Compositor da Rosas de Ouro cita ‘choro’ e ‘reparo’ em escolha de samba

Logo da Rosas de Ouro. Foto: Reprodução/Twitter

A Sociedade Rosas de Ouro escolheu o samba composto por Arlindo Cruz, Fabiano Sorriso, Pedrinho Sem Braço, Paulinho Sampagode e Osmar Costa, atual vice-presidente da Roseira, derrotado na disputa das eliminatórias para o Carnaval de 2006, que tinha como tema a Diáspora Africana, para ser o hino do próximo ano.

A obra – divulgada na voz de Royce do Cavaco na última sexta-feira (29) – será trilha sonora do enredo “Kindala! Que o amanhã não seja só um ontem com um novo nome”. O desfile será desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Menezes, que afirmou que o tema será polêmico e que colocará “dedo na ferida” sobre o sofrimento do negro na sociedade.

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Fabiano Sorriso declarou, por meio de nota divulgada à imprensa, que se emocionou ao saber que sua composição iria para Avenida em 2023.

“É por essas e outras que confio plenamente nas mãos divinas do Senhor. Recebi a notícia e quando desliguei o telefone eu chorava copiosamente. Confesso que até agora ainda não caiu a ficha. Este samba eu me recordo de ter feito o refrão e chorava. Ele sempre foi uma vitória pra gente, pois continuou a ser cantado e lembrado, e o que mais um compositor quer é que as pessoas curtam e cantem suas obras, independente de vencer ou perder. Será a coroação da nossa irmandade e parceria de 25 anos de música, além de significar muito para o povo preto, sendo um reparo ao tema que hoje ainda persiste”, contou o sambista.

Em 2006, com o título “A Diáspora africana. Um crime contra a raça humana”, a agremiação da Freguesia ficou com o 5º lugar do Grupo Especial paulistano, cantando a obra assinada por Marcelo Dias, Silas Augusto, Marcio Bueno, Ricardinho, Baqueta. O carnavalesco daquele ano, era Fábio Borges.

No próximo ano, a Rosas de Ouro será a quinta a desfilar na sexta-feira, 17 de fevereiro, em busca do oitavo título na elite do Carnaval de São Paulo.