Clipe ‘Coisa de Preto’ reúne personalidades do samba nacional; assista

Produção do clipe 'Coisa de preto'. Foto: Divulgação

Produção do clipe ‘Coisa de preto’. Foto: Divulgação

Os compositores Aquiles da Vila e Rapha SP reuniram nomes de peso do Carnaval de São Paulo para a produção do clipe “Coisa de preto”.

A ideia da música, lançada nesta quarta-feira (13), surgiu após o comentário do jornalista William Waack, em janeiro deste ano, nos bastidores do Jornal da Globo, antes de uma transmissão em frente a Casa Branca, em Washington. Nas imagens, que viralizaram nas redes sociais, Waack conversa com o comentarista Paulo Sotero após ouvir um som de buzina vindo do lado de fora dos estúdios: “Tá buzinando por que, seu m… do c…?”. Em seguida, ele balbucia ao convidado: “Você é um, não vou nem falar, eu sei quem é…”. E conclui: “É preto, é coisa de preto”. O vazamento do vídeo causou enorme repercussão e, acusado de racismo, o apresentador acabou demitido.

A gravação, que foi acompanhada pela repórter Adriana Gomes do SRzd, contou com a participação dos mestres Zoinho, Fernando Neninho, Klemen Gioz, Rafa, Rodrigo Moleza e Vitor da Candelária, e dos intérpretes Igor Sorriso, Mônica Soares, Grazzi Brasil, Bernardete, André Luis, Jorginho Soares e Celsinho Mody, além de ritmistas e outras personalidades do samba nacional.

Conheça a letra:

Desde que eu me conheço por gente
Existe uma gente que dana a sonhar
Coloca a mão no batente
Botando pra frente um povo a brilhar
Mesmo no anonimato, de um mundo ingrato
E muito suor
Carrega no peito o cansaço
A força de um abraço, o tornando melhor

Isso é coisa de preto sinhô, oh oh…
Donga, Aniceto, Ismael, onde tudo começou
Isso é coisa de preto sinhá, oh sinhá
Cartola, Guineto, Noel, vieram nos ensinar

Negro no sangue, na alma e na raça
Negro é humilde e valente, só vem pra somar
Elite na pele, carrega a taça
Um dia de graça a prosperar
Quem pensa na cor, reluta e disfarça
Vive a farsa, vou lamentar
Não seja comparsa dessa desgraça
A manga arregaça, e comece a amar

Isso é coisa de preto sinhô, oh oh…
Pele, madeira e suor, fecho os olhos e não tem cor
Isso é coisa de preto sinhá, oh sinhá
Dê me o devido valor, e chega de bla bla bla
Embala ê, ginga embala ê nego ê
Embala ê, ginga embala ê nego ê

Assista:

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