Salve o Rei Negro! Ouça o samba da Pérola Negra em homenagem a Jair Rodrigues

Jair Rodrigues. Foto: YouTube

Jair Rodrigues. Foto: YouTube

A Pérola Negra divulgou, na noite desta terça-feira (13), durante festa em um espaço cultural localizado na Zona Leste de São Paulo, o samba-enredo em homenagem ao cantor Jair Rodrigues, tema do próximo Carnaval da escola. O desfile, desenvolvido pelo carnavalesco Cláudio Cebola, tem como título “Jair Rodrigues. Festa para um Rei Negro”.

O encontro contou com um grande sarau e convidados da MPB, homenagem à família Rodrigues, além da apresentação dos pilotos das fantasias e da nova corte de bateria – formada por Vanessa Aggio (madrinha), Ana Itikawa (rainha) e Joyce Roch (princesa).

Vanessa Aggio (madrinha), Ana Itikawa (rainha) e Joyce Roch (princesa) formam a corte da bateria. Foto: Pérola Negra/Facebook
Vanessa Aggio (madrinha), Ana Itikawa (rainha) e Joyce Roch (princesa) formam a corte da bateria. Foto: Pérola Negra/Facebook

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Sétima escola a desfilar no domingo, 19 de fevereiro de 2023, pelo Grupo de Acesso 1, a Joia Rara optou por não fazer a tradicional eliminatória e sim encomendar, pelo segundo ano consecutivo, seu samba para um grupo de compositores.

A trilha sonora do próximo Carnaval é assinada por Turko, Rafa do Cavaco, Maradona, Fabio Souza e pelo intérprete da agremiação, Daniel Collete.

Ouça o samba:

Confira a letra:

Letra do samba-enredo da Pérola Negra para o Carnaval 2023. Foto: Divulgação

Sobre Jair Rodrigues

Jair é considerado, por muitos, o primeiro rapper brasileiro e alcançou o status de precursor do gênero por ter lançado, ainda nos anos 1960, o samba “Deixa isso pra lá”. Com versos mais declamados do que cantados, a música se tornou um de seus principais sucessos. A faixa ganhou popularidade também graças à sua coreografia com as mãos.

Foi nesse período que Jair migrou, em busca do sucesso, para a capital paulista e acabou participando de programas de calouros na televisão. Com o lançamento do primeiro LP, O samba como ele é, de 1964, fez sucesso com o samba O morro não tem vez, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.

O auge veio no ano seguinte, ao lado de Elis Regina, na parceria em O Fino da Bossa, programa da TV Record, que  batia recordes de audiência em todo o país.

Em 1966 participou e venceu o II Festival da Música Popular Brasileira com a canção Disparada, de Geraldo Vandré e Théo de Barros, empatando com a música A banda, de Chico Buarque. A partir daquele momento, sua carreira decolou e seu talento assegurou décadas de sucesso rendendo turnês pela Europa, Estados Unidos e Japão.

Em 1971, gravou o samba-enredo Festa para um Rei Negro, dos Acadêmicos do Salgueiro, do Rio de Janeiro. Jair interpretou ainda sucessos sertanejos como O Menino da Porteira, Boi da Cara Preta e Majestade, o Sabiá.

Jair Rodrigues morreu, repentinamente, no dia 8 de maio de 2014 na sauna de sua casa, em Cotia, na Grande São Paulo, em decorrência de um infarto agudo do miocárdio. Ele era casado com Claudine Mello, com quem teve os filhos Jair Oliveira e Luciana Mello, ambos cantores.

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