Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

‘Desaparecidos’: Olga Kurylenko se destaca como cientista forense

“Desaparecidos” é protagonizado pela ucraniana Olga Kurylenko (Foto: Divulgação).

Adaptação cinematográfica de “The Killing Room” (1997), de Peter May, “Desaparecidos” (Vanishing – 2021, França) chega ao circuito comercial brasileiro nesta quinta-feira (04) abordando uma trama macabra, ambientada em Seul (Coreia do Sul).

 

Com direção de Denis Dercourt, o longa conta a história de Alice Launey (Olga Kurylenko), conceituada cientista forense francesa que chega à capital da Coreia do Sul para uma série de palestras, sendo convidada a ajudar a elucidar um crime que há tempos intriga as autoridades locais. Trabalhando diretamente com o detetive Jin-ho Park (Yoo Yeon-Seok), Alice acaba descobrindo a existência de uma rede criminosa especializada em tráfico de órgãos, e precisa correr contra o tempo para evitar que mais pessoas sejam vitimadas.

 

“Desaparecidos” é a adaptação cinematográfica de “The Killing Room”, de Peter May (Foto: Divulgação).

 

Tentando construir uma consistente atmosfera de suspense, tendo como alicerce a fotografia de Axel Cosnefroy, que não economiza nos tons escuros para transmitir a sensação de sufocamento num ambiente sombrio, “Desaparecidos” perde potência por se desenvolver de forma extremamente lenta. Isto acaba por tornar a trama um tanto previsível à medida que novas pistas vão surgindo, sobretudo em relação ao cirurgião responsável por executar os crimes.

 

Desperdiçando o talento da ucraniana Olga Kurylenko, que faz o possível para explorar a dor de uma profissional atormentada pelo fantasma do passado, o longa chama a atenção pelas interpretações quase robóticas dos coadjuvantes, principalmente daqueles que vivem os integrantes da quadrilha, caricatos ao extremo. Com isso, o filme perde no que tange à veracidade, pois tais atuações comprometem o seu resultado.

 

Partindo de uma premissa interessante, “Desaparecidos” perde a oportunidade de ser um bom filme devido à condução falha de Dercourt, que também assinou o roteiro ao lado de Marion Doussot. Há muito a ser explorado de maneira a tornar a trama crível, mas a opção foi a de permanecer na superfície, inclusive no que tange à dor da protagonista, algo incondizente com os gêneros policial, drama e suspense.

 

Assista ao trailer oficial legendado:

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