A colunista Aurora Seles inicia mais uma temporada no portal SRzd.
Seus textos serão publicados semanalmente, às terças-feiras, na página principal da editoria do Carnaval de São Paulo. Leia, comente e compartilhe!
Finda a quaresma, atrevo-me a dizer, sob uma rápida análise, que o nordeste brasileiro e o continente africano foram ricamente homenageados por escolas de samba de São Paulo. A Acadêmicos do Tatuapé levou o troféu pelo tema “Mãe-África conta a sua história: Do berço sagrado da humanidade à terra abençoada do grande Zimbawe”. Em segundo lugar, uma das agremiações mais novas do Carnaval, a Dragões da Real, apresentou “Dragões canta Asa Branca”.
Ambas desfilaram enredos de localizações que possuem ricos traços culturais. Os ritmos xaxado, samba de roda, baião, xote, forró, axé e o frevo destacam-se na música popular nordestina.
A África é um continente de grande diversidade cultural que se vê fortemente ligada à cultura do Brasil. Sua influência na formação do povo nacional é vista em alguns costumes como: a capoeira, o candomblé e a culinária.
Adoraria retornar a esta coluna apenas para falar de festa, do Carnaval e de eventos que alegram a população. Mas não posso ignorar um fato recente que tem ocupado todos os noticiários. Refiro-me à adolescente Maria Eduarda, de apenas 13 anos, morta no interior de uma escola municipal, no último dia 30 de março, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
A linda menina, que gostava de fazer selfies, também sonhava em ser jogadora de basquete.
O mundo da docência é ímpar. Afirmo que a relação aluno-professor, professor-aluno é um portal de possibilidades e aprendizados. Nós, professores, cultivamos esse convívio e não nos atentamos aos muros. Queremos cada vez mais que as escolas fiquem abertas para que todas as faixas etárias, classes sociais e gêneros, sejam cúmplices de novos conhecimentos.
Esse seria um mundo ideal, mas Maria Eduarda foi atingida por um projétil. Ela estava “guardada” por largas paredes que não a protegeram.
A instituição onde a menina estudava tem um nome da literatura braseira – Escola Municipal Jornalista e Escritor Daniel Piza. O jovem jornalista faleceu na antevéspera de 2012, aos 41 anos. Era paulista. Foi autor de 17 livros entre crônicas, ficções, análises literárias, ensaios históricos e infantis. Trabalhou em grandes veículos de comunicação, cobrindo, especialmente, a área cultural. Sua obra infantil é “Mundois”, onde noite e dia, homem e mulher, esquerdo e direito trazem para a criança a compreensão de que o mundo é formado pelo equilíbrio de forças que se contrapõem ou se complementam.
Um livro escrito há 16 anos. Maria Eduarda ainda não havia nascido e, um homem que deu nome à escola onde ela virou Luz, apresentou por linhas literárias que “os caminhos de cada um devem ser seguidos de acordo com a consciência”.
Resta-me escrever para que eles descansem em paz! E do lado de cá, sigo, convicta e ainda com fé de que haverá dias brilhantes, sem sangue, sem dor.
Rio. Os desfiles oficiais do Rio de Janeiro terão mais um dia. Além das já tradicionais apresentações no domingo e…
Rio. Os desfiles oficiais do Rio de Janeiro terão mais um dia. Além das já tradicionais apresentações no domingo e…
Rio. Os desfiles oficiais do Rio de Janeiro terão mais um dia. Além das já tradicionais apresentações no domingo e…
Armas baixadas: Senador do PT chora e pede união, ao lado de Mourão, pelo RS. O senador Paulo Paim (PT-RS),…
Rio. Os desfiles oficiais do Rio de Janeiro terão mais um dia. Além das já tradicionais apresentações no domingo e…
Bastidores: A atriz Bruna Lombardi, de 71 anos, compartilhou com seu milhões de seguidores que foi internada em um hospital…