‘Como presidente da Liga eu quero passar o mais rápido possível’, diz Sidnei Carriuolo

Sidnei Carriuolo, presidente da Águia de Ouro e da Liga-SP. Foto: SRzd – Fabio Capeleti

Sidnei Carriuolo, presidente da Águia de Ouro e da Liga-SP. Foto: SRzd – Fabio Capeleti

Desde maio do ano passado, Sidnei Carriuolo é o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo. Além disso, o dirigente lidera a atual campeã do Carnaval de São Paulo, a Águia de Ouro.

Durante a live em sua homenagem, quando completou 65 anos de idade, Carriuolo afirmou que não pretende ficar por muito tempo como presidente da Liga-SP e destacou a participação de outros dirigentes na administração da entidade.

“Como presidente da Liga, eu quero passar o mais rápido possível. Acho que a Liga vai ser uma entidade autossuficiente quando a gente conseguir dividir as tarefas, e a gente, de uma forma ou de outra, já está conseguindo isso. Nós já estamos com um corpo de pessoas, dos presidentes, cada um fazendo a sua corrida, cada um dando o melhor de si, e, mais importante, o que cada um mais sabe fazer, o que mais gosta fazer. Quero sim humildemente dizer que eu não me sinto presidente da Liga, me sinto um amigo dos presidentes tentando organizar. Essa é a minha postura”, declarou.

Sidnei também revelou a mudança no período de mandato na presidência da Liga-SP, para que o maior número de pessoas possam passar pelo cargo: “A primeira coisa que eu pedi era para que a gente tirasse essa coisa de 4 anos de presidente da Liga e passasse para 2, com uma reeleição só, e a reeleição não fui eu que pedi, nem sei quem foi que falou, porque eu acho que a gente tem que ter um tempo curto, tentar fazer o melhor, não se viciar a determinadas situações, fazer com que todos os presidentes sentem naquela cadeira, para eles sentirem o peso que é, o quanto é cobrado, porque a gente é pura vidraça e aí às vezes até para você falar um sim ou não, você tem que pensar 10 vezes dentro da casa. É diferente de eu como presidente da Águia de Ouro, aonde existe uma liderança, lá eu sou só mais um líder, um líder lidando com um monte de líderes de comunidades, então é uma situação totalmente diferente da que eu tenho dentro da Águia de Ouro”.

Por fim, o dirigente que já assumiu a liderança da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo em outras oportunidades afirmou que quer profissionalizar e organizar a casa.

“Tenho pensado muito para que a gente tenha uma casa super organizada, com profissionais trabalhando dentro da casa, mas esses profissionais sendo fiscalizados, cada um no seu setor, acho que aí é o ideal. Para que a gente tenha na casa pessoas que são comprometidas, são profissionais, conhecedores daquele ramo, mas que tem um presidente responsável por ela”, finalizou.

A transmissão contou com a apresentação de Jacque Meira e com as participações de convidados, além do show de Douglinhas Aguiar e Darlan Alves, acompanhado da bateria do mestre Juca Guerra.

Sidnei Carriuolo. Foto: Liga-SP – Felipe Araujo

Em busca do bi em 2022, a Águia vai levar para o Anhembi o enredo “Afoxé de Oxalá – No ‘Cortejo de Babá’, Um Canto de Luz em Tempo de Trevas”. O projeto será desenvolvido por Sidnei França.

A trilha sonora do desfile leva a assinatura de Dominguinhos do Estácio, Jorginho Moreira, João Perigo, Lico Monteiro, Leandro Thomaz, Telmo Augusto, Lucas Valentin, JotaPê, Lanza RafaBerê, Araken Kaoma, Solano Laranjo, Serginho Rocco, Rosali Ahumada Carvalho, Lequinho, Júnior Fionda, Dedé, Rafael Santos, Chocolate, W. Corrêa, Vieira e Rafa Machado. Clique aqui para ouvir.

Sobre a Liga-SP

Fundada em 1986, a Liga-SP é responsável pelos Grupos Especial e de Acesso 1 e 2 do Carnaval paulistano. Qualificada como organização da sociedade civil de interesse público, junto ao Ministério da Justiça, promove e produz os desfiles das 34 escolas de samba que integram as principais divisões da folia na cidade.

Além de executar o espetáculo, a Liga é responsável pelo desenvolvimento cultural, social e econômico deste segmento do Carnaval. Ao longo destas mais de três décadas atravessou a mudança do palco de desfiles, saindo da Avenida Tiradentes para o Sambódromo do Anhembi, inaugurado em 1991.

Também liderou o desmembramento do espetáculo do Grupo Especial em dois dias, dividindo as apresentações que eram realizadas apenas aos sábados, com a sexta-feira. Atualmente, administra a “Fábrica do Samba I”, entregue parcialmente, abrigando sete agremiações do Especial, e a “Fábrica do Samba II”, recebendo as entidades do Acesso 1 e Acesso 2. Ambas as instalações foram concebidas para receber os barracões das escolas, equacionando um problema histórico dos sambistas de São Paulo.










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