‘AmarAção’: aprendizado e segunda chance
Mais uma comédia romântica chega às salas de exibição nesta quinta-feira, dia 10: “AmarAção” (2021). Dirigido e roteirizado por Eric Belhassen e Marc Belhassen, o longa aborda a dor de cotovelo por diversos ângulos, inclusive o do desespero movido pelo “trago a pessoa amada em 24 horas”.
“AmarAção” começa mostrando o desespero de Erick (Eric Belhassen), sozinho em casa após se separar da esposa. Em seguida, apresenta ao espectador Caco (Caco Ciocler), que precisa encarar de frente a separação enquanto lida com problemas com a ex-mulher por não ser um pai presente na vida do filho de ambos.
Sem nenhum desafio técnico, o longa se desenvolve com agilidade e sem pontas soltas para discutir questões distintas sobre o mesmo tema: o amor. Neste contexto, a plateia consegue estabelecer uma relação com os personagens por meio da identificação, pois “AmarAção” é perspicaz ao expor não apenas o amor entre casais, mas também entre pais e filhos, sobretudo ao inserir a figura da sogra que faz o possível para manter a filha longe do genro, trabalhando as suas atitudes como consequência da síndrome do ninho vazio.
“AmarAção” conta com elenco em sintonia, mas tem como destaque negativo a atuação muito acima do tom de Belhassen, que aposta na caricatura do homem desesperado e imaturo, incapaz de reconhecer e atender às necessidades afetivas da mulher amada, recorrendo à religiosidade para reconquistá-la.
Assim como tantos outros títulos do gênero, “AmarAção” é um filme sobre aprendizado e segunda chance a homens que têm urgência em amadurecer para que possam valorizar seus relacionamentos e parceiras(os), cansadas(os) da indiferença e descaso que, inevitavelmente, minam qualquer relação.
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