Quem é Caio Araújo, novo carnavalesco da Mocidade Alegre?
Caio Araújo. Foto: Reprodução/Mocidade Alegre
Bicampeã do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo, e agora com doze títulos em sua galeria, a Mocidade Alegre aposta em uma dupla de carnavalescos para tentar o tri em 2025.
Um deles já é conhecido pela comunidade: Jorge Silveira, responsável por assinar os dois últimos desfiles que consagraram a “Morada do Samba” bicampeã e que também irá atuar no Salgueiro.
A novidade fica por conta da chegada de Caio Araújo. Formado em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, educador de 2011 a 2020 e desenhista/projetista em diversos desfiles de Carnaval, ele foi carnavalesco da Mocidade Unida da Mooca no Carnaval de 2024.
Aos 33 anos, Caio é paulistano e se apaixonou cedo pelo desfile das escolas de samba ao assistir com a família pela TV. Logo começou a desenhar carros alegóricos e fantasias e, assim, não teve dúvidas de que caminho queria seguir.
“Fui para a faculdade de artes visuais interessado em como eu poderia aplicar no carnaval os ensinamentos que ia pegar ali”, conta o artista
Em entrevista ao site da Mocidade Alegre, ele conta sobre suas influências, de como começou profissionalmente no carnaval, fala de sua passagem pela MUM e releva a expectativa para trabalhar com Jorge Silveira.
Influências
Três carnavalescos influenciaram a formação de Caio e ele não esconde sua admiração. “Aqui em São Paulo, sempre ficava muito encantado com o trabalho do Jorge Freitas. Já no Rio de Janeiro, eu era muito apaixonado pelo Renato Lage e pela Rosa Magalhães”.
Início como profissional do Carnaval
No Carnaval de 2018, Caio era componente da Império de Casa Verde e lá teve a chance de conhecer de perto Jorge Freitas, então carnavalesco da coirmã. Um dia, resolveu contar ao profissional que admirava sobre seus desenhos. “Então, um sábado, fui ao barracão da Império com minha pasta debaixo do braço”, lembra. Jorge gostou do que viu e o convidou para trabalhar com ele no carnaval seguinte. A parceria durou até 2023. “Ele foi um professor extremamente generoso”, elogia Caio.
Carnaval Virtual
O Carnaval virtual foi uma grande escola para Caio. Seguindo as mesmas diretrizes e calendário do Carnaval das avenidas, o virtual acontece online, mas quem participa tem a chance de entender como funciona uma escola de samba e um campeonato. “Para a gente que está começando é importante porque ajuda a ter uma noção do que é o todo de uma escola de samba”, lembra.
Foi nos tempos de Carnaval virtual que Caio, carnavalesco da escola Setor 1, conheceu Jorge Silveira, então na Mocidade. “Nessa época, as nossas duas escolas iam muito bem nas apurações, mas acho que o Jorge ganhava mais do que eu”, diverte-se.
Mocidade Unida da Mooca
Caio assumiu o primeiro projeto como carnavalesco na MUM. Ele foi responsável pelos desfiles de 2023 e 2024 da escola. “Foi muito importante ter passado pela MUM porque a escola tem esse olhar de apostar em pessoas novas. A oportunidade de começar como carnavalesco mesmo tinha que ter sido lá”, agradece.
Da coirmã, Caio diz que traz dois grandes ensinamentos: trabalho duro e o entendimento da importância da comunidade dentro de um projeto de escola de samba
Parceria com Jorge Silveira
Caio não vê a hora de começar os trabalhos. O primeiro passo, de acordo com ele, é os dois artistas entenderem um pouco do funcionamento da cabeça um do outro. A ansiedade é pela hora de criarem a quatro mãos. “Jorge é um grande desenhista, extremamente criativo. Estou ansioso para sentar com ele na mesa de desenho e rabiscarmos juntos”, diz.
Mocidade Alegre
O carnavalesco sabe da responsabilidade que acompanha a chegada à Morada do Samba. Ele diz estar pronto para a missão e deixa um recado para os mais interessados: “A comunidade da Mocidade Alegre pode esperar de mim comprometimento e dedicação total. Estou agarrando essa oportunidade como a maior chance que tive na minha vida e chego para ajudar a defender o tricampeonato. Já chego acreditando que é possível e quero trabalhar com todo mundo pra transformar esse sonho em realidade”.
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