Fábrica do Samba vira ‘casa’ dos casais de mestres-sala e porta-bandeiras

Fábrica do Samba. Foto: Marcelo Pereira/Secom

Fábrica do Samba. Foto: Marcelo Pereira/Secom

O lugar onde os sonhos dos carnavalescos se realizam antes de irem para o Sambódromo do Anhembi agora também será a “casa” dos mestres-sala e porta-bandeiras.

Palco tradicional das festas de lançamento dos CDs de sambas-enredo dos últimos anos e nova opção para as escolas de samba organizarem eventos, o espaço, que fica na Zona Norte, irá abrigar agora as atividades do Projeto “Cisne do Amanhã”, voltadas para a arte da dança dos casais de mestres-sala e porta-bandeiras.

Até então, as aulas, com mais de 200 participantes, estavam sendo realizadas na quadra da Unidos do Peruche, aos domingos, das 10h às 14h. A primeira atividade no novo endereço acontecerá no próximo domingo (27).

“Agradecemos a Liga, presidente Sidnei Carrioulo e o vice-presidente Renato Remondini pela a parceria na utilização do espaço da Fábrica do Samba, para a realização das nossas atividades. Agradecimento especial para a Letícia Ferraz e Jairo Roizen por toda a ajuda. Agora estamos na Casa do Samba”, postou a Associação em suas páginas de redes sociais.


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Fábrica do Samba

A Fábrica do Samba é composta por 14 galpões, distribuídos em três blocos (Bloco A – 3 galpões, Bloco B – 4 galpões e Bloco C – 7 galpões). São áreas projetadas para que as agremiações tenham estrutura eficiente para realizar suas atividades.

Cada um dos galpões conta com pé direito de 18 metros, 4 mil m² de área construída, elevador social, elevador de carga para até 1,5 mil kg, cozinha, refeitório, banheiros, vestiários, oficinas de serralheria e marcenaria, ateliers de costura, doca para recebimento de materiais, espaço para reciclagem, sistema de combate à incêndios e área para modelagem dos carros alegóricos.

Fábrica do Samba. Foto: Marcelo Pereira/Secom
Fábrica do Samba. Foto: Marcelo Pereira/Secom

História

O Projeto “Cisne do Amanhã” nasceu da iniciativa de Gabriel de Souza Martins, o Gabi, e Venésia Martins, a Vivi, como uma proposta para jovens e educadores ligados ao universo do samba na cidade de São Paulo e que mantem como eixo norteador de suas atividades, a cultura carnavalesca, a origem e história do samba, e arte da dança de mestre-sala, porta-bandeira e estandarte.

Em 2004, através das mãos de Gabi e Vivi, com suporte da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, nasceu o “Projeto Barracão”. Este tinha suas atividades vinculadas a ações socioculturais e era subsidiado pelo Governo do Estado, situação que garantia a manutenção das ações e a oferta de forma gratuita.

O propósito, mais enriquecido de informações devido a própria evolução dos envolvidos, foi elaborado o “Projeto Cisne do Amanhã” com as atividades iniciadas ano de 2008.

O Projeto recebeu o nome de “Cisne do Amanhã” com base nos ensinamentos da dança de MSPB (sigla referente à Mestre-sala e Porta-bandeira) com os quais é ensinado que: “O casal deve ser soberano e elegante como um cisne, deslizar na passarela do samba assim como o cisne desliza sobre a água: sempre lindo, exuberante e altivo”.

Projeto Cisne do Amanhã. Foto: Reprodução/Facebook
Projeto Cisne do Amanhã. Foto: Reprodução/Facebook

Ensinamentos durante aulas

Com a regência de Gabi e Vivi, o curso foi elaborado com a preocupação de preservar a arte da dança de mestre-sala e porta-bandeira além de preservar a cultura e tradições do samba paulistano, suas histórias, os grandes momentos, seus personagens marcantes e a memória do sambista.

A partir de 2015, o projeto foi assumido pro Lídia Aparecida e Wagner Oliveira, casal de mestre-sala e porta-bandeira que deu continuidade aos trabalhos depois da saída do Mestre Gabi e Vivi, consagrados no mundo do samba como “O Casal Soberano”.

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