Mestre Tadeu alfineta cuiqueiros: ‘Parece que brigou com a mulher em casa e apanhou’

Mestre Tadeu. Foto: SRzd – Fabio Capeleti

Não existe desfile de Carnaval sem o som peculiar da cuíca, instrumento trazido ao Brasil pelos escravizados e que se popularizou por aqui ao longo das últimas décadas, sendo chamada por muitos como “dama da bateria”.

Um dos ícones da Vai-Vai, uma das agremiações mais tradicionais do país, Antonio Carlos Tadeu, conhecido como mestre Tadeu, deu uma alfinetada nos cuiqueiros.

Em vídeo compartilhado em sua conta no Instagram, o veterano sambista que lidera a batucada “Pegada de Macaco” ao lado de mestre Beto, fez uma simulação para externar seu ponto de vista.

“Agora tem uns cuiqueiros que vem assim…ó…parece que brigou com a mulher em casa, vem assim ó….não dá….não é cuiqueiro, é sambeiro”, mostrou ele, sem perder o bom humor.

“Presta atenção. Cuiqueiro tem que tirar onda, cuiqueiro tem que vir alegre”, completou ele imitando um ritmista.

Mestre Tadeu: patrimônio vivo do samba paulistano

Mestre Tadeu começou a participar do Carnaval paulistano na década de 60, frequentando a Lavapés, uma das mais antigas escolas de samba da cidade.

No fim de 1969, entrou para a bateria da Vai-Vai como tocador de surdo, quando tinha 18 anos. Em 1974, quando a alvinegra do Bixiga não era mais um cordão há dois anos e havia se tornado uma escola, ele fez seu primeiro desfile como mestre.

Mestre Tadeu e bateria da Vai-Vai. Foto: Reprodução/Facebook/Vai-Vai/19/3/2017
Mestre Tadeu e bateria da Vai-Vai. Foto: Reprodução/Facebook/Vai-Vai/19/3/2017

Com personalidade forte, histórico de declarações fortes e dono de um estilo único de ensinar e comandar os seus ritmistas, se tornou recordista de notas máximas no Carnaval de São Paulo, onde coleciona premiações e se transformou uma das principais referências no segmento.

Considerado patrimônio vivo da “Escola do Povo” e do samba paulistano, Tadeu participou de todos os títulos da história da Vai-Vai, marca que faz dele o maior colecionador de vitórias do Carnaval.

Também detém a marca de mestre com o maior tempo no comandando uma mesma bateria na história tanto de São Paulo quanto do Rio de Janeiro. Sem contar que de suas mãos, foram revelados vários diretores de bateria, entre eles, Magui, Tornado, Negativo e Thiago Praxedes.

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