De volta ao Grupo Especial, Barroca Zona Sul corre para cumprir tempo de desfile

Igor Sena e Lenita Magrini. Foto: SRzd – Cesar Santos

Por Guilherme Queiroz

Após 15 anos fora do Grupo Especial, a Barroca Zona Sul teve a missão de abrir o Carnaval 2020 de São Paulo com o enredo “Benguela… A Barroca clama a ti, Tereza!”.

A comissão de frente teve o comando, neste ano, de Thaís Seixas Caprino e Alexandre José Batista, estreantes no quesito. O grupo arrancou aplausos do público, coroando a homenageada.

Igor Sena, que estreou neste ano como primeiro mestre-sala, e Lenita Magrini, que retorna para a escola, desfilaram nas cores verde e rosa.

Em suas alegorias, a aposta na variação de cores; o abre-alas ousou em trazer o preto como predominância, destaque para a terceira alegoria em que ocorreu uma encenação do Quilombo do Quariterê, onde Tereza de Benguela viveu. No geral, os carros eram bem iluminados. As fantasias, apesar de simples, não apresentaram problemas em acabamento ou queda de adereços.

O samba de autoria de Sukata, Morganti, Jairo Roizen, André Valêncio, Tubino Meiners, Pixulé, Marcos Thiago, Acerola de Angola e Emerson Franco (In memoriam) contou com ótima condução de Pixulé, que pelo terceiro ano desfila pela escola. A obra que foi elogiada no pré-carnaval, não contagiou os componentes. Por fim, a escola teve que correr para cumprir os 65 minutos regulamentares.

+ Vídeo: largada do desfile da Barroca Zona Sul

Comissão de frente

Casal de mestre-sala e porta-bandeira

Alegorias

Musas

+ Vídeo: Entrevistas na dispersão da Barroca Zona Sul

Presidente
Cebolinha

Comissão artística
Rodrigo Meiners, Rogério Sapo e Yuri Aguiar

Intérprete
Pixulé

Coreógrafos de comissão de frente
Thaís Seixas Caprino e Alexandre José Batista

1º casal de MSPB
Igor Sena e Lenita Magrini

Mestres de bateria
Fernando Negão e Acerola de Angola

Rainha de bateria
Renata Spallicci

“Benguela… A Barroca clama a ti, Tereza!”

A história que a escola traz para a Avenida: a personificação de Tereza de Benguela. Todas as mazelas que ela passou no Brasil, quando o país vivia a divisão do ciclo do ouro entre portugueses e espanhóis.

O enredo passa por toda parte geográfica e histórica, chegando até o estado de Mato Grosso, que era considerado o eldorado brasileiro.

Lá nasceu o Quilombo do Quariterê, onde havia uma miscigenação de vários povos mestiços, caboclos, negros e índios, e pela cobiça do ouro, o quilombo foi destruído.

Durante sua administração, ela estabeleceu um governo com semelhanças a de um parlamento, com conselheiros e deputados. Em suas terras eram cultivadas algodão, mandioca, feijão, milho e banana.

Tereza reinou em seu quilombo entre 1750 e 1770, com a presença de negros e índios, até ser capturada e morta.

Por fim, a Barroca Zona Sul traz o enredo para os dias de hoje, contando a luta da mulher brasileira em seu dia a dia.

A Barroca Zona Sul terminou seu desfile com 65 minutos.

Pelo nono ano consecutivo, os destaques dos desfiles das escolas de samba da cidade de São Paulo receberão troféu exclusivo, oferecido pelo portal SRzd.

Voto popular, imprensa especializada e análise da equipe SRzd, que acompanha os bastidores das escolas de samba durante todo o ano; a somatória destes três levantamentos vai determinar o resultado do Prêmio SRzd Carnaval SP 2020, ação que valoriza a cultura do samba na capital paulista e seus protagonistas. Em caso de empate, prevalece sempre o voto dos profissionais do SRzd.

A votação popular, que estará disponível através de enquete na página da editoria do Carnaval de São Paulo no SRzd, será aberta após o final do último desfile dos Grupos Especial e de Acesso 1. O resultado será divulgado na terça-feira (25), antes da apuração oficial pela Liga Independente das Escolas de Samba. Clique aqui e conheça todas as categorias.

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