Wantuir sobre retorno à Tijuca: ‘Como se eu estivesse recomeçando minha carreira’

Wantuir OLiveira. Foto: Wadson Henrique/SRzd

De volta para casa. Em março desse ano, a Unidos da Tijuca anunciou a contratação do intérprete Wantuir, que esteve na azul e amarelo entre 2001-2002 e 2004-2008. Na última passagem, conquistou dois vice-campeonatos nos desfiles que marcaram a nova era da Tijuca com Paulo Barros (2004 e 2005). Dez anos depois de ter deixado à agremiação, Wantuir abriu o coração ao SRzd e falou sobre o retorno tão esperado por ele e pela comunidade do Borel.

“É como se eu estivesse recomeçando minha carreira. Eu passei dez anos fora da Unidos da Tijuca. Da metade desses dez anos para cá, eu não pensava em outra coisa a não ser voltar para a escola. É um carinho muito grande. Sem contar o respeito e o modo como essa agremiação te recebe”, disse.

Com mais de 30 anos de experiência em carro de som na Avenida, Wantuir começou a carreira como apoio da Estácio de Sá. Passou por agremiações do Especial, como Grande Rio, Império Serrano, Portela e Paraíso do Tuiuti. Também esteve no Carnaval paulista com a Vai-Vai, em 1999, e a Tucuruvi, em 2014. Atualmente, além da Tijuca, o intérprete canta na Os Rouxinóis, escola de samba Uruguaiana. Dentre tantas agremiações, uma delas ficou no seu coração.

Ai meu Deus, que horas que eu vou voltar para cá?

“Existe uma irmandade aqui na Tijuca. É uma família muito grande e eu sempre me senti parte dela. Estava fora, mas toda vez que eu vinha defender um samba, eu pensava: “Ai meu Deus, que horas que eu vou voltar para cá?”, recordou Wantuir.

O cantor foi reapresentado à escola em agosto. Para ele, a participação da comunidade foi essencial no retorno: “Preciso agradecer à galera da internet, ao povo que ligou, ao pessoal que entrou nos sites, a todo mundo que pediu para que eu voltasse, ao povo do Boral, à comunidade da Tijuca. Era meu sonho e estou muito feliz”. Wantuir substitui Tinga, que ficou no microfone principal da agremiação entre 2014 e 2018.

Em 2019, Wantuir cantará o samba do enredo “Cada macaco no seu galho. Ó, meu pai, me dê o pão que eu não morro de fome”, quando a Tijuca será a última escola a desfilar no domingo do Grupo Especial. Recentemente, ele esteve junto da bateria e comunidade na gravação do CD na Cidade do Samba. Confira aqui como foi.