Independência! Nada de parada militar nos desfiles, deixa o povo sambar!
O carnavalesco Marco Aurélio Ruffinn traz mais um texto para os leitores do SRzd.
A coluna é publicada semanalmente, às quintas-feiras, na página principal da editoria do Carnaval de São Paulo. Leia, comente e compartilhe!
Independência! Nada de parada militar nos desfiles, deixa o povo sambar!
Paradinha, breque, bossa ou convenção.
“Chora cavaco” e celebre a Independência neste 7 de setembro!
Após a escolha do samba, é hora do arranjo musical.
O diretor de bateria vai conduzir seu próprio destino. O samba tem que ser trabalhado na quadra. Começa então a maratona de ensaios.
Agora é a hora e vez do diretor de harmonia afinar o canto e definir o perfil do desfile.
Entendam, perfil, como aspecto, sendo a forma ideal para a escola desfilar com o Carnaval que foi projetado pelo carnavalesco. Esse é o momento chave de olhar um pouco para nossa origem.
Hoje ficamos sempre na esperança que os diretores optem por um desfile mais solto, menos robotizado, e que priorize a desenvoltura dos componentes.
Cansamos do iê iê iê, queremos ver o povo sambando, brincando o Carnaval. Os “passinhos” e as coreografias “fora” do contexto do enredo, já desgastaram, por demais.
Botar o povo para sambar é a nossa missão!
Sabemos os variados elementos que implicam nisso, só que é o caminho mais rápido para a escola de samba retornar aos trilhos da tradição e da raiz.
E não mais suplantar, o que jamais poderia ter sido.
A majestade é o samba.
O “coro come”, e a gente incorpora! Sempre!
Quando rufam os tambores ancestrais, nossa africanidade fala mais alto, “e eu sambo de cá” !
A vocação vem de além-mar. Independência, outra vez!
Comentários