Amparado por bancos e pela Petrobras, Ibovespa resiste à instabilidade e sobe 0,62%

SÉO PAULO – A quinta-feira (17) foi pautada pelo predomínio da instabilidade sobre os mercados ao redor do mundo, divididos entre referências contrastantes da temporada de resultados externa e da agenda corporativa. A surpresa ficou por conta do mercado doméstico, que mostrou vida própria e estendeu sua trajetória ascendente.

A volatilidade que permeou Wall Street durante todo o dia pode ser creditada à volta das incertezas quanto aos impactos da crise sobre a economia local. Contrariando os resultados positivos do JP Morgan na véspera e do setor produtivo nos últimos dias, a Merrill Lynch reportou prejuízo de US$ 1,96 bilhão no primeiro trimestre. Na Europa, os fracos dados operacionais da Nokia também pesavam sobre os negócios.

A agenda de indicadores também marcou presença, reforçando o caráter instável dos índices acionários internacionais. Se por um lado o Philadelphia Fed Index registrou uma retração mais agressiva que o esperado, o Leading Indicators e o Initial Claims ofereceram referência mais amena.

Por aqui, a ausência de indicadores foi suprida pela grande repercussão do aumento da taxa Selic anunciado na véspera. A reação dos papéis dos grandes bancos brasileiros foi o destaque o dia, que unida à valorização das ações da Petrobras, sustentaram a alta do Ibovespa. No mercado de câmbio, nova queda do dólar frente ao real.

Ibovespa avança 0,62%; dólar recua

Em meio a este cenário, o Ibovespa encerrou o dia com ganho de 0,62%, voltando à casa dos 64.552 pontos. O volume financeiro do dia totalizou R$ 5,95 bilhões.

O dólar comercial deu seqüência à sua trajetória declinante recente e se desvalorizou em 0,60%, sendo cotado a R$ 1,6580, menor valor desde maio de 1999.

Maiores altas e baixas

Na esteira da boa impressão causada pela alteração na taxa Selic aos papéis do setor, as ações ordinárias do Banco do Brasil lideraram os ganhos do Ibovespa, com alta de 4,10%.

Na contramão, os ativos preferenciais da AmBev cederam ao movimento de ajuste, repercutindo também proposta de subscrição de ações, e caíram 3,40%, maior desvalorização do índice.

As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:

Cód.AtivoCot R$% Dia% Ano Vol1Links
BBAS3Brasil ON25,35+4,10-15,97128,53M
ITAU4Itaubanco PN43,50+3,57-2,36135,67M
BBDC4Bradesco PN35,75+3,47-3,68210,31M
VIVO4Vivo Part PN10,73+3,17+14,0327,36M
CESP6Cesp PNB26,60+3,10-38,7535,58M

As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:

Cód.AtivoCot R$% Dia% Ano Vol1Links
AMBV4AmBev PN127,51-3,40+0,5767,00K
USIM5Usiminas PNA108,95-3,15+34,94279,49M
ALLL11ALL UNT N218,55-2,93-19,4941,09M
ARCZ6Aracruz PNB12,64-2,91-1,5215,76M
NATU3Natura ON18,29-2,71+10,9512,06M

As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram :

CódigoAtivoCot R$Var % Vol1Vol 30d1Neg
PETR4Petrobras PN85,10+2,031,33B928,08M13.887
VALE5Vale Rio Doce PNA51,80+0,21544,65M630,16M7.994
USIM5Usiminas PNA108,95-3,15279,49M158,88M3.352
PETR3Petrobras ON103,60+1,91221,77M150,76M2.823
BBDC4Bradesco PN35,75+3,47210,31M115,02M5.823
CSNA3Sid Nacional ON71,15-0,35173,74M130,72M3.889
ITAU4Itaubanco PN43,50+3,57135,67M138,48M4.514
BBAS3Brasil ON25,35+4,10128,53M103,94M5.381
VALE3Vale Rio Doce ON62,65+0,06107,58M134,65M2.127
UBBR11Unibanco UNT22,10+1,1992,32M88,00M2.618

* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)

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