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‘Druk – Mais Uma Rodada’: o prazer e os riscos do álcool

Concorrendo ao Oscar de melhor filme internacional e direção para Thomas Vinterberg, “Druk – Mais Uma Rodada” (Druk – 2020, Dinamarca) leva às telas a discussão sobre a crise da meia-idade por meio da teoria do psiquiatra e filósofo norueguês Finn Skårderud, que afirma que todo ser humano nasceu com déficit de 0,05% de álcool no sangue. Protagonizado por Mads Mikkelsen, o longa chega simultaneamente às plataformas de video on demand (VOD) e às salas de exibição brasileiras nesta quinta-feira, dia 25 – nas cidades nas quais continuam funcionando apesar das medidas restritivas impostas pela Covid-19.

 

Partindo do déficit etílico, Vinterberg conduz uma trama que mescla drama e comédia centrada em Martin (Mikkelsen), professor de História do Ensino Médio que vive uma crise de meia-idade impulsionada pelo casamento falido, distanciamento emocional dos filhos e apatia no ambiente de trabalho. Isso muda no jantar entre amigos, no qual a teoria de Skårderud é debatida. Assim, Martin e outros três professores decidem beber todos os dias antes das aulas, ficando mais relaxados e alegres, o que facilita a relação com os alunos. Mas à medida que o consumo de álcool sai do controle, o grupo se vê numa posição delicada pessoal e profissionalmente, explicitando a inevitabilidade de uma tragédia.

 

“Druk – Mais Uma Rodada”: elenco é liderado por Mads Mikkelsen (Foto: Divulgação).

 

Apresentando elenco em total comunhão, “Druk – Mais Uma Rodada” tem na atuação de Mads Mikkelsen sua força motriz. Em seu segundo filme com Vinterberg, o primeiro foi “A Caça” (Jagten – 2012, Dinamarca), também indicado ao Oscar na categoria de filme estrangeiro, hoje, chamada de filme internacional, Mikkelsen compõe Martin com imensa sensibilidade, explorando toda a dor de um homem incapaz de se sentir parte essencial de sua família, bem como da trajetória de seus alunos, encontrando na bebida a válvula de escape para reencontrar a felicidade de outrora. Tudo isso de maneira contida para transmitir ao espectador a sensação de sufocamento de Martin, mesmo que aparentemente conformado e acomodado com sua situação.

 

Sem pontas soltas, o roteiro assinado por Vinterberg e Tobias Lindholm assume o tom crítico aos riscos do consumo desmedido de álcool que leva o indivíduo à dependência, transformando sua vida até destrui-la por completo. É um filme objetivo em sua mensagem e que reitera a importância da concessão da segunda chance para a vida, reconhecendo os erros e encarando-os de frente.

 

Assista ao trailer oficial legendado:

Ana Carolina Garcia

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