São Paulo devia um enredo sobre Adoniran Barbosa, diz Jorge Silveira

Logo do enredo 2022 da Dragões da Real em homenagem a Adoniran Barbosa. Foto: Divulgação

Logo do enredo 2022 da Dragões da Real em homenagem a Adoniran Barbosa. Foto: Divulgação

Em busca do inédito título do Grupo Especial, a Dragões da Real vai levar para a pista do Sambódromo do Anhembi uma homenagem ao cantor e compositor Adoniran Barbosa, nome artístico de João Rubinato, que nasceu em 6 de agosto de 1910, na cidade de Valinhos, interior do estado de São Paulo.

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O enredo será desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Silveira, que já fez parte da comissão de Carnaval da agremiação no período de 2015 a 2017 e teve seu retorno anunciado em 2020.

Jorge Silveira. Foto: Divulgação
Jorge Silveira. Foto: Divulgação

Em entrevista ao SRzd, o artista destacou que a Dragões foi a primeira escola que lhe deu oportunidade profissional no Carnaval e falou que é um reencontro “feliz” por ser um tema sobre o sambista paulistano: “Acho que São Paulo devia esse enredo a Adoniran e eu fico feliz que a Dragões vai ter essa oportunidade de, nos 40 anos que ele nos deixou, a gente homenagear um dos símbolos do samba paulistano”.

Jorge também explicou como chegou ao recorte do enredo. Clique aqui para ler a sinopse desenvolvida pelo jornalista Fábio Fabato.

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Sobre Adoniran Barbosa

Adoniran Barbosa criou um tipo de samba paulistano que enaltecia a memória e o cotidiano de imigrantes pobres e seus descendentes. Gente de sotaque misturado e italianado, com as dificuldades dos operários que ajudavam a construir a maior cidade do Brasil. Canções que traziam temática social, como a falta de habitação, a saudade e as dores da maloca.

Suas canções foram gravadas por estrelas da MPB como Elis Regina, Gal Costa e Vinicius de Moraes e ajudaram a lançar os Demônios da Garoa, ainda hoje, um dos grupos mais tradicionais do samba paulistano. Ao narrar o cotidiano, algumas canções acabavam por fazer críticas sociais, como a cena do despejo em Saudosa Maloca.

A música que fez o país identificar bairros como Brás, Mooca, Bixiga, Jaçanã e Casa Verde, por exemplo, é reconhecida como marco na história do samba, legado de um artista que brincava com os plurais e se consagrou como singular. O compositor morreu em novembro de 1982 devido a um enfisema pulmonar.

* Com informações da Agência Brasil

Via Mundo. Foto: Divulgação

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