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‘Carnívoras’: o lado B da relação entre irmãos

Exibido na última edição do Festival Varilux de Cinema Francês, realizada em junho deste ano, “Carnívoras” (Carnivores – 2018) estreia nesta quinta-feira, dia 13, nas salas de exibição do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Salvador.

 

Classificado como drama e suspense, “Carnívoras” conta a história de Mona (Leïla Bekhti), atriz de 29 anos que não consegue conquistar seu espaço na profissão, ao contrário da irmã caçula, Sam (Zita Hanrot). Indisciplinada, casada e mãe de um menino, Sam é uma atriz bem sucedida que foi escalada para protagonizar o filme de um renomado cineasta francês no momento em que abre as portas de sua casa para Mona, desempregada e em busca de um lugar para morar. A pressão nos sets faz com que Sam recorra à Mona, contratando-a como treinadora e assistente, o que aumenta a tensão.

 

“Carnívoras” não aprofunda os problemas familiares das personagens (Foto: Divulgação).

 

Dirigido pelos irmãos Jérémie e Yannick Renier, “Carnívoras” é um filme sobre o lado B da relação entre irmãos, calcado em inveja e ressentimentos do passado, com clara influência materna. No entanto, tais problemas do passado das personagens nunca são explorados satisfatoriamente pela trama, impedindo que o espectador tenha melhor compreensão do que realmente acontece naquele núcleo familiar. Sabe-se apenas que há um grande conflito que, ainda hoje, causa dor em Sam, ao ponto de fazê-la abandonar tudo.

 

Ponto fraco do longa, o roteiro utiliza alguns artifícios para facilitar a história que se propõe a contar, assumindo uma narrativa de ritmo lento para mostrar a ascensão de Mona, que almeja tudo o que a irmã tem. Desta forma, parte da regra de que para uma prosperar, a outra tem de cair. Contudo, se esquece de trabalhar a perturbação mental das personagens, sobretudo de Mona.

 

Focando somente na dupla principal, defendida com competência por Leïla Bekhti e Zita Hanrot, “Carnívoras” não desenvolve suas subtramas, nem mesmo a do abandono materno, utilizando-as somente como escada para seu desfecho. Com isso, não prepara o terreno para o embate final entre as duas irmãs, suprimindo elementos necessários para justificar as doses de violência em meio à suposta calmaria.

 

No fim das contas, “Carnívoras” é um filme que tenta ultrapassar as barreiras impostas pelo retrato de família para expor suas entranhas, mas sem se aprofundar nas questões psicológicas que se propõe a levar às telas por meio de sentimentos como ciúme e inveja.

 

Assista ao trailer oficial legendado:

Ana Carolina Garcia

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