Presidente da Colorado fala sobre quadra, barracão e sentimento ‘diferente’ com André Machado
Antônio Carlos Borges, o Ka. Foto: SRzd – Fausto D’Império
Em 2019, após 25 anos, a Colorado do Brás retornou ao Grupo Especial com o enredo “Hakuna Matata – Isso é viver” e alcançou a décima primeira colocação. No ano seguinte, a vermelha e branca apresentou o tema “Que Rei sou eu?” e ficou em décimo segundo lugar.
Um dos responsáveis por levar a agremiação de volta para a elite do samba paulistano é o presidente Antônio Carlos Borges, o Ka, que comanda a entidade desde 2015.
Em entrevista ao SRzd, o sambista afirmou que a escola está no “caminho certo” e que em seu próximo desfile vai fazer o melhor Carnaval de sua história.
“Acho que será o maior evento da história do Carnaval de São Paulo e em especial da Colorado. Tenho certeza que será o nosso maior e melhor Carnaval da história [da escola]!”, declarou.
Falando no próximo desfile, quando vai levar para a Avenida o enredo “Carolina – A Cinderela Negra do Canindé”, o dirigente anunciou que já tem uma alegoria concluída, uma outra pela metade, e dezoito pilotos de fantasias (de vinte e três) concluídos em seu barracão, que está parado desde janeiro deste ano.
Em busca do título inédito do Grupo Especial, a Colorado contratou o carnavalesco André Machado, que foi elogiado pela presidente da escola.
“O André foi o quarto carnavalesco que eu tinha tido reunião, e quando falei com ele, senti algo diferente, muitas coisas e pensamentos em comuns, sendo um deles esse enredo que a escola já tinha pensado em fazer em 2017”, expôs.
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Sobre a realização dos desfiles em 2022, Ká disse que precisa ter “fé” para que toda a população seja vacinada há tempo.
“Eu vejo que temos que ter muita fé, porque realmente não está fácil! Temos que ter fé na vacina. Sem vacina, sem Carnaval. Sabemos que o nosso segmento será um dos últimos a voltar, senão o último”, atestou.
Com a impossibilidade das tradicionais eliminatórias de sambas de enredo com a presença de público, as agremiações optaram por fazer transmissões ao vivo em seus canais, entre elas a vermelha e branca, que foi uma das primeiras a adotar, em agosto de 2020, o formato de live nesta temporada.
“Foi uma experiência muito legal devido o tanto de pessoas que acompanharam, 16 mil simultaneamente, se não me engano, fora o cenário e o clima”, recordou o sambista.
Por fim, o presidente falou sobre um sonho antigo da escola: uma quadra de ensaios. Apesar de estar na elite do samba de São Paulo, a entidade realiza seus eventos na Rua Itaqui, no bairro do Canindé.
“Estamos, como sempre, na luta atrás de um espaço! Algumas escolas foram contempladas, outras não! Mas temos que ter fé que nossa hora vai chegar”, finalizou.
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