Figurinista revela conversa com Elza Soares no camarim dias antes dela morrer; assista

Figurinista Diego Motta revela conversa com Elza Soares. Foto: Acervo Pessoal

Figurinista Diego Motta revela conversa com Elza Soares. Foto: Acervo Pessoal

Terceiro mestre-sala da Mocidade Alegre há quatro anos, Diego Motta esteve ao lado, recentemente, da cantora Elza Soares, que morreu, aos 91 anos de idade, na última quinta-feira (20), no Rio de Janeiro.

O figurinista assinou, por exemplo, a cenografia de um turbante de 5 metros de altura e o figurino principal da artista durante a gravação de um show no Theatro Municipal de São Paulo, entre os dias 17 e 18 deste mês.

Figurinista Diego Motta revela conversa com Elza Soares. Foto: Acervo Pessoal
Figurinista Diego Motta revela conversa com Elza Soares. Foto: Acervo Pessoal

Diego faz confecção de figurinos artísticos desde os meus 14 anos. Ele já trabalhou com diversas escolas de samba da capital paulista, confeccionando casais e comissões de frente. Atualmente, desenvolve figurinos voltados para produtoras de eventos, shows e espetáculos.

Em vídeo enviado ao SRzd, o figurinista revelou como foi trabalhar ao lado de Elza Soares. Assista:

Sobre Elza Soares

Ao longo de sua carreira, Elza lançou 34 discos e nunca se enquadrou num único estilo musical, foi do samba, do jazz, da música eletrônica, do hip hop, do funk e dizia que a mistura é proposital, em total harmonia com a pluralidade da sua personalidade. O último álbum se chama “Planeta Fome”, de 2019.

A expressão era uma alusão ao episódio em que foi constrangida por Ary Barroso no programa de calouros que participou na década de 1950.

“De que planeta você vem, menina?”, perguntou Ary. E ela respondeu: “Do mesmo planeta que você, seo Ary. Eu venho do Planeta Fome”. Ela mesma narrava esta história nas entrevistas que concedia.

+ Vídeo: Elza Soares, de que planeta você veio? ‘Do planeta fome’

Em sua primeira fase, tem parcerias mais ligadas ao samba com o cantor Miltinho (1928–2014) e o baterista Wilson das Neves (1936–2017), emplacando diversos sucessos nos discos “O samba é Elza Soares” (1961), “Sambossa” (1963), “Na roda do samba” (1964) e “Um show de Elza” (1965).

Na década seguinte, nos anos de 1970, gravou “Salve a Mocidade” (Luiz Reis, 1974), “Bom dia, Portela” (David Correa e Bebeto Di São João, 1974), “Pranto livre” (Dida e Everaldo da Viola, 1974) e “Malandro” (Jorge Aragão e Jotabê, 1976).

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Depois, amargou um período de ostracismo na década de 1980, pensou em desistir da carreira, mas resolveu procurar Caetano Veloso, em hotel de São Paulo, para pedir ajuda e voltou a brilhar.

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