Mocidade Unida da Mooca: intérpretes e diretor de Carnaval avaliam ensaio técnico

Mocidade Unida da Mooca: intérpretes e diretor da Carnaval avaliam ensaio técnico. Foto: SRzd

Mocidade Unida da Mooca: intérpretes e diretor da Carnaval avaliam ensaio técnico. Foto: SRzd

Oitava e última escola a desfilar no domingo, 19 de fevereiro de 2023, pelo Grupo de Acesso 1, a escola de samba Mocidade Unida da Mooca apresentará na Avenida o enredo “O Santo Negro da Liberdade”desenvolvido por William Tadeu, Wallacy Vinicyos e Caio Araújo.

Na noite desta quarta-feira (25), a agremiação liderada por Rafael Falanga, fez com sua comunidade, um ensaio técnico geral no Sambódromo do Anhembi.


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Fervo Samba Show
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Entrevistas na dispersão

Após a simulação do desfile, o repórter Guilherme Queiroz encontrou na dispersão o diretor de Carnaval
Vanderley Silva e os intérpretes Gui Cruz e Clayton Reis na dispersão. Em entrevista, eles avaliaram como foi o primeiro contato da escola nesta temporada de ensaios técnicos. Assista:

Desfiles que provocam reflexões

Fundada no final da década de 80, a Mocidade Unida da Mooca tem alcançado os melhores resultados de sua história nos últimos anos.

Desde que subiu para o Grupo de Acesso 1 de São Paulo, a agremiação da Zona Leste da capital conquistou um quinto lugar, em 2019, e ficou na quarta colocação em dois Carnavais consecutivos, em 2020 e 2022.

Entre os enredos abordados nos últimos anos, a escola levou para o Anhembi temas sobre o orixá Xangô; a história do pavilhão ostentado pelos casais de mestre-sala e porta-bandeira; homenagem ao dramaturgo, ativista e político brasileiro Abdias do Nascimento; e se prepara para no próximo ano apresentar na Avenida um desfile sobre Francisco José das Chagas, conhecido como Chaguinhas – todos eles com temáticas que exaltam a negritude.

Em conversa com o repórter Cláudio L. Costa para o SRzd, o presidente Rafael Falanga comentou a importância de abordar esses enredos em uma escola localizada num bairro com muitos descendentes de italianos.

“Acho que a sociedade evoluiu para essas questões sociais e a escola traz isso no seu DNA. A gente realmente é o contraponto do bairro, isso é saudável no sentido do que temos de dever social. A comunidade tem abraçado sempre, são enredos representativos, que dialogam com a sociedade, que trazem reflexão e temos mudado o ponto de vista de muita gente da própria escola e do bairro também”, afirmou.

“Inclusive havia gente da comunidade negra que não conhecia a história de Abdias do Nascimento. Acho que esse é o dever de uma escola, que é trazer informação, trazer essas histórias apagadas e renegadas. A Mum firmou um DNA e a gente pretende fazer isso por muito tempo”, completou o dirigente.

Projeto compacto e crítica ao julgamento

Em 2022, a agremiação teve descontos em sete dos nove quesitos avaliados pelo júri oficial. Para conquistar a inédita vaga no Grupo Especial, Falanga declarou que aposta num projeto mais compacto e criticou o julgamento da folia paulistana.

“A gente tem que fazer Carnaval com esse critério minimalista que temos em São Paulo, infelizmente. Gostaríamos de fazer Carnavais maiores, mas o Carnaval privilegia hoje desfiles medianos e a gente vai compactar nosso projeto, para cumprir o regulamento. Em contrapartida, vamos trazer mais luxos para nossas alegorias, que foi o nosso ponto fraco em 2022”, garantiu.

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