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Leia a sinopse rimada do enredo sobre Luiza Mahin

O Morro da Casa Verde aposta em mais um tema afro para a disputa no Carnaval paulistano em 2018.

“A luta de um povo, a força de uma raça…Luiza Mahin, a luz de Daomé”, é o título do enredo que exalta a história de Luiza Mahin, africana, guerreira, líder, escrava, rainha e mãe negra, desenvolvido pelo carnavalesco Fábio Flish. Confira a sinopse rimada na íntegra:

“Em uma Casa Verde renovada e emanada

Da África se faz presente

Meu berço, terra da ancestralidade

Para uma história reluzente

Era mui bela e formosa

Era a mais linda negra

Reluzida de proteção dos Voduns

A jovem negra cresceu sobre o valente e fértil solo da tribo Mahi,

Na nobreza a Mina-Jejê se fez imortal

Sagrada pelo alento de uma Candacê Africana

Em Daomé nasceu, como Candacê cresceu

A Mãe África chorou, seus filhos dela arrancou

Para o Sudão fugiu, aonde o islã aprendeu

E assim, uma negra Malê nasceu

Dos mares, veio a dor, agonia se fez presente

Nos porões do negreiro, as amarras e saudade dos ausentes

No Brasil, desembarca na terra de todos os santos

E de Luiza é chamada

Torna-se escrava de engenho, na lavoura o sofrimento

Nas ruas de Salvador o tabuleiro, seus quitutes, seu dinheiro

Liberdade, Liberdade, comprou e conquistou

Sob um Brasil regencial, a rainha se fez essencial

Brasileira agora, não fugia à luta

Uma história de amor, e bravura

Pela liberdade racial, cultural, social e religiosa

A Revolta dos Malês, uma luta gloriosa

Uma história de amor, e bravura

Pela liberdade racial, cultural, social e religiosa

A Revolta dos Malês, uma luta gloriosa

Sinopse Rimada

Sonhos malês foram exterminados

Violentamente em uma manhã de Janeiro

Setenta sonhos plainaram sobre o vento

Alguns fugiram ao Rio de Janeiro, vários levados a dor do cativeiro

Outros à sua terra natal embarcou

Entre eles, Luiza, a Mãe África a recebeu

Radiante aquela que um dia lhe deixou

Em corpo não se fazia mais presente

Sua herança continua viva

A luta não havia terminado

Construí com meus românticos versos

Me fiz voz em palavras poemas diversos

Sou a semente que germinou

Luto pelos direitos afro-brasileiros

Carrego um estandarte de luta

Tecido por minha mãe e mantido pela saudade que sentia da negra

Tocam os tambores que anunciam os anjos da liberdade

Gritam todos pela saudade

Saudade de um povo, de uma raça, de Luiza Mahin, A Luz de Daomé”.

“Sou filho natural de negra africana, livre, da nação nagô, de nome Luísa Mahin, pagã, que sempre recusou o batismo e a doutrina cristã. Minha mãe era baixa, magra, bonita, a cor de um preto retinto sem lustro, os dentes eram alvíssimos, como a neve. Altiva, generosa, sofrida e vingativa. Era quitandeira e laboriosa”.

Redação SRzd

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