‘Viradouro e suas histórias’: Marcelinho Calil diz que uma escola de samba é feita de gente em primeiro lugar

Marcelinho Calil. Foto: Divulgação

Segunda escola a desfilar na Marquês de Sapucaí no domingo de Carnaval, a Unidos do Viradouro quer voltar no Sábado das Campeãs. “Estamos com time legal, estruturado. A escola encaixou. Temos tudo para fazer um grande desfile. E, a consequência disso, espero que seja disputar as melhores posições na Quarta-feira de Cinzas”, contou o presidente da agremiação, Marcelinho Calil. Na última reportagem especial da série “Viradouro e suas histórias”, ele é o nosso entrevistado. (Veja vídeo abaixo)

Escola de samba é gente. Faz carro, faz fantasia. Se chegar lá e ninguém cantar, nada adianta.

Qualquer escola sabe da importância de se montar uma equipe profissional e competente, mas, para Calil, é a comunidade que leva uma agremiação para frente. “Escola de samba é gente. Faz carro, faz fantasia. Se chegar lá e ninguém cantar, nada adianta. Se meu cantor não estiver bem, nada adianta. Se a bateria não estiver bem, nada adianta. Escola de samba é a comunidade. O segredo é a comunidade. Tem um fator intangível: o ambiente, o clima. Isso afeta o desfile. As pessoas felizes, estarem abraçando a causa. Elas têm que olhar pra cima e admirar, respeitar e ver um exemplo de conduta dentro da escola. Temos que passar tranquilidade para que a comunidade entre ali e só se preocupe em cantar muito, ficar muito feliz e dar aquela energia toda pela Viradouro. Claro que a plástica importa muito, basta ver o nível do artista que trouxemos, que é o Paulo (Barros). Mas, com certeza, é na veia que resolve mesmo a parada”.

Durante a entrevista, Marcelinho contou sobre o amor ao samba e à Viradouro. “Foi aqui que percebi a ligação com essa cultura, ligação do samba, que é identidade do nosso estado, do nosso país e vi também que era a minha identidade. E botar a escola no trilho vira um desejo que nada te para”.

O presidente da agremiação conversou ainda com Cristiane Lourenço, colaboradora do SRzd, e contou um pouco sobre a nova administração. “Chegamos no fim de 2016 para tentar salvar o Carnaval de 2017. O objetivo era tentar colocar o Carnaval na rua. Durante os 68 dias que antecederam o Carnaval do Menino Rei (2017), a escola foi tomando um corpo, até pela força que tem. A gente viu que conseguia muito mais que apenas permanecer. Vimos que conseguiríamos disputar o título mesmo sendo em cima da hora. Já em 2018 tivemos um ano de trabalho, conseguimos nos programar, implantar um sistema de gestão institucional e também em nível de competição de Carnaval. Vários pilares contribuíram para isso: a aproximação com a comunidade, a experiência administrativa que tínhamos e trouxemos para dentro do barracão. Isso nos levou ao título. Para 2019, nós procuramos trazer os melhores profissionais, reforçar o time, formar uma equipe que agregasse em nosso projeto de disputar o título do Carnaval e focar ainda mais na questão da gestão e organização”.

Assista a ‘Viradouro e suas histórias’, com Marcelinho Calil:

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