Após superar um câncer e ter perna amputada, Haonê Thinar será madrinha de bateria em 2018

Haonê Thinar. Foto: Acervo pessoal

O Carnaval é reconhecidamente a maior festa popular do planeta, por uma série de aspectos; visuais, musicais e culturais. Mas também, a força desta manifestação genuinamente brasileira, está numa porção de incontáveis histórias de superação individual.

Um dos casos mais emblemáticos nesse contexto, é o de Haonê Thinar. Devido a um câncer, teve sua perna direita amputada, aos 8 anos de idade. A doença e a “limitação” física, contudo, não foram barreiras para que ela seguisse em frente em busca de seus objetivos de vida.

Atriz, atuou em peças de teatro pela Cia Oficina dos Menestréis e foi pioneira na participação de pessoas com deficiência em grandes eventos, como o Salão Internacional do Automóvel, Reatech, Erotic Fair e Fispal. Além da carreira, nunca deixou de lado sua maior paixão; o samba. Desfilou pelas paulistanas Nenê de Vila Matilde e Mancha Verde. Mas será em 2018 o momento da conquista do maior feito de sua jovem trajetória. Aos 25 anos, assume o posto de madrinha de bateria da tradicional Morro da Casa Verde.

“Estou sem palavras e lisonjeada com a confiança que em mim foi depositada, agradeço a minha bateria a toda diretoria da escola”, comemora. A coroação acontece durante a final de samba enredo da escola, em 26 de agosto.

O Morro da Casa Verde aposta em mais um tema afro para a disputa no Carnaval paulistano no próximo ano, pelo Grupo 1 da Uesp, a União das Escolas de Samba Paulistanas.

“A luta de um povo, a força de uma raça…Luiza Mahin, a luz de Daomé”, é o título do enredo que exalta a história de Luiza Mahin, africana, guerreira, líder, escrava, rainha e mãe negra, desenvolvido pelo carnavalesco Fábio Flish.

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