Primeira rainha de bateria transexual do Carnaval de São Paulo faz ensaio na Suíça

Camila Prins. Foto: Gilson Tschopp

Camila Prins. Foto: Gilson Tschopp

Com 22 anos de Carnaval, a modelo Camila Prins fará história no próximo ano, quando desfilará no sambódromo do Anhembi como primeira rainha de bateria transexual em uma escola do Grupo Especial de São Paulo, a Colorado do Brás. Em 2022, ela foi rainha LGBTQIA+ da vermelha e branca.

“São 23 anos de Carnaval de São Paulo, sendo 5 à frente da bateria. Serei uma verdadeira rainha. O mundo do samba me aceitou muito bem, graças a Deus. Estou muito feliz e não estou acreditando que vou carregar a bateria sozinha”, revelou ela ao SRzd.


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Residente na Suíça, ela já está no Brasil, onde ficará até o término do Carnaval. Em ritmo de folia, Camila acaba de estrelar um ensaio fotográfico. O cliques foram feitos antes dela embarcar para São Paulo por Gilson Tschopp.

“Sou um grande espelho para as meninas trans e a comunidade. Eu vejo outras pessoas [como eu] chegando!”, disse a rainha, sem esconder o orgulho de sua trajetória e o entusiasmo pela proximidade do Carnaval.

Camila Prins. Foto: Gilson Tschopp
Camila Prins. Foto: Gilson Tschopp
Camila Prins. Foto: Gilson Tschopp
Camila Prins. Foto: Gilson Tschopp

 

Camila Prins. Foto: Gilson Tschopp
Camila Prins. Foto: Gilson Tschopp
Camila Prins. Foto: Gilson Tschopp
Camila Prins. Foto: Gilson Tschopp

Saiba mais sobre Camila Prins

Batizado Tassiano Pereira de Moraes, filho de uma mineira, Milza Pereira de Moraes, com um rapaz paulista, Gilberto Carlos de Moraes, Camila Prins mostrava-se diferente de seus irmãos. Com poucos anos de vida tinha convicção de estar em um corpo errado. Via no espelho uma forma inversa de sua alma.

Por volta dos cinco anos de idade, Camila já não queria aceitar a realidade de ter de se vestir como menino e a se comportar como tal. Algo em seu interior estava distante da sua real identidade. Na escola, o comportamento era diferente dos demais garotos.

E esse comportamento definido “afeminado” chamava a atenção de familiares e de pessoas próximas, sobretudo o pai. Assim, sua infância foi marcada por grandes dificuldades. Em sua mãe encontrou o respaldo e a força para enfrentar os preconceitos.

Aos doze anos, iniciou sua transexualização e pela primeira vez vestiu-se de mulher, durante o Carnaval da cidade de Porto Ferreira, no interior do Estado de São Paulo.

Primeira rainha de bateria trans do Carnaval de São Paulo, quando defendeu as cores da Camisa Verde e Branco em 2018, Camila também é a primeira rainha trans do Festival Internacional de Samba na cidade de Coburg, na Alemanha, e rainha de bateria LGBTQIA+ da Real Mocidade Santista (Santos – SP).

Experiente foliã, já defendeu as cores da Acadêmicos do Tucuruvi, X-9 Paulistana, Águia de Ouro, Tom Maior, Unidos do Peruche, Unidos do Vila Maria, Vai-Vai, Nenê de Vila Matilde, Pérola Negra e Leandro de Itaquera.

Camila Prins. Foto: Gilson Tschopp
Camila Prins. Foto: Gilson Tschopp

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