Em nota, Liga-SP diz que ‘Vai-Vai será responsabilizada’ por caso de agressão em ensaio

Integrante da diretoria da Vai-Vai agride mulher durante ensaio técnico. Foto: Reprodução

Integrante da diretoria da Vai-Vai agride mulher durante ensaio técnico. Foto: Reprodução

Procurada pela reportagem do portal SRzd, a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo enviou nota na noite desta segunda-feira (21) sobre os acontecimentos da madrugada do último domingo, quando houve a agressão de uma componente da escola de samba Vai-Vai durante o ensaio técnico realizado no sambódromo do Anhembi.

A entidade responsável pela organização dos desfiles dos Grupos Especial, de Acesso 1 e 2 na cidade, informa que a Vai-Vai “será responsabilizada por este acontecimento lamentável e responderá pela postura de sua diretoria e componentes”.

O comunicado, assinado pelo presidente da Liga-SP Paulo Sérgio Ferreira, destaca “que jamais foram registradas cenas como as de ontem durante os ensaios técnicos, que são realizados sempre nos meses que antecedem o Carnaval, em clima de harmonia e confraternização entre os sambistas”. Leia na íntegra:

“A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo vem a público expressar o seu absoluto repúdio às cenas de violências que foram registradas durante o ensaio técnico da Escola de Samba Vai-Vai, ocorrido na noite de sábado (19/1). Além dos lamentáveis atos de violência em que um membro da direção da escola agrediu uma mulher houve considerável prejuízo à imagem do Carnaval de São Paulo, o que é inadmissível.

A Liga informa ainda, que jamais foram registradas cenas como as de ontem durante os ensaios técnicos, que são realizados sempre nos meses que antecedem o Carnaval, em clima de harmonia e confraternização entre os sambistas.

A Liga já abriu uma sindicância para apurar os fatos, e a Escola de Samba Vai-Vai será responsabilizada por este acontecimento lamentável e responderá pela postura de sua diretoria e componentes.

Reafirmamos o nosso repúdio à violência e o nosso compromisso com a cidade de São Paulo, para juntos realizarmos o maior e melhor Carnaval do Brasil”.

+ repercussão do caso

O caso tomou grande proporção ganhando ampla cobertura da mídia após o vídeo com o registro da agressão ser publicado nas redes sociais.

Respondendo pela escola, o presidente Darly Silva assinou texto informando a expulsão de Anderson Roberto, conhecido como Pepe: “Nós não aceitamos o que o ocorreu com a nossa componente ontem no ensaio. Quero dizer que providências já foram tomadas em relação a ele, o agressor, que fazia parte do nosso quadro de diretores, e que já está excluído de toda as atividades da escola. Por outro lado, vou requerer, junto ao conselho deliberativo, a sua expulsão dos quadros de componentes escola, pois o que ele fez fere totalmente a nossa ética, a nossa disciplina, nossa honra e principalmente a honra e a integridade da componente que foi agredida”, escreveu Neguitão.

Quem também se manifestou foi Grazzi Brasil, intérprete oficial da Vai-Vai e única mulher a ocupar esta função dentre as 14 escolas de samba do Grupo Especial paulistano:

“À comunidade Vai-Vai e a todos os sambistas:  Sou mulher, mãe e aguerrida. Em nome de todo o público feminino, repudio e desprezo qualquer ato de violência contra nós. Estarei sempre do lado das mulheres. Juntas, somos mais fortes. Lembrando que esse tipo de coisa não pode acontecer em lugar algum. É simplesmente inadmissível um ato desses. Enfim… A escola de samba Vai-Vai já tomou as devidas providências porque também repudia tudo isso que infelizmente acontece em toda sociedade. Triste tudo isso! E ele já está excluído”, escreveu Grazzi em sua rede social.

Segundo reportagem de Renato Biazzo, da TV Globo, Anderson deve ser ouvido nesta terça-feira pela Polícia, mesmo com a vítima ainda não tendo prestado queixa.

 

 

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