Com quase 10 anos de atraso, prefeitura entrega Fábrica do Samba I de forma completa

Obras na Fábrica do Samba I. Foto: Leon Rodrigues/Secom

Obras na Fábrica do Samba I. Foto: Leon Rodrigues/Secom

A Prefeitura de São Paulo entregou, nesta sexta-feira (25), a conclusão das obras da Fábrica do Samba, complexo idealizado para abrigar os barracões das escolas de samba do Grupo Especial, na Barra Funda, Zona Oeste da capital.

A cerimônia contou com a presença do prefeito Ricardo Nunes (MDB); da secretária Municipal de Cultura, Aline Torres; do presidente da Câmara dos Vereadores e presidente de honra da Liga-SP, Milton Leite (União Brasil); do presidente da Liga-SP e da Águia de Ouro, Sidnei Carriuolo; e outras autoridades municipais e dirigentes das agremiações filiadas.

Em março de 2012, a gestão do prefeito Gilberto Kassab, então no DEM, iniciou a construção da Fábrica, com a previsão de término após 17 meses. Em de dezembro de 2016, o prefeito Fernando Haddad, do PT, inaugurou os Bloco A, com três galpões e o Bloco B, com quatro galpões. A edificação do bloco C (inaugurada somente neste ano de 2022) foi paralisada por falta de verba na época. O custo inicial era de R$ 124,1 milhões e teve como custo final o valor R$ 211,8 milhões.

Atualmente, sete dos quatorze barracões abrigam as seguintes agremiações: Águia de Ouro, Mancha Verde, Acadêmicos do Tatuapé, Unidos de Vila Maria, Dragões da Real, Tom Maior e Gaviões da Fiel.

Fábrica do Samba. Foto: Heloísa Ballarini / SECOM

A Fábrica está a menos de 3 km do Sambódromo do Anhembi, junto à Ponte da Casa Verde. A área total tem cerca de 64 mil metros quadrados. O espaço é dividido em três blocos. O Bloco A, com três galpões, o Bloco B, com quatro galpões, e o Bloco C, com sete galpões.

Saiba um pouco mais sobre o projeto da Fábrica do Samba

Os primeiros passos envolvendo o projeto foram dados em 2005, através da Assessoria de Projetos Estratégicos da São Paulo Turismo, desde então, mudança de endereço, paralisações, burocracia com aprovações e liberações de documentos por diferentes órgãos, somados a alguns atrasos na construção, envolveram o tão sonhado espaço reservado para as criações dos artistas da folia.

O complexo em si teve suas obras iniciadas em 2012 e é considerado um divisor de águas para o Carnaval paulistano, uma vez que todos os processos de concepção e execução do espetáculo deverão ser modificados.

Águia de Ouro na Fábrica do Samba. Foto: Reprodução Facebook.

Confira detalhes previstos para as instalações da Fábrica do Samba

Em cada um dos barracões, todos idênticos e com 4.200 m², trabalharão, em horário comercial, em média, 120 homens e mulheres, manuseando produtos químicos, tinta, isopor, tecido, plástico, vidro, ferro e madeira.

O projeto busca garantir para as escolas de samba melhores condições de trabalho, contexto que irá refletir diretamente na qualidade dos desfiles carnavalescos. Nas áreas comuns, além da administração e salas de aula, haverá também portaria, subestações de energia e uma central de reciclagem e reaproveitamento de materiais.

Os barracões foram projetados, inicialmente, para serem ocupados pelas escolas do Grupo Especial e, a cada ano, dependendo do resultado e do regulamento, aquelas que forem rebaixadas deverão liberar o espaço para a entrada das que conquistarem vagas vindas do Grupo de Acesso 1.

Leia um resumo sobre a Fábrica do Samba

Quantos barracões construídos?
14, mais o barracão escola e de administração

Qual o tamanho da área de cada barracão?
4.200 m² de área construída

Qual o valor do investimento previsto inicialmente?
R$ 126 milhões

Qual a metragem do terreno?
77 mil m²

De quem é o terreno?
Da Prefeitura Municipal de São Paulo

Quem ocupa os barracões?
As escolas de samba do Grupo Especial paulistano

E como fica quando a escola é rebaixada do Especial para o Acesso 1?
Ela sai e dá lugar para aquela que conquistou a vaga na disputa do Grupo Especial.

SRzd acompanha o desenvolvimento do projeto desde o ano de 2012

Desde o início do projeto o SRzd Carnaval SP acompanha de perto todo o processo envolvendo a Fábrica do Samba. Em 2012, Luiz Sales, na época diretor de ações estratégicas e comunicação da SPTuris, recebeu a reportagem do portal no canteiro de obras.

No mesmo ano a equipe do SRzd conversou com os presidentes das escolas de samba que visitaram e vistoriaram o local.

Finalmente, ainda no ano de 2012, o SRzd sobrevoou o terreno captando imagens exclusivas das instalações da Fábrica do Samba.

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