Ana Carolina Garcia. Foto: SRzd

Ana Carolina Garcia

Jornalista formada pela Universidade Estácio de Sá, onde também concluiu sua pós-graduação em Jornalismo Cultural. Em 2011, lançou seu primeiro livro, "A Fantástica Fábrica de Filmes - Como Hollywood se Tornou a Capital Mundial do Cinema", da Editora Senac Rio.

Debbie Reynolds morre aos 84 anos: ‘Ela queria estar com Carrie’

Um dos principais rostos do cinema clássico, a atriz Debbie Reynolds faleceu nesta quarta-feira, dia 28, aos 84 anos de idade, apenas um dia após o falecimento de sua filha, a também atriz Carrie Fisher, a eterna Princesa Leia da saga “Star Wars”. Reynolds estava na casa de seu filho, Todd Fisher, quando passou mal e foi levada por paramédicos ao hospital Cedars-Sinai em Los Angeles sob a suspeita de ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) – ainda não confirmado pela família. “Ela queria estar com Carrie”, disse Todd Fisher à Variety.

Nascida em 1o de abril de 1932 em El Paso, no estado americano do Texas, Mary Frances Reynolds, seu nome de batismo, começou a carreira no cinema ainda na adolescência num papel não creditado em “Noiva de Primavera” (June Bride – 1948), comédia protagonizada por Bette Davis e Robert Montgomery, no final da Era de Ouro (1930 – 1940) de Hollywood.

Donald O’Connor, Debbie Reynolds e Gene Kelly em “Cantando na Chuva” (Foto: Divulgação).
Donald O’Connor, Debbie Reynolds e Gene Kelly em “Cantando na Chuva” (Foto: Divulgação).

Pouco tempo depois, aos 20 anos de idade, alcançou o estrelato em seu quarto longa-metragem para a Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), com “Cantando na Chuva” (Singin’ in the Rain – 1952). Dirigido por Stanley Donen e Gene Kelly, que também o protagonizou, ao lado de Donald O’Connor, este musical é um clássico atemporal que funciona como uma crítica à Hollywood pós-advento do som e da fala, que acabou com muitas carreiras no final da década de 1920.

Na década de 1950, a atriz viu seu nome em manchetes de jornais após o divórcio com o também ator Eddie Fisher, pai de seus dois filhos. O motivo do término foi o caso extraconjugal de Fisher com Elizabeth Taylor, a melhor amiga de Reynolds – Fisher foi o quarto marido de Taylor, com quem ficou casado até 1964.

O sorriso franco e o carisma inconfundíveis transformaram Debbie Reynolds numa das atrizes mais queridas da indústria, adorada também pelos fãs de “Star Wars” e de sua filha, que a chamam carinhosamente de “mãe da Princesa Leia”.

Mãe e filha podem ser vistas juntas no documentário “Bright Lights: Starring Carrie Fisher and Debbie Reynolds” (Idem – 2016), produzido pela HBO. Exibido no Festival de Cannes deste ano, o longa mostra a relação de Reynolds e seus filhos. No próximo ano, a veterana também poderá ser vista no documentário sobre os anos dourados da Broadway, “Broadway: Beyond the Golden Age” (Idem – 2017).

Indicada ao Oscar de melhor atriz por “A Inconquistável Molly” (The Unsinkable Molly Brown – 1964), Debbie Reynolds foi homenageada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (Academy of Motion Picture Arts and Sciences – AMPAS) com o Jean Hersholt Humanitarian Award em 2015. Contudo, não pôde comparecer ao Governors Awards porque estava se recuperando de uma cirurgia – sua neta, Billie Lourd, filha de Carrie Fisher, representou a atriz na cerimônia. No mesmo ano, Reynolds foi homenageada com o Life Achievement Award do SAG Awards.

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