Odirley Isidoro publica mais um texto em sua coluna no portal SRzd.
Natural de São Paulo, nasceu no bairro do Parque Peruche, na Zona Norte da cidade. Poeta, escritor, pesquisador e sambista. Ao longo de sua trajetória, foi ritmista das escolas de samba Unidos do Peruche e Morro da Casa Verde, além de ser um dos fundadores da Acadêmicos de São Paulo.
As publicações são semanais, sempre às terças-feiras, na página principal da editoria do Carnaval de São Paulo. Leia, comente e compartilhe!
Um passo e um olhar para o oculto, uma visão do mundo dentro da íris de seus olhos observando levemente o desenrolar de um pavilhão.
Observam atentamente o gracejo da porta-bandeira ostentando a nobreza junto ao bailar do mestre-sala, que corteja a dama como se dançasse um minueto para o infinito.
Erros e acertos presos na observação atenta de seus tutores e mestres, muitos deles com a experiência de anos de pista desempenhando a arte e hoje, passam aos mais novos todo o seu ensinamento. A mistura do popular ao erudito é o tempero para que o conhecimento chegue e toque o coração de cada um. Através de cada novo passo os olhares se cruzam e a afinidade mostra que a dança constrói novos laços e tira o jovem de um caminho que o mundo deixa à disposição.
Este olhar apurado de Daniela Renzo, ex porta-bandeira e hoje instrutora e preparadora de casais, mostra o quanto de zelo se tem para manter a tradição viva:
“Hoje o jovem, por muitas vezes, desconhece a história e o legado de outros nomes dentro do Carnaval e isso não pode se perder, é a essência. É muito importante o jovem conhecer os fundamentos técnicos da nossa dança e manter o perfil ético e uma postura condizente como as de reis e rainhas que carregam o símbolo máximo de uma comunidade”, pondera Renzo.
Esta demonstração de amor por nomes que hoje muitos destes jovens desconhecem é o fio de ligação que mantém os brilhos nos olhos de Daniela, estamos falando de pessoas como Dona China, Sonia, Lídia, Vivi, Gabi, Moreno, Edinei, Maria Gilsa, Murilo, Jorginho e Nenê, e tantos outros casais e porta-estandartes que passaram pelas passarelas onde o Carnaval paulistano esteve.
A dança é considerada uma das maiores ferramentas de socialização, onde a criança integra um universo diferente da sua atual realidade e desperta em si a capacidade de empenhar, aprender e interagir melhor com as pessoas.
As escolas de samba, por sua vez, fazem este trabalho ao dar espaço para que se expressem, socializem e integrem uma nova família, sempre acompanhados de seus pais, tutores e familiares, que abraçam e dão suporte para os primeiros passos e assim mais um pássaro quebra o seu casco e conhece através da dança o mundo!
Excluir a criança deste convívio social é cercear o brilho deste curumim, é impor barreiras sociais em um dos segmentos que mais sofreram com perseguições nas últimas décadas, e ainda sofre.
Que a beleza da arte refletida em nosso Carnaval liberte as maldades daqueles que ainda acreditam que este espaço não é lugar de criança.
Lugar de criança é feliz, em todo e em qualquer lugar. Deixem estes curumins brincarem!
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