Enquanto Rio vive crise, prefeitura de SP mantém valor da subvenção para os desfiles; veja o contrato de Carnaval

Prefeitura de SP. Foto: Reprodução

Enquanto as agremiações cariocas vivem a pior crise de sua história, num universo cheio de incertezas para a produção e execução dos desfiles carnavalescos no Rio de Janeiro, travando queda de braço com a administração do Prefeito fluminense Marcelo Crivella, do PRB, os paulistas navegam em águas calmas, ao menos, nesse quesito.

A Prefeitura de São Paulo divulgou a íntegra do contrato de Carnaval 2019 na cidade, o primeiro sob a gestão do Prefeito Bruno Covas, do PSDB.

Herdeiro do comando do executivo paulistano após a renúncia de João Doria, também do PSDB, para disputar e vencer as eleições ao governo do Estado de São Paulo, em outubro, Covas e sua gestão mantiveram a mesma quantia de subvenção, distribuída entre quatro entidades pela São Paulo Turismo, a SPTuris, órgão responsável pela contratação e repasse da verba.

O documento detalha o investimento da municipalidade no espetáculo (R$ 39.702.961,91) e escancara a atual, e impensável, até há alguns anos atrás, diferença de olhar do poder público para à folia, comparando-se as duas praças mais importantes do País quando o assunto é a maior festa popular brasileira.

Os quase quarenta milhões vindos do orçamento municipal estão divididos entre a Liga Independente das Escolas de Samba (R$ 25.116.831,05), responsável pelos desfiles dos Grupos Especial, de Acesso 1, de Acesso 2 e Afoxé; Uesp (R$ 3.490.452,47), responsável pelos desfiles dos Grupos Especial de Bairros, Acesso de Bairros, Acesso de Bairros 2, Blocos Especiais, Acesso de Blocos e Afoxé; ABASP, a Associação de Bandas e Blocos Carnavalescos de São Paulo (R$ 235.252,52) e ABBC, a Associação das Bandas, Blocos e Cordões Carnavalescos de São Paulo (R$ 188.001,11), pagos em cinco parcelas, sendo três em 2018 e outras duas em 2019, segundo informa o cronograma apontado no documento, além da premiação.

Do montante total, mais de R$ 8,4 milhões estão reservados para os custos com infraestrutura. Cada uma das 14 escolas do Especial recebem, individualmente, em forma de cachê artístico, a maior fatia: R$ 1.181.546,88, enquanto as 8 do Acesso 1, R$ 783.358,86, e as 12 do Acesso 2 R$ 186.932,10.

Na principal divisão da Uesp, a Especial de Bairros, cada agremiação tem direito a R$ 93.541,02, o que representa o valor mais substancial nesta categoria. O contrato está disponível para consulta pública, com todos os dados discriminados, no site da SPTuris.

Recentemente, Bruno Covas falou ao SRzd sobre as relações da prefeitura com os desfiles de escolas de samba durante seu mandato, que se estende até 2020. O tucano também projetou a entrega total do complexo da Fábrica do Samba I, no bairro do Bom Retiro, que abriga, atualmente, sete barracões de agremiações do Grupo Especial. Assista:

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