O carnavalesco Marco Aurélio Ruffinn traz mais um texto para os leitores do SRzd.
A coluna é publicada semanalmente, às quintas-feiras, na página principal da editoria do Carnaval de São Paulo. Leia, comente e compartilhe!
Desde que o samba “era” samba, o enredo era escolhido a dedo.
Hoje não, isso descaracterizou-se.
A autenticidade dos enredos não tem mais valor?
Ao menos por estas bandas, a autenticidade perdeu o rigor.
Vale o “quanto pesa”. Isto é, o quanto se vai lucrar com aquele determinado tema.
A viagem, o delírio, o encanto da novidade, foram descartados para dar espaço à viabilização financeira dos desfiles, do espetáculo.
Com a verba atual, e sem patrocínios, ninguém chega ao campeonato, salvo um milagre!
Fomos traídos por nosso padrão de beleza e anseios de configurar nosso desfile ao espetáculo carioca; rico, opulento e cheio de glamour.
Nesse ímpeto insano, abrimos mão do nosso próprio estilo e de nossas próprias diretrizes, em detrimento desse padrão que queríamos alcançar. E nessa investida, a semente deixou de ser semeada.
Foi esquecido o fundamental: o samba.
Investimos tudo no visual.
O desvio é natural na conduta do ser humano, é até necessário inclusive, para que possamos alcançar a redireção da vida.
No próprio Carnaval carioca já houveram escolas sofrendo com a crise de identidade; sem sambas e sem desfiles antológicos aclamados pelo povo.
Redirecionaram-se com administração e reestruturação do quesito samba. Assim foi com a Unidos de Vila Isabel, São Clemente, União da Ilha do Governador e, atualmente, com o tradicionalíssimo Império Serrano.
Por aqui a maior expressão de reestruturação é a Acadêmicos do Tatuapé.
Há décadas sem grande desempenho, nos últimos anos é exemplo desse vigor; restauração e administração do samba. Como consequência o título de campeã do Carnaval paulistano de 2017.
Na Avenida não ostentou as mais ricas alegorias e fantasias, mas arrebatou público, crítica e jurados na explosão do samba. Isso deu vida para todos os outros quesitos.
Eles não inventaram essa fórmula, ela sempre existiu.
Mas quem utiliza, volta a desfrutar de sucesso!
O samba é, e tem de ser, a vocação de todas as escolas. Caso contrário, deixa de existir.
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