibilidade num trabalho impecável e extremamente humano. Por seu desempenho em “Dois Papas”, Hopkins não recebeu nenhum prêmio individual até o momento.

 

Neste cenário, pode-se dizer que Brad Pitt é quem tem mais chances de vencer a estatueta dourada no próximo domingo, mas com Joe Pesci em seu encalço, seguido por Tom Hanks, Al Pacino e Anthony Hopkins, que é a “zebra” desta categoria.

 

A 92ª cerimônia de entrega do Oscar será realizada no próximo domingo, dia 09, no Dolby Theatre, em Los Angeles. No Brasil, a maior festa do cinema mundial será transmitida ao vivo pelo canal por assinatura TNT e pela Rede Globo (após o jogo do Brasil).

 

Confira um pequeno perfil dos indicados:

Al Pacino:

Al Pacino em “O Irlandês” (Foto: Divulgação / Crédito: Netflix).

Nascido em 25 de abril de 1940, em Nova York, Nova York (Estados Unidos), Alfredo James Pacino se interessou pela atuação ainda na escola, começando a carreira artística nos palcos nova-iorquinos, enfrentando dificuldades financeiras e depressão nos anos seguintes. Ingressou no Actors Studio em 1966 e, dois anos depois, participou de um episódio da série “N.Y.P.D.” (Idem – 1967 – 1969). Estreou no cinema em 1969, na comédia “Uma Garota Avançada” (Me, Natalie – 1969), de Fred Coe, chamando a atenção como um dependente químico em “Os Viciados” (The Panic in Needle Park – 1971), de Jerry Schatzberg. No entanto, foi como Michael Corleone que Pacino conquistou um lugar no primeiro time de Hollywood. Dirigido por Francis Ford Coppola, “O Poderoso Chefão” (The Godfather – 1972) fez imenso sucesso e se tornou um dos maiores clássicos da História do cinema, ganhando duas sequências: “O Poderoso Chefão II” (The Godfather: Part II – 1974) e “O Poderoso Chefão III” (The Godfather: Part III – 1990). Nos anos 1980, o ator participou de projetos aclamados pela crítica, como “Justiça Para Todos” (…and justice for all – 1979), de Norman Jewison, e “Scarface” (1983), de Brian De Palma, além do fracasso “A Revolução” (Revolution – 1985), de Hugh Hudson. No início da década de 1990, o ator deu vida a um de seus personagens mais memoráveis, o Coronel Frank Slade de “Perfume de Mulher” (Scent of a Woman – 1992), de Martin Brest, que lhe rendeu um Oscar. Sem deixar os palcos de lado, Al Pacino resolveu se aventurar na direção de longas-metragens. Seu primeiro trabalho na função foi “The Local Stigmatic” (Idem – 1990), que não chegou ao circuito comercial. Pacino voltou à cadeira de diretor seis anos mais tarde com o documentário “Ricardo III – Um Ensaio” (Looking for Richard – 1996). Desde então, dirigiu outros três longas: “Chinese Coffee” (Idem – 2000), “Wilde Salomé” (Idem – 2011) e “Salomé” (Idem – 2013). Nos últimos anos, trabalhou em filmes como “Treze Homens e um Novo Segredo” (Ocean’s Thirteen – 2007), de Steve Soderbergh, e “Não Olhe para Trás” (Danny Collins – 2015), de Dan Fogelman. Este ano, o ator é coadjuvante em dois indicados ao prêmio de melhor filme da AMPAS: “O Irlandês” e “Era Uma Vez em… Hollywood”. Esta é a sua nona indicação ao Oscar, sendo a quarta como ator coadjuvante – as outras três foram por “O Poderoso Chefão”, “Dick Tracy” (Idem – 1990) e “O Sucesso a Qualquer Preço” (Glengarry Glen Ross – 1992). Vencedor da estatueta de melhor ator por “Perfume de Mulher”, Pacino recebeu outras quatro indicações na categoria por “Serpico” (Idem – 1973), “O Poderoso Chefão II”, “Um Dia de Cão” (Dog Day Afternoon – 1975) e “Justiça Para Todos”.

* O único prêmio individual recebido por sua performance em “O Irlandês” é: o Hollywood Film Award, do Hollywood Film Awards.

 

Brad Pitt:

Brad Pitt em “Era Uma Vez em… Hollywood” (Foto: Divulgação).

Nascido em 18 de dezembro de 1963, em Shawnee, Oklahoma (Estados Unidos), William Bradley Pitt cursou jornalismo na University of Missouri, mas abandonou faltando apenas duas matérias para se formar. Em seguida, se mudou para a Califórnia para tentar a sorte como ator, iniciando a carreira na televisão em 1987 em episódios do seriado “Another World” (Idem – 1964 – 1999). No mesmo ano, estreou no cinema numa participação não creditada em “Hunk – Um Pacto dos Diabos” (Hunk – 1987), de Lawrence Bassoff. Seguiu conciliando trabalhos na TV e no cinema, chamando a atenção ao lado de Geena Davis em “Thelma & Louise” (Idem – 1991), de Ridley Scott. Nos anos seguintes, Pitt ganhou cada vez mais espaço e se consolidou como um dos grandes nomes de Hollywood por meio de filmes como “Nada é Para Sempre” (A River Runs Through It – 1992), de Robert Redford, “Kalifornia: Uma Viagem ao Inferno” (Kalifornia – 1993), de Dominic Sena, “Lendas da Paixão” (Legends of the Fall – 1994), de Edward Zwick, “Entrevista com o Vampiro” (Interview with the Vampire: The Vampire Chronicles – 1994), de Neil Jordan, e “Seven: Os Sete Crimes Capitais” (Se7en – 1995), de David Fincher, por quem foi dirigido em dois outros títulos de sucesso, “Clube da Luta” (Fight Club – 1999) e “O Curioso Caso de Benjamin Button” (The Curious Case of Benjamin Button – 2008). Estreou nos bastidores como produtor executivo do documentário “Pátria Proibida” (God Grew Tired of Us: The Story of Lost Boys of Sudan – 2006) e, desde então, tem mais de 50 títulos em sua filmografia nesta função e também na de produtor, que lhe rendeu o Oscar de melhor filme por “12 Anos de Escravidão” (12 Years a Slave – 2013) – entre os outros longas produzidos por ele estão “Os Infiltrados” (The Departed – 2006), de Martin Scorsese, “Vice” (Idem – 2018), de Adam McKay, e “Ad Astra: Rumo às Estrelas”, de James Gray. Esta é a sua sétima indicação ao Oscar. Vencedor da já citada estatueta de melhor filme por “12 Anos de Escravidão”, Pitt foi indicado outras cinco vezes: ator coadjuvante por “Os 12 Macacos” (Twelve Monkeys – 1996); ator por “O Curioso Caso de Benjamin Button” e “O Homem Que Mudou o Jogo” (Moneyball – 2011); e filme por “O Homem Que Mudou o Jogo” e “A Grande Aposta” (The Big Short – 2015).

* Entre os 33 prêmios individuais recebidos por sua performance em “Era Uma Vez em… Hollywood”, estão: os já citados Globo de Ouro e o Actor do SAG Awards; o BAFTA Awards; o AACTA International Award, do AACTA International Awards; o AFCC Award, da Atlanta Film Critics Circle; o BSFC Award, da Boston Society of Film Critics Awards; o Critics Choice Award, da Broadcast Film Critics Association Awards; o CFCA Award, da Chicago Film Critics Association Awards; o HFCS Award, da Houston Film Critics Society Awards; o NBR Award, da National Board of Review, USA; o NSFC Award, da National Society of Film Critics Awards, USA; o OFCC Award, da Oklahoma Film Critics Circle Awards; o PFCS Award, da Phoenix Film Critics Society Awards; o SDFCS Award, da San Diego Film Critics Society Awards, empatado com Joe Pesci por “O Irlandês”; e o WAFCA Award, da Washington DC Area Film Critics Association Awards.

 

Tom Hanks:

Tom Hanks em “Um Lindo Dia na Vizinhança” (Foto: Divulgação).

Nascido em 09 de julho de 1956, em Concord, Califórnia (Estados Unidos), Thomas Jeffrey Hanks começou a carreira artística nos palcos de Cleveland, voltando para a Califórnia em 1980, quando estreou no cinema num papel secundário no thriller “Noivas em Perigo” (He Knows You’re Alone – 1980), de Armand Mastroianni. No mesmo ano, Hanks participou de um episódio da série “O Barco do Amor” (The Love Boat – 1977 – 1987), conquistando seu espaço na telinha com “Bosom Buddies” (Idem – 1980 – 1982) e “Caras e Caretas” (Family Ties – 1982 – 1989). Conhecido do grande público graças ao sucesso na televisão, Hanks chamou a atenção da indústria cinematográfica e assumiu a responsabilidade de protagonizar “Splash: Uma Sereia em Minha Vida” (Splash – 1984), de Ron Howard. Sucesso de público, o longa começou a pavimentar o caminho do ator rumo ao primeiro time de Hollywood, garantindo sua posição como um dos maiores astros do showbusiness com “Quero Ser Grande” (Big – 1988), de Penny Marshall. Trabalhou em diversos filmes até arrebatar público e crítica como o advogado homossexual e portador do vírus HIV de “Filadélfia” (Philadelphia – 1993), de Jonathan Demme, seguido pelo icônico Forrest Gump no drama “Forrest Gump: O Contador de Histórias” (Forrest Gump – 1994), de Robert Zemeckis. Os dois filmes deixaram a marca de Hanks registrada não apenas na História do cinema, como na da AMPAS, pois ele se tornou o segundo profissional a conquistar a estatueta de melhor ator por dois anos seguidos – a primeiro foi Spencer Tracy por “Marujo Intrépido” (Captains Courageous – 1937) e “Com os Braços Abertos” (Boys Town – 1938). Consagrado em frente às câmeras, Hanks se aventurou como diretor de longas-metragens, estreando na função com o musical “The Wonders – O Sonho Não Acabou” (That Thing You Do! – 1996). Dois anos depois, assumiu seu primeiro trabalho como produtor executivo, a minissérie “Da Terra à Lua” (From the Earth to the Moon – 1998), sobre o programa espacial Apollo, tema no qual o ator já estava familiarizado, pois interpretou o astronauta Jim Lovell em “Apollo 13: Do Desastre ao Triunfo” (Apollo 13 – 1995), de Howard. Entre os títulos produzidos por ele estão “Náufrago” (Cast Away – 2000) e a franquia “Casamento Grego” (My Big Fat Greek Wedding – iniciada em 2002). Entre seus trabalhos como ator estão “O Resgate do Soldado Ryan” (Saving Private Ryan – 1998), “Prenda-me se for Capaz” (Catch Me If You Can – 2002) e “The Post: A Guerra Secreta” (The Post – 2017), dirigidos por Steven Spielberg, além da franquia “Toy Story” (Idem – iniciada em 1995), na qual empresta sua voz ao caubói Woody. Esta é a sua sexta indicação ao Oscar, mas a primeira como ator coadjuvante. Vencedor das já citadas estatuetas de melhor ator por “Filadélfia” e “Forrest Gump – O Contador de Histórias”, Hanks foi indicado outras três vezes à categoria por “Quero Ser Grande”, “O Resgate do Soldado Ryan” e “Náufrago”.

* Os dois prêmios individuais recebidos por sua performance em “Um Lindo Dia na Vizinhança” são: o Movies for Grownups Award, da AARP Movies for Grownups Awards, empatado com Anthony Hopkins por “Dois Papas”; e o NTFCA Award, da North Texas Film Critics Association, US.

 

Anthony Hopkins:

Anthony Hopkins em “Dois Papas” (Foto: Divulgação / Crédito: Netflix).

Nascido em 31 de dezembro de 1937, em Port Talbot, West Glamorgan (País de Gales), Philip Anthony Hopkins se formou em 1957 na College of Music and Drama e começou a carreira na série televisiva “A Matter of Degree” (Idem – 1960). Em 1965, aceitou o convite de Laurence Olivier para integrar o National Theatre, conciliando televisão e teatro até estrear no cinema com “The White Bus” (Idem – 1967), de Lindsay Anderson, chamando a atenção nos longas “O Leão no Inverno” (The Lion in Winter – 1968), de Anthony Harvey, e “Hamlet” (Idem – 1969), de Tony Richardson. Nas décadas seguintes, continuou trabalhando na TV e no teatro, mas mergulhou no cinema, estrelando filmes como “Uma Ponte Longe Demais” (A Bridge Too Far – 1977), de Richard Attenborough, “Rebelião em Alto Mar” (The Bounty – 1984), de Roger Donaldson, e “Nunca te Vi, Sempre te Amei” (84 Charing Cross Road – 1987), de David Hugh Jones. Mas a consagração tanto pelo público quanto pela crítica chegou, de fato, como Hannibal Lecter em “O Silêncio dos Inocentes” (The Silence of the Lamb – 1991), de Jonathan Demme. O sucesso deste longa possibilitou a realização de outros dois: “Hannibal” (Idem – 2001), de Ridley Scott, e “Dragão Vermelho” (Red Dragon – 2002), de Brett Ratner. Conhecido pelo público mais jovem como Odin, o pai de Thor, nos filmes do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM), Hopkins é um dos maiores nomes da História do cinema e tem 138 títulos em sua filmografia como ator, entre eles, “Nixon” (Idem – 1985), de Oliver Stone, “Drácula de Bram Stoker” (Dracula – 1992), de Francis Ford Coppola, “Amistad” (Idem – 1997), de Steven Spielberg, e “Hitchcock” (Idem – 2012), de Sacha Gervasi. A atuação sempre foi sua prioridade, mas Hopkins também se aventurou como diretor, estreando na função em 1990 com “Dylan Thomas: Return Journey” (Idem – 1990), dirigindo apenas outros dois filmes, “Outono de Paixões” (August – 1996) e “Um Sonho Dentro de um Sonho” (Slipstream – 2017). Em 2006, estreou como produtor executivo em “Bobby” (Idem – 2006), seguido por “Presságios de um Crime” (Solace – 2015) e “O Protetor” (Go with Me – 2015), este último como produtor. Hopkins foi nomeado Comendador da Ordem do Império Britânico (Commander of the order of the British Empire – CBE) em 1987, recebendo o título de Cavaleiro seis anos depois. Esta é a sua quinta indicação ao Oscar, sendo a segunda como ator coadjuvante – a primeira foi por “Amistad”. Vencedor da estatueta de melhor ator por “O Silêncio dos Inocentes”, Hopkins concorreu outras duas vezes como protagonista por “Vestígios do Dia” (The Remains of the Day – 1993) e “Nixon”.

* O ator ainda não recebeu nenhum prêmio individual por sua performance em “Dois Papas”.

 

Joe Pesci:

Joe Pesci em “O Irlandês” (Foto: Divulgação / Crédito: Netflix).

Nascido em 09 de fevereiro de 1943, em Newark, new Jersey (Estados Unidos), Joseph Frank Pesci começou a carreira na infância, participando do programa infantil “The Star Time Kids” (Idem – 1950 – 1955) e lançando o álbum “Little Joe Sure Can Sing”, sob o nome artístico Joe Ritchie. A estreia no cinema aconteceu em 1961, numa participação não creditada como dançarino em “Vamos ao Twist” (Hey, Let’s Twist! – 1961), de Greg Garrison. Entre seu primeiro filme e o próximo, “The Death Collector” (Idem – 1977), de Ralph De Vito, houve um hiato de 15 anos. E foi seu desempenho no segundo longa que chamou a atenção de Robert De Niro e originou o convite de Martin Scorsese para atuar em “Touro Indomável” (Raging Bull – 1980). Nos anos seguintes, trabalhou em longas como “Tudo por uma Herança” (Easy Money – 1983), de James Signorelli, “Era uma Vez na América” (Once Upon a Time in America – 1984), de Sergio Leone, “Moonwalker” (Idem – 1988), de Jerry Kramer e Colin Chilvers, “JFK: A Pergunta que Não Quer Calar” (JFK – 1991), de Oliver Stone, “Meu Primo Vinny” (My Cousin Vinny – 1992), de Jonathan Lynn, e “Cassino” (Casino – 1995), de Scorsese. Popularmente conhecido como Leo Getz da franquia “Máquina Mortífera” (Lethal Weapon – iniciada em 1987), Pesci caiu nas graças da criançada como o atrapalhado ladrão Harry em “Esqueceram de Mim” (Home Alone – 1990) e “Esqueceram de Mim 2: Perdido em Nova York” (Home Alone 2: Lost in New York – 1992), ambos dirigidos por Chris Columbus. “O Irlandês” marca o retorno de Joe Pesci aos live-actions após hiato de nove anos, desde “Rancho do Amor”. Esta é a sua terceira indicação ao Oscar, coincidentemente, todas na categoria de melhor ator coadjuvante, sob a direção de Martin Scorsese e contracenando com Robert De Niro. Vencedor da estatueta por “Os Bons Companheiros”, o ator ainda concorreu por “Touro Indomável” (Raging Bull – 1980).

* Entre os 14 prêmios individuais recebidos por sua performance em “O Irlandês”, estão: o DFCS Award, da Detroit Film Critics Society Awards; o FFCC Award, da Florida Film Critics Circle Awards; o GAFCA Award, da Georgia Film Critics Association (GAFCA); o HCA Award, da Hollywood Critics Association; o KCFCC Award, da Kansas City Film Critics Circle Awards; o NFCS Award, da Nevada Film Critics Society; o NYFCC Award, da New York Film Critics Circle Awards; o PFCC Award, da Philadelphia Film Critics Circle Awards; e o SDFCS Award, empatado com Brad Pitt por “Era Uma vez em… Hollywood”.

 

Leia também:

Especial Oscar 2020: categoria de melhor atriz coadjuvante

Especial Oscar 2020

Oscar 2020: ‘Coringa’ lidera com 11 indicações

Comentários

 




    gl