Vai-Vai: Sidnei França lembra críticas ao enredo sobre o hip hop: ‘Preto, periférico e marginalizado’

Sidnei França. Foto: Guilherme Queiroz/SRzd

Sidnei França. Foto: Guilherme Queiroz/SRzd

De volta ao Grupo Especial, após vencer o Grupo de Acesso 1 em 2023, a escola de samba Vai-Vai abriu a segunda noite da principal divisão do samba da cidade de São Paulo com o enredo “Capítulo 4, Versículo 3 – Da Rua e do Povo, o Hip Hop: Um Manifesto Paulistano”.

O desfile, que rendeu a oitava colocação, mostrou a rua como espaço em constante disputa pela arte na cidade de São Paulo e celebrou os 40 anos da cultura Hip Hop no Brasil, exaltando a arte urbana por meio de suas vertentes – DJ, MC, Break e Grafitti.

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Desenvolvido pelo carnavalesco Sidnei França, ele celebrou a vitória de melhor Enredo do Grupo Especial no Prêmio SRzd Carnaval SP 2024.

Durante a entrega feita aos contemplados de 25 categorias, em evento realizado no Hotel Ibis São Paulo Barra Funda, na Zona Norte da capital paulista, o profissional fez uma comparação da história do samba e do hip hop.

“Foi um enredo que já nasceu criticado. Muitas pessoas falavam nas redes sociais: ‘o que dá para esperar de um Carnaval sobre hip hop? Não tem nada a ver. É muito antagônico. Não dá samba’. E as pessoas esqueceram que assim como o hip hop, o samba nasceu preto, periférico e marginalizado. E o Vai-Vai é isso, o lado B do disco, é uma escola que se coloca, dá a cara a tapa”, destacou.

O sambista ainda destacou a parceria com os dirigentes da Saracura: “Eu preciso agradecer a diretoria do Vai-Vai publicamente, porque comprou o meu barulho. Eu acho isso fantástico. É fenomenal saber que uma diretoria assume um discurso.”

Assista na íntegra:

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