Tuiuti usa e abusa das cores para tentar se manter no Grupo Especial

27/02/2017 às 1h06 - Por Luiz Thiago Santos

O Paraíso do Tuiuti, primeira escola a pisar na Avenida neste domingo (26), apostou nas cores e na leveza para homenagear os 50 anos da Tropicália. O enredo “Carnavaleidoscópio Tropifágico”, desenvolvido pelo carnavalesco Jack Vasconcelos, trouxe um recorte interessante desse importante movimento cultural. O tema, alegre e colorido, contrastou com um grave acidente provocado pelo último carro da escola, que imprensou algumas pessoas junto às grades laterais.

Além da responsabilidade de abrir os desfiles do Grupo Especial, a azul e amarelo de São Cristóvão luta para quebrar um incômodo tabu. Desde 2012, toda agremiação nesta condição, vinda do Acesso, acaba rebaixada. Para se manter na elite do Carnaval carioca, o Tuiuti contou com nomes de peso, como o intérprete Wantuir, que completa 30 anos de Sapucaí.

Comissão de Frente

A primeira impressão do desfile foi muito boa. A comissão de frente – “Nunca fomos catequizados” – representava um navegador português sendo seduzido pela beleza brasileira. A teatralização arrancou aplausos dos espectadores.

Veja aqui a explicação detalhada sobre o quesito pelo comentarista Márcio Moura.

Alegorias, fantasias e enredo

Os quesitos plásticos do Tuiuti foram bem avaliados positivamente por Helio Rainho, comentarista do SRzd. Segundo ele, Jack Vasconcelos soube aproveitar a leveza que o tema sugeria.

Confira a análise na íntegra.

Samba-enredo e bateria

Embora não tenha conquistado muitos fãs no período pré-carnavaleoriasco, o samba-enredo do Tuiuti funcionou. Mesmo com chuva, a obra foi bem recepcionada pelo público, especialmente nos primeiros setores. É consenso, porém, que um enredo em homenagem à Tropicália pedia um hino mais original.

Já a Super Som, bateria da escola, comandada por Mestre Ricardinho, deu conta do recado. Os ritmistas demonstraram muita segurança na execução das bossas. Veja aqui a análise dos quesitos musicais feitas pelos comentaristas do SRzd.

Harmonia e evolução

O canto da escola foi tímido. Embora fosse raro presenciar algum componente sem esboçar reação alguma, a falta de empolgação com o samba era nítida. Já a evolução foi comprometida pelo triste acidente com o último carro da escola, que demorou a entrar. Apesar disso, não houve atraso. O portão foi fechado com 74 minutos de desfile.